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28/06/2006 - 20h51

Adversários políticos ultrapassam "raias do razoável", diz Lula

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Contagem (MG)

O presidente e candidato do PT à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, reclamou hoje com peemedebistas e petistas de Minas Gerais do tom agressivo dos seus opositores nesse começo de campanha eleitoral. Segundo Lula, o tom da disputa empreendido pelos seus adversários está "ultrapassando as raias do razoável", devido a ataques pessoais.

Segundo o ex-prefeito de Juiz de Fora Tarcísio Delgado, do chamado grupo histórico do PMDB, Lula fez a queixa sem citar nomes ou partidos. Delgado afirmou que o presidente citou ainda o fato de a oposição querer o seu impeachment e que ela só não levou adiante o pedido porque não teve apoio popular.

Recentemente, o senador José Jorge (PFL), candidato a vice na chapa presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB), acusou Lula de "beber muito, não trabalhar e só viajar".

Tão logo deixou o encontro, realizado em um hotel em Contagem, o presidente do PT-MG, ex-ministro Nilmário Miranda, confirmou as queixas de Lula e disse que ele também reclamou do tratamento duro que tem recebido da oposição no Congresso, citando o atraso ocorrido na votação do Orçamento e a não-criação do Fundeb.

A crítica sobre o Fundeb (fundo para o ensino fundamental) havia sido feita publicamente por Lula momentos antes, em cerimônia do programa Bolsa-Família. "Parece que tem gente que não quer votar, porque, se votar, são mais R$ 4,3 bilhões para a educação, e isso poderia beneficiar o governo do presidente Lula", disse o presidente.

"Eu não acredito que tenha gente que pensa de forma tão pequena, que seja capaz de prejudicar as crianças brasileiras, pensando que está prejudicando o presidente da República, o governo federal", completou Lula.

A reunião com os peemedebistas --entre eles o ex-governador Newton Cardoso-- e os petistas foi para Lula aprovar a aliança entre eles em Minas.

Segundo os participantes, Lula pediu que as diferenças existentes entre PT e PMDB fossem deixadas de lado e que eles se apegassem às coisas maiores: a sua eleição e a de Nilmário para o governo de Minas.

O PMDB deve indicar amanhã o vice e o candidato ao senado. O ex-presidente Itamar Franco, que disputa contra Newton a vaga ao Senado, não foi à reunião.

Antes de ir para Contagem, Lula teve em Belo Horizonte encontro reservado de 15 minutos com o governador Aécio Neves (PSDB), favorito na disputa contra Nilmário.

Aécio seguiu para Juiz de Fora e Lula para Contagem, onde disse aos peemedebistas que irá se empenhar pela candidatura de Nilmário e que o favoritismo de Aécio pode ser reduzido quando a população conhecer os investimentos do governo federal no Estado. Disse que os ministros mineiros também se empenharão na campanha.

Segundo o ex-prefeito de Uberlândia Zaire Resende (PMDB), que também pleiteia o Senado, Lula disse que não há eleição ganha e comparou a situação de Aécio a um barco no mar que pode ter alguma dificuldade se houver uma marola.

De acordo com Nilmário, Lula falou que Aécio está nadando sozinho em uma piscina, mas que as referências ao tucano foram sempre "elogiosas e muito respeitosas".

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