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03/06/2006
-
18h09
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os investimentos feitos em educação no Estado de São Paulo, em um ataque indireto à gestão do ex-governador Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB. As declarações do presidente também atingiram o ex-prefeito José Serra, que é o candidato tucano ao governo estadual.
Os tucanos rebateram as críticas do presidente, lembrando o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), que chamou a atenção do governo federal por não aplicar o limite mínimo no setor de educação básica.
"Só para vocês terem idéia, em São Paulo, que é o estado mais rico da Federação, 82% de todos os jovens que estudam em universidade no estado de São Paulo, estudam em universidade privada. Apenas 18% estudam em escola pública", disse ele, durante discurso em Santo André, município do chamado ABC paulista.
Ontem, Alckmin respondeu a essas críticas dizendo que Lula adotava o estilo "Rolando Lero" quando falava de educação e que o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) criticou os investimentos federais na área.
As críticas de Lula atingiram Serra, quando o presidente mencionou o programa federal ProJovem, que paga um ajuda de custo para jovens entre 18 e 24 anos voltarem a estudar .
"Então nós resolvemos criar um programa para as capitais [o ProJovem]. Acontece que nem todos os prefeitos entenderam. Aqui para São Paulo, por exemplo, na capital, nós colocamos 30 mil à disposição do prefeito e lamentavelmente ficamos um ano esperando, Aloizio [Mercadante, senador por SP], e o prefeito não atendeu as 30 mil vagas, nós não preenchemos", disse ele.
Troca de farpas
Desde sexta-feira, o debate público entre tucanos e petistas se acirrou, em uma antecipação do provável clima da campanha eleitoral do segundo semestre.
O presidente Lula provocou reações de pefelistas e tucanos ao desafiar a oposição -- durante discurso em Manaus (AM)-- a mostrar na TV as sessões das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) criadas para investigar o "mensalão", entre outras denúncias contra o Planalto.
"Quero que eles coloquem CPI na televisão todo dia, toda hora. Que coloquem as torturas que fizeram com muita gente lá", afirmou Lula.
Incomodado, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse que Lula passou da "omissão ao cinismo". "O presidente passou da omissão para o cinismo. Primeiro ele dizia que de nada sabia, agora fala que corrupção não tem problema. Agora é cinismo mesmo, que é mais imperdoável do que omissão."
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, rebateu no mesmo dia as declarações dos tucanos sobre a suposta "bomba fiscal" que o partido estaria preparando para o eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Terrorismo
Berzoini disse que o PSDB está usando a estratégia do terrorismo para tentar atingir o PT.
"É a estratégia do terrorismo. O PSDB tenta criar fatos a partir de mentiras e colocar medo nas pessoas", afirmou Berzoini. Ele também alfinetou a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O governo Lula não precisou fazer programa de privatização todo ano para fechar contas. Quem sempre foi irresponsável na área fiscal foi o PSDB e PFL", afirmou ele.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) também rebateu as críticas tucanas à suposta "farra cambial e fiscal" do governo Lula. "Quando se fala em farra cambial me vem à mente aquele período do governo Fernando Henrique Cardoso onde o câmbio era mantido artificialmente congelado. (...) Quando soltaram o câmbio, em janeiro de 1999, o castelo de cartas desmoronou e se descobriu que era uma farra cambial", cutucou o ministro.
Em São Paulo, Lula voltou a criticar o descaso com a educação hoje durante passagem por São Paulo. Segundo ele, o descaso e o abandono da educação foram premeditados. O presidente repisou essas críticas neste sábado, mas desta vez com uma menção "especial" ao ex-prefeito José Serra, candidato tucano para a sucessão estadual e favorito nas pesquisas eleitorais.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os investimentos feitos em educação no Estado de São Paulo, em um ataque indireto à gestão do ex-governador Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB. As declarações do presidente também atingiram o ex-prefeito José Serra, que é o candidato tucano ao governo estadual.
Os tucanos rebateram as críticas do presidente, lembrando o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), que chamou a atenção do governo federal por não aplicar o limite mínimo no setor de educação básica.
"Só para vocês terem idéia, em São Paulo, que é o estado mais rico da Federação, 82% de todos os jovens que estudam em universidade no estado de São Paulo, estudam em universidade privada. Apenas 18% estudam em escola pública", disse ele, durante discurso em Santo André, município do chamado ABC paulista.
Ontem, Alckmin respondeu a essas críticas dizendo que Lula adotava o estilo "Rolando Lero" quando falava de educação e que o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) criticou os investimentos federais na área.
As críticas de Lula atingiram Serra, quando o presidente mencionou o programa federal ProJovem, que paga um ajuda de custo para jovens entre 18 e 24 anos voltarem a estudar .
"Então nós resolvemos criar um programa para as capitais [o ProJovem]. Acontece que nem todos os prefeitos entenderam. Aqui para São Paulo, por exemplo, na capital, nós colocamos 30 mil à disposição do prefeito e lamentavelmente ficamos um ano esperando, Aloizio [Mercadante, senador por SP], e o prefeito não atendeu as 30 mil vagas, nós não preenchemos", disse ele.
Troca de farpas
Desde sexta-feira, o debate público entre tucanos e petistas se acirrou, em uma antecipação do provável clima da campanha eleitoral do segundo semestre.
O presidente Lula provocou reações de pefelistas e tucanos ao desafiar a oposição -- durante discurso em Manaus (AM)-- a mostrar na TV as sessões das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) criadas para investigar o "mensalão", entre outras denúncias contra o Planalto.
"Quero que eles coloquem CPI na televisão todo dia, toda hora. Que coloquem as torturas que fizeram com muita gente lá", afirmou Lula.
Incomodado, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse que Lula passou da "omissão ao cinismo". "O presidente passou da omissão para o cinismo. Primeiro ele dizia que de nada sabia, agora fala que corrupção não tem problema. Agora é cinismo mesmo, que é mais imperdoável do que omissão."
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, rebateu no mesmo dia as declarações dos tucanos sobre a suposta "bomba fiscal" que o partido estaria preparando para o eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Terrorismo
Berzoini disse que o PSDB está usando a estratégia do terrorismo para tentar atingir o PT.
"É a estratégia do terrorismo. O PSDB tenta criar fatos a partir de mentiras e colocar medo nas pessoas", afirmou Berzoini. Ele também alfinetou a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O governo Lula não precisou fazer programa de privatização todo ano para fechar contas. Quem sempre foi irresponsável na área fiscal foi o PSDB e PFL", afirmou ele.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) também rebateu as críticas tucanas à suposta "farra cambial e fiscal" do governo Lula. "Quando se fala em farra cambial me vem à mente aquele período do governo Fernando Henrique Cardoso onde o câmbio era mantido artificialmente congelado. (...) Quando soltaram o câmbio, em janeiro de 1999, o castelo de cartas desmoronou e se descobriu que era uma farra cambial", cutucou o ministro.
Em São Paulo, Lula voltou a criticar o descaso com a educação hoje durante passagem por São Paulo. Segundo ele, o descaso e o abandono da educação foram premeditados. O presidente repisou essas críticas neste sábado, mas desta vez com uma menção "especial" ao ex-prefeito José Serra, candidato tucano para a sucessão estadual e favorito nas pesquisas eleitorais.
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