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08/11/2005
-
19h43
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O depoimento à CPI dos Bingos da companheira de Celso Daniel, Ivone Santana, agradou os governistas, mas não encontrou credibilidade entre o presidente da comissão, Efraim Moraes (PFL-PB), e o relator, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
Ivone Santana negou que houvesse problemas na Prefeitura de Santo André, contestou a existência de um dossiê em mãos do prefeito com os indícios de irregularidades, afirmou não haver sacos de dinheiro no apartamento de Celso Daniel como revelou uma ex-empregada e disse não haver transporte de recursos da cidade para o PT nacional.
Ela chegou a minimizar a discussão sobre a tese de que Celso Daniel foi torturado antes de ser assassinado. "Acho que tortura psicológica com certeza houve, mas essa discussão não ajuda em nada, não esclarece", afirmou.
O relator disse que, a despeito das negativas de Ivone, continua trabalhando com a tese de que o crime em Santo André foi premeditado. "Eu acredito na versão de crime planejado", declarou. "Eu não concordo com a versão dela. O que acho estranho é que ela, chefe-de-gabinete do Celso Daniel, não admite o que quase todos os depoimentos apontam, que houve problemas na prefeitura que podem ter levado à morte do prefeito. Ela disse que estava tudo azul", acrescentou.
O presidente da comissão disse que há depoimentos de testemunhas que contradizem a versão apresentada por Ivone. Assim como o relator, ele afirmou que acredita na versão de crime político. "Há indícios de que se trata de crime político", afirmou.
Na próxima quinta-feira, na seqüência da investigação do caso Santo André, a CPI ouve os depoimentos de Klinger Luiz de Oliveira, que era secretário de Serviços Municipais à época do crime, e os empresários Ronan Maria Pinto e Sérgio Gomes da Silva, o Sombra. Os três supostamente teriam interesses contrariados e constariam do dossiê que seria preparado por Celso Daniel.
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O depoimento à CPI dos Bingos da companheira de Celso Daniel, Ivone Santana, agradou os governistas, mas não encontrou credibilidade entre o presidente da comissão, Efraim Moraes (PFL-PB), e o relator, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
Ivone Santana negou que houvesse problemas na Prefeitura de Santo André, contestou a existência de um dossiê em mãos do prefeito com os indícios de irregularidades, afirmou não haver sacos de dinheiro no apartamento de Celso Daniel como revelou uma ex-empregada e disse não haver transporte de recursos da cidade para o PT nacional.
Ela chegou a minimizar a discussão sobre a tese de que Celso Daniel foi torturado antes de ser assassinado. "Acho que tortura psicológica com certeza houve, mas essa discussão não ajuda em nada, não esclarece", afirmou.
O relator disse que, a despeito das negativas de Ivone, continua trabalhando com a tese de que o crime em Santo André foi premeditado. "Eu acredito na versão de crime planejado", declarou. "Eu não concordo com a versão dela. O que acho estranho é que ela, chefe-de-gabinete do Celso Daniel, não admite o que quase todos os depoimentos apontam, que houve problemas na prefeitura que podem ter levado à morte do prefeito. Ela disse que estava tudo azul", acrescentou.
O presidente da comissão disse que há depoimentos de testemunhas que contradizem a versão apresentada por Ivone. Assim como o relator, ele afirmou que acredita na versão de crime político. "Há indícios de que se trata de crime político", afirmou.
Na próxima quinta-feira, na seqüência da investigação do caso Santo André, a CPI ouve os depoimentos de Klinger Luiz de Oliveira, que era secretário de Serviços Municipais à época do crime, e os empresários Ronan Maria Pinto e Sérgio Gomes da Silva, o Sombra. Os três supostamente teriam interesses contrariados e constariam do dossiê que seria preparado por Celso Daniel.
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