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29/04/2006
-
12h40
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
O secretário-geral do PT, Raul Pont, descartou a possibilidade do partido fechar alianças com o PMDB, como defende o Campo Majoritário --ala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pont, que integra a DS (Democracia Socialista), defende alianças exclusivamente com os tradicionais aliados do PT, como PC do B e PSB.
"O PMDB não tem condições de estar conosco. Não tem porque tem candidato [Anthony Garotinho e Itamar Franco]. Se não tivesse, muito mais difícil será se aliar conosco", disse Pont.
Ele também rechaçou a possibilidade do partido se aliar a partidos envolvidos com o suposto mensalão, como o PP, PL, PTB e PMDB. "Não dá para se coligar com o PTB de Roberto Jefferson e com o PL de Waldemar Costa Neto. Neste momento, queremos aliança com PSB e PC do B. Esta é a nossa coligação nacional no primeiro turno."
Segundo Pont, o PT precisa fechar alianças originais de esquerda para recuperar a sua identidade partidária. "A proposta está em debate restringe as alianças. Acho que o partido tem de recuperar a sua identidade política para que isso sirva para uma retomada de algo que se perdeu parcialmente durante a crise."
Pont disse que a política de alianças amplas é que jogaram o PT na crise deflagrada pela denúncia da existência do suposto "mensalão". "O resultado desse processo foi exatamente alianças com partidos sem um programa comum com o PT. Precisamos recuperar uma aliança coesa, programática, que tenha a possibilidade de uma outra sustentabilidade para o nosso segundo mandato."
"Defendemos alianças, mas têm de estar subordinadas a um projeto, a uma coerência. Se não, acontece o que aconteceu", disse Pont se referindo à crise política que atingiu o PT.
Segundo ele, a política de alianças irrestritas não garantiu a sustentabilidade do governo Lula no Congresso. "O PT não pode ficar refém das alianças como aconteceu no Congresso para a votação das reformas política e tributária e o partido não conseguiu votos."
Lula
Pont negou que a proposta de limitação de alianças seja contrária à reivindicação do presidente Lula. "Temos problemas em alguns Estados. O que o presidente cobrou é que temos de subordinar os interesses dos Estados à perspectiva nacional."
Ontem, na abertura do 13º Encontro Nacional do PT, Lula disse que só aceitava ser candidato à Presidência se o partido abrisse espaço para aliados nos Estados. "Não podemos permitir que em cada Estado prevaleça só a vontade do Estado. Se pode prevalecer, então não venham me dizer que a prioridade é o projeto nacional", disse o presidente.
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Raul Pont descarta aliança com PMDB e com partidos do "mensalão"
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da Folha Online
O secretário-geral do PT, Raul Pont, descartou a possibilidade do partido fechar alianças com o PMDB, como defende o Campo Majoritário --ala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pont, que integra a DS (Democracia Socialista), defende alianças exclusivamente com os tradicionais aliados do PT, como PC do B e PSB.
"O PMDB não tem condições de estar conosco. Não tem porque tem candidato [Anthony Garotinho e Itamar Franco]. Se não tivesse, muito mais difícil será se aliar conosco", disse Pont.
Ele também rechaçou a possibilidade do partido se aliar a partidos envolvidos com o suposto mensalão, como o PP, PL, PTB e PMDB. "Não dá para se coligar com o PTB de Roberto Jefferson e com o PL de Waldemar Costa Neto. Neste momento, queremos aliança com PSB e PC do B. Esta é a nossa coligação nacional no primeiro turno."
Segundo Pont, o PT precisa fechar alianças originais de esquerda para recuperar a sua identidade partidária. "A proposta está em debate restringe as alianças. Acho que o partido tem de recuperar a sua identidade política para que isso sirva para uma retomada de algo que se perdeu parcialmente durante a crise."
Pont disse que a política de alianças amplas é que jogaram o PT na crise deflagrada pela denúncia da existência do suposto "mensalão". "O resultado desse processo foi exatamente alianças com partidos sem um programa comum com o PT. Precisamos recuperar uma aliança coesa, programática, que tenha a possibilidade de uma outra sustentabilidade para o nosso segundo mandato."
"Defendemos alianças, mas têm de estar subordinadas a um projeto, a uma coerência. Se não, acontece o que aconteceu", disse Pont se referindo à crise política que atingiu o PT.
Segundo ele, a política de alianças irrestritas não garantiu a sustentabilidade do governo Lula no Congresso. "O PT não pode ficar refém das alianças como aconteceu no Congresso para a votação das reformas política e tributária e o partido não conseguiu votos."
Lula
Pont negou que a proposta de limitação de alianças seja contrária à reivindicação do presidente Lula. "Temos problemas em alguns Estados. O que o presidente cobrou é que temos de subordinar os interesses dos Estados à perspectiva nacional."
Ontem, na abertura do 13º Encontro Nacional do PT, Lula disse que só aceitava ser candidato à Presidência se o partido abrisse espaço para aliados nos Estados. "Não podemos permitir que em cada Estado prevaleça só a vontade do Estado. Se pode prevalecer, então não venham me dizer que a prioridade é o projeto nacional", disse o presidente.
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