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11/01/2006 - 11h48

Corpo de general será recebido no Rio por Brigada Pára-Quedista

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

O corpo do general Urano Teixeira da Matta Bacellar, encontrado morto no último sábado no quarto do hotel onde morava, em Porto Príncipe (capital do Haiti), será recepcionado na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, por 16 integrantes da Brigada Pára-Quedista do Exército por volta das 12h15 desta quarta-feira.

O comandante do Exército, general Francisco Roberto de Albuquerque, deve chegar por volta do meio-dia para receber o corpo, que seguirá em carro fúnebre, acompanhado de oito batedores da Polícia do Exercito, até o cemitério Memorial do Carmo, onde será enterrado.

No Memorial do Carmo, serão prestadas honras fúnebres como disparo de tiros de festim e de canhão.

O corpo do militar será velado por cerca de 15 minutos numa capela com autoridades e a família do general.

Missão de paz

O vice-presidente da República, José Alencar, anunciou hoje o segundo nome que será apresentado à ONU (Organização das Nações Unidas) para assumir o comando da missão de paz no Haiti. O general Jeannot Jansen da Silva Filho, vice-chefe do Departamento de Logística do Exército em Brasília, vai concorrer ao posto junto com o general José Elito Carvalho Siqueira, indicado anteontem.

A ONU definirá entre os dois para substituir o general Urano Teixeira da Matta Bacellar. "Os dois nomes serão apresentados hoje à ONU. Os dois contam com o apoio do governo. Sabemos que qualquer um deles está em condições de realizar o trabalho", afirmou Alencar.

Segundo o vice-presidente, o governo brasileiro não tem preferência e vai caber à ONU a escolha. "O comando não é só do contingente brasileiro, é de todos os contigentes dos países que estão lá [no Haiti]. Os dois nomes serão submetidos à ONU e ela que decide."

Segundo Alencar, as forças brasileiras deverão ficar no Haiti até março. "As eleições no Haiti ocorrerão em fevereiro e deve haver segundo turno. É natural que as forças de paz fiquem mais tempo no país para que haja segurança e a manutenção da paz e da ordem."

O vice-presidente confirmou que há atrasos no repasse de recursos da ONU para as forças que estão no Haiti e afirmou que este não é o momento de pressionar ou questionar a ONU ou o papel da missão brasileira.

Suicídio

Sobre a possibilidade de o general ter cometido o suicídio, o vice-presidente da República afirmou que todas as conclusões apontam neste sentido. "O relatório final ainda não foi fechado, porém as informações infelizmente confirmam esta versão."

Alencar disse que até o momento o governo brasileiro não recebeu qualquer informação sobre o general ter deixado alguma mensagem de despedida. "Não há qualquer notícia dele ter deixado nota, bilhete ou coisa que o valha."

Segundo o vice-presidente, o governo ainda aguarda a análise da memória do computador de Bacellar para saber se há indício do que possa ter ocorrido.

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