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27/03/2006 - 15h35

Consultor diz que extrato do caseiro foi entregue para presidente da Caixa

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O consultor especial da presidência da Caixa Econômica Federal, Ricardo Schumann, disse hoje para a Polícia Federal que entregou o extrato do caseiro Francenildo Costa para o presidente da instituição, Jorge Mattoso.

Esse extrato, que foi repassado para a revista "Época", mostrou que a conta poupança do caseiro na Caixa recebeu R$ 25 mil em depósitos de janeiro até agora.

A quebra ilegal dos dados bancários configura violação da lei de sigilo bancário (nº 105/2001) e a pena é de um a quatro anos de reclusão para o autor da quebra.

A PF quer saber quem deu a ordem para a quebra do sigilo de Francenildo, além de apurar o nome do responsável por vazar seus dados bancários para a imprensa.

De acordo com os depoimentos já tomados pela PF, o consultor teria dado a ordem para a emissão do extrato do caseiro para a superintendente Sueli Aparecida Mascarenhas, que por sua vez teria repassado o pedido para Jeter Ribeiro de Souza, gerente da Caixa.

Em depoimento prestado ontem à tarde para a PF, Souza confirmou a ordem, disse que acessou o sistema e pediu a impressão do extrato do caseiro.

O documento, segundo ele, foi repassado para Sueli, que em depoimento à PF informou que entregou o extrato para Schumann.

O delegado responsável pela investigação, Rodrigo Carneiro Gomes, descarta até o momento a participação do vice-presidente da Caixa, Carlos Cota, e da diretora da área de logística, Diva de Souza Dias no caso.

Ele também descarta a participação do funcionário que depôs sexta-feira à noite para a PF --um dos usuários do laptop usado na quebra do sigilo e cujo nome também está sendo mantido em segredo.

O presidente da Caixa, Jorge Mattoso, depõe hoje à tarde para a PF. A oposição já pediu a demissão de Mattoso.

O sigilo do caseiro foi quebrado após seu depoimento à CPI dos Bingos. Ele afirmou à comissão ter visto o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, várias vezes na casa alugada em Brasília pelos seus ex-assessores na Prefeitura de Ribeirão Preto. A CPI suspeita que a casa era usada para negociatas envolvendo integrantes do governo e festas com prostitutas.

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