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10/04/2006
-
16h50
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) deve ir ao Congresso somente na próxima semana para explicar o inquérito da Polícia Federal que apura a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não houve consenso para marcar a ida de Bastos ao Congresso para esta semana.
"O ideal é obter o consenso. E até agora isso tem sido impossível. Não chegamos a um acordo sobre a data", disse Renan.
Bastos enviou hoje de manhã um ofício para Renan pedindo para falar no Congresso nesta semana. Inicialmente, cogitava-se marcar a ida de Bastos ao Congresso para depois da Páscoa.
A decisão do ministro de antecipar sua ida ao Congresso ocorreu depois da publicação da reportagem da revista "Veja", neste fim de semana, que informou que ele teria ajudado o ex-ministro Antonio Palocci a tentar encobrir a responsabilidade pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Bastos negou as informações da revista.
No entanto, a oposição trabalhou para adiar a ida de Bastos ao Congresso. O líder da Minoria, José Jorge (PFL-PE), afirmou que a Casa estará vazia por conta do feriado da Semana Santa. "Alguns senadores nem vêm aqui", afirmou.
Renan disse que além da falta que quórum --provocada pelo feriado prolongado--, parlamentares de oposição disseram que precisam ouvir outras pessoas antes de Bastos. Entre as pessoas que devem ser ouvidas antes de Bastos está o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso.
O escândalo da quebra do sigilo bancário de Francenildo já provocou o afastamento de Palocci e do presidente da Caixa, Jorge Mattoso. Palocci é suspeito de ter ordenado a quebra do sigilo depois que o caseiro afirmou ter visto o então ministro numa casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com prostitutas.
Plenário
Renan disse que Bastos deve falar para o plenário do Senado. Inicialmente, os governistas defendiam que Thomaz Bastos esclarecesse o assunto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Mas os oposicionistas queriam levar o ministro ao plenário.
Nesta segunda-feira, os oposicionistas passaram a defender um depoimento de Thomaz Bastos à CPI dos Bingos, idéia que os governistas rejeitam.
Na CPI, Thomaz Bastos poderia ser alvo de críticas e teria suas respostas contestadas pelos senadores oposicionistas. No plenário, os parlamentares não deverão ter direito à réplica, o que evitaria contestações às declarações do ministro.
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) deve ir ao Congresso somente na próxima semana para explicar o inquérito da Polícia Federal que apura a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não houve consenso para marcar a ida de Bastos ao Congresso para esta semana.
"O ideal é obter o consenso. E até agora isso tem sido impossível. Não chegamos a um acordo sobre a data", disse Renan.
Bastos enviou hoje de manhã um ofício para Renan pedindo para falar no Congresso nesta semana. Inicialmente, cogitava-se marcar a ida de Bastos ao Congresso para depois da Páscoa.
A decisão do ministro de antecipar sua ida ao Congresso ocorreu depois da publicação da reportagem da revista "Veja", neste fim de semana, que informou que ele teria ajudado o ex-ministro Antonio Palocci a tentar encobrir a responsabilidade pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Bastos negou as informações da revista.
No entanto, a oposição trabalhou para adiar a ida de Bastos ao Congresso. O líder da Minoria, José Jorge (PFL-PE), afirmou que a Casa estará vazia por conta do feriado da Semana Santa. "Alguns senadores nem vêm aqui", afirmou.
Renan disse que além da falta que quórum --provocada pelo feriado prolongado--, parlamentares de oposição disseram que precisam ouvir outras pessoas antes de Bastos. Entre as pessoas que devem ser ouvidas antes de Bastos está o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso.
O escândalo da quebra do sigilo bancário de Francenildo já provocou o afastamento de Palocci e do presidente da Caixa, Jorge Mattoso. Palocci é suspeito de ter ordenado a quebra do sigilo depois que o caseiro afirmou ter visto o então ministro numa casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com prostitutas.
Plenário
Renan disse que Bastos deve falar para o plenário do Senado. Inicialmente, os governistas defendiam que Thomaz Bastos esclarecesse o assunto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Mas os oposicionistas queriam levar o ministro ao plenário.
Nesta segunda-feira, os oposicionistas passaram a defender um depoimento de Thomaz Bastos à CPI dos Bingos, idéia que os governistas rejeitam.
Na CPI, Thomaz Bastos poderia ser alvo de críticas e teria suas respostas contestadas pelos senadores oposicionistas. No plenário, os parlamentares não deverão ter direito à réplica, o que evitaria contestações às declarações do ministro.
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