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05/04/2006
-
16h00
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A oposição informou que conseguiu o apoio da bancada do PMDB para aprovar na CPI dos Correios o relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Apresentado na semana passada, o relatório de Serraglio foi alvo de críticas de parlamentares do PT, que tentaram modificar o texto.
A última tentativa de alteração do relatório ocorreu ontem, quando o PT apresentou um voto em separado --chamado de relatório paralelo-- com cerca de 1.100 páginas. Depois de muita discussão com a oposição, o PT acabou desistindo de aprovar esse voto em separado.
O acordo entre o PT e a oposição só foi possível porque os dois lados passaram a temer a possibilidade da CPI terminar sem um relatório conclusivo --os trabalhos da comissão serão encerrados na segunda-feira e havia o risco de não haver votos para aprovar nem o texto de Serraglio nem o voto em separado do PT.
Serraglio disse que a bancada do PMDB do Senado deve aprovar o seu relatório. "O senador [Ney] Suassuna disse que PMDB vota comigo no Senado". Ao mesmo tempo, ele afirmou que o PT não tem votos para derrubar o seu relatório.
Para buscar um entendimento ficou definido que a CPI tentará votar hoje o relatório de Serraglio, como quer a oposição. O PT, por sua vez, tentará aprovar 36 votos em separado que tentam alterar ou retirar trechos do texto de Serraglio.
Serraglio admitiu a possibilidade de fazer mudanças em seu relatório desde que elas não alterem a "estrutura dorsal" do relatório. Ou seja, ele não abre mão do relatório que confirma a existência do pagamento do "mensalão" para a base aliada votar com o governo. Os petistas queriam negar o "mensalão" e admitir a existência do caixa dois da campanha eleitoral.
Entre os pontos a serem negociados por Serraglio com os petistas está a retirada das acusações contra os ex-ministros Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) e José Dirceu (Casa Civil). O relatório original de Serraglio pedia o indiciamento dos dois por corrupção ativa.
Também pode entrar na lista de negociação de Serraglio o pedido de indiciamento do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, que ficou de fora do relatório original.
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A última tentativa de alteração do relatório ocorreu ontem, quando o PT apresentou um voto em separado --chamado de relatório paralelo-- com cerca de 1.100 páginas. Depois de muita discussão com a oposição, o PT acabou desistindo de aprovar esse voto em separado.
O acordo entre o PT e a oposição só foi possível porque os dois lados passaram a temer a possibilidade da CPI terminar sem um relatório conclusivo --os trabalhos da comissão serão encerrados na segunda-feira e havia o risco de não haver votos para aprovar nem o texto de Serraglio nem o voto em separado do PT.
Serraglio disse que a bancada do PMDB do Senado deve aprovar o seu relatório. "O senador [Ney] Suassuna disse que PMDB vota comigo no Senado". Ao mesmo tempo, ele afirmou que o PT não tem votos para derrubar o seu relatório.
Para buscar um entendimento ficou definido que a CPI tentará votar hoje o relatório de Serraglio, como quer a oposição. O PT, por sua vez, tentará aprovar 36 votos em separado que tentam alterar ou retirar trechos do texto de Serraglio.
Serraglio admitiu a possibilidade de fazer mudanças em seu relatório desde que elas não alterem a "estrutura dorsal" do relatório. Ou seja, ele não abre mão do relatório que confirma a existência do pagamento do "mensalão" para a base aliada votar com o governo. Os petistas queriam negar o "mensalão" e admitir a existência do caixa dois da campanha eleitoral.
Entre os pontos a serem negociados por Serraglio com os petistas está a retirada das acusações contra os ex-ministros Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) e José Dirceu (Casa Civil). O relatório original de Serraglio pedia o indiciamento dos dois por corrupção ativa.
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