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16/03/2006
-
12h03
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), anunciou nesta quinta-feira que vai entrar com uma ação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a CPI dos Bingos. Segundo ele, "essa CPI foi muito além do fim do mundo. É irresponsável, inconstitucional e ilegal".
Também assinam a ação a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Fontana disse que a CPI "extrapolou todos os limites e se transformou em um palco para a oposição fazer qualquer coisa".
O líder petista questionou em especial a intenção da CPI de fazer uma acareação entre o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto e o ex-assessor do ministro Antonio Palocci, Paulo de Tarso Venceslau. "A quem pode interessar uma acareação dessas?", disse ele.
Ele explicou que o PT quer que todos os documentos e investigações feitos pela CPI dos Bingos sejam remetidos para o Ministério Público, "que é um aparelho do Estado e que investigará com isenção".
Fim do mundo
A CPI dos Bingos recebeu o apelido de "CPI do Fim do Mundo" pelo teor polêmico de suas investigações, do ponto de vista do Palácio do Planalto.
Entre as suas várias frentes de investigação, a CPI já convocou testemunhas para depor sobre o caso Celso Daniel, o ex-prefeito petista de Santo André, assassinado em 2002 supostamente por ter conhecimento de esquemas de corrupção na cidade.
Os integrantes da CPI também já se debruçaram sobre as denúncias de corrupção na prefeitura de Ribeirão Preto nos anos 90, quando o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi prefeito. As declarações das testemunhas já obrigaram o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sair em defesa de seu ministro e forçaram Palocci a conceder entrevistas para prestar explicações.
O caso mais recente abordado pela CPI se refere ao presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Okamotto disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. A dívida passou a ser investigada pela CPI por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.
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Líder do PT vai entrar com ação contra CPI dos Bingos
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da Folha Online, em Brasília
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), anunciou nesta quinta-feira que vai entrar com uma ação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a CPI dos Bingos. Segundo ele, "essa CPI foi muito além do fim do mundo. É irresponsável, inconstitucional e ilegal".
Também assinam a ação a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Fontana disse que a CPI "extrapolou todos os limites e se transformou em um palco para a oposição fazer qualquer coisa".
O líder petista questionou em especial a intenção da CPI de fazer uma acareação entre o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto e o ex-assessor do ministro Antonio Palocci, Paulo de Tarso Venceslau. "A quem pode interessar uma acareação dessas?", disse ele.
Ele explicou que o PT quer que todos os documentos e investigações feitos pela CPI dos Bingos sejam remetidos para o Ministério Público, "que é um aparelho do Estado e que investigará com isenção".
Fim do mundo
A CPI dos Bingos recebeu o apelido de "CPI do Fim do Mundo" pelo teor polêmico de suas investigações, do ponto de vista do Palácio do Planalto.
Entre as suas várias frentes de investigação, a CPI já convocou testemunhas para depor sobre o caso Celso Daniel, o ex-prefeito petista de Santo André, assassinado em 2002 supostamente por ter conhecimento de esquemas de corrupção na cidade.
Os integrantes da CPI também já se debruçaram sobre as denúncias de corrupção na prefeitura de Ribeirão Preto nos anos 90, quando o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi prefeito. As declarações das testemunhas já obrigaram o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sair em defesa de seu ministro e forçaram Palocci a conceder entrevistas para prestar explicações.
O caso mais recente abordado pela CPI se refere ao presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Okamotto disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. A dívida passou a ser investigada pela CPI por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.
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