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29/11/2005 - 15h29

Garibaldi diz que empréstimo a Lula e morte de Celso Daniel ficarão fora do relatório

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O empréstimo de R$ 29.436 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva supostamente pago pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel devem ficar de fora do relatório final da CPI dos Bingos.

O relator da comissão, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou que, dentre os assuntos investigados pela comissão, não há informações suficientes sobre o empréstimo e não é de interesse da CPI o crime em Santo André.

O senador disse que pode mudar de idéia sobre o empréstimo se houver "aprofundamento das investigações". No caso de Santo André, ele tratará apenas do suposto desvio de recursos da prefeitura da cidade, envolvendo pagamento de propinas por empresas de prestação de serviços. A tese do crime, debatida em pelo menos quatro depoimentos, não fará parte do relatório.

Okamotto depôs da semana passada depois de uma disputa acirrada entre governistas e oposicionistas na comissão. Os integrantes da CPI que compõem a base de sustentação do governo consideravam que o caso não fazia parte do foco das investigações da comissão. Os oposicionistas insistiam na convocação e venceram a disputa.

No depoimento, Okamotto não foi convincente ao explicar as razões que o levaram a pagar a dívida. Ainda confessou uma irregularidade: transportou recursos de Brasília para São Paulo sem prestar as devidas informações à Receita Federal.

O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), disse que o depoimento comprometia o presidente. "O depoimento reproduz a farsa montada por este governo. Ele não teve justificativa para o transporte do dinheiro que pagou a dívida do presidente Lula com o PT. Também não explicou o motivo pelo qual o dinheiro foi pago com a utilização da carteira de identidade do presidente", afirmou logo após o depoimento.

O relatório final precisa ser aprovado pelos integrantes da comissão até 26 de abril de 2006. Oposicionistas e governistas podem contestar o documento, pedir a retirada ou inclusão de determinados temas.

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