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30/11/2005
-
20h02
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Em depoimento que durou mais de cinco horas, os promotores do Ministério Público de São Paulo Roberto Wider e Amaro Thomé Filho afirmaram acreditar na existência de uma "operação abafa" para impedir as investigações dos casos da corrupção na prefeitura de Santo André e do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel.
Roberto Wider criticou a atuação do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) durante as investigações do caso Celso Daniel. De acordo com o promotor o deputado petista foi indicado, em janeiro de 2002, pelo então presidente da Câmara deputado Aécio Neves (PSDB-MG) para acompanhar o caso Celso Daniel.
"Ele não agiu com imparcialidade. Várias testemunhas, antes de irem depor na política, passavam primeiro para conversar com o deputado. Ele estava instruindo as testemunhas, o que foi errado da parte dele", avaliou Wider.
Os promotores também criticaram o PT e acusaram o partido de tentar impedir as investigações.
Para os promotores Greenhalgh, Klinger de Oliveira Souza (ex-secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Santo André) e o empresário Sérgio Gomes da Silva, o "Sombra" estavam preocupados com os caminhos das investigações e queriam instruir as testemunhas no sentido de "abafar o caso".
"Em várias gravações há orientações sobre como as pessoas devem se portar", afirmou Wider.
Ainda em seu depoimento, os promotores afirmaram acreditar que existem outros mandantes do crime. Gomes da Silva, que estava com o então prefeito de Santo André, é apontado como um dos mandantes.
Em resposta às acusações, Greenhalgh afirmou que o Ministério Público defende a tese de crime político, mas que ele concorda com o resultado do inquérito da polícia que concluiu que o crime foi comum. "Reconheço o esforço dos promotores para desqualificar o resultado do inquérito policial no qual confio."
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da Folha Online, em Brasília
Em depoimento que durou mais de cinco horas, os promotores do Ministério Público de São Paulo Roberto Wider e Amaro Thomé Filho afirmaram acreditar na existência de uma "operação abafa" para impedir as investigações dos casos da corrupção na prefeitura de Santo André e do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel.
Roberto Wider criticou a atuação do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) durante as investigações do caso Celso Daniel. De acordo com o promotor o deputado petista foi indicado, em janeiro de 2002, pelo então presidente da Câmara deputado Aécio Neves (PSDB-MG) para acompanhar o caso Celso Daniel.
"Ele não agiu com imparcialidade. Várias testemunhas, antes de irem depor na política, passavam primeiro para conversar com o deputado. Ele estava instruindo as testemunhas, o que foi errado da parte dele", avaliou Wider.
Os promotores também criticaram o PT e acusaram o partido de tentar impedir as investigações.
Para os promotores Greenhalgh, Klinger de Oliveira Souza (ex-secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Santo André) e o empresário Sérgio Gomes da Silva, o "Sombra" estavam preocupados com os caminhos das investigações e queriam instruir as testemunhas no sentido de "abafar o caso".
"Em várias gravações há orientações sobre como as pessoas devem se portar", afirmou Wider.
Ainda em seu depoimento, os promotores afirmaram acreditar que existem outros mandantes do crime. Gomes da Silva, que estava com o então prefeito de Santo André, é apontado como um dos mandantes.
Em resposta às acusações, Greenhalgh afirmou que o Ministério Público defende a tese de crime político, mas que ele concorda com o resultado do inquérito da polícia que concluiu que o crime foi comum. "Reconheço o esforço dos promotores para desqualificar o resultado do inquérito policial no qual confio."
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