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19/09/2006
-
16h32
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas decidiu deixar para depois das eleições a votação dos requerimentos de convocação dos envolvidos na compra do dossiê contra candidatos tucanos. A cúpula da comissão avaliou hoje, durante reunião, que não haverá quórum suficiente de parlamentares no Congresso para votar as convocações --que precisam ser aprovadas em reunião conjunta da CPI.
"Não haverá quórum antes das eleições para votar nenhum requerimento", disse o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
A direção da CPI vai solicitar formalmente ao Ministério Público do Mato Grosso, à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República todas as informações e documentos já reunidos sobre o episódio.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que a CPI só pode decidir sobre convocações depois de analisar todo o material já reunido nas investigações. "Deixar uma eventual convocação para depois da análise dos documentos é o correto na linha investigativa", disse.
O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defendeu a realização de reunião extraordinária para a votação dos requerimentos antes das eleições. Mas diante do argumento de que não haverá parlamentares suficientes na CPI, disse que vai defender a votação dos requerimentos na primeira reunião depois das eleições, marcada para o dia 4 de outubro.
Jungmann apresentou requerimentos para a convocação de Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva, presos na sexta-feira com o dinheiro que seria usado na compra do dossiê. O deputado também solicitou a convocação do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, e seu tio, Paulo Roberto Trevisan, apontados como responsáveis pela elaboração do dossiê.
Investigações
Segundo Biscaia, a CPI vai abrir duas frentes de investigações para apurar todos os fatos relacionados ao dossiê. A primeira frente vai investigar o teor do dossiê contra os candidatos José Serra e Geraldo Alckmin, que teria sido elaborado por Vedoin. A outra linha investigativa vai apurar se realmente houve a tentativa de compra do dossiê por membros do PT. "A linha de investigação será ampla para apurar essa criminosa ação com o Vedoin", disse Biscaia.
A cúpula da CPI se dividiu em relação à convocação dos ex-ministros da Saúde Barjas Negri e José Serra. O sub-relator Fernando Gabeira (PV-RJ) disse acreditar que o esquema de fraudes no orçamento para a compra superfaturada de ambulâncias teve início ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. "A tendência pós-eleitoral é a convocação de todos os ministros. Eu acredito que esse processo já existia desde 2001", afirmou Gabeira.
Já Sampaio disse que a CPI não deve "personificar" as investigações. "A convocação de qualquer ex-ministro ou dirigente partidário vai depender dos documentos que vamos receber", disse.
Para Jungmann, a convocação de todos os suspeitos de envolvimento nas fraudes é necessária. "Eu quero todas essas convocações. Espero inquirir todos e também promover acareações na primeira oportunidade", afirmou.
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CPI adia convocação de envolvidos no dossiê para depois das eleições
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da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas decidiu deixar para depois das eleições a votação dos requerimentos de convocação dos envolvidos na compra do dossiê contra candidatos tucanos. A cúpula da comissão avaliou hoje, durante reunião, que não haverá quórum suficiente de parlamentares no Congresso para votar as convocações --que precisam ser aprovadas em reunião conjunta da CPI.
"Não haverá quórum antes das eleições para votar nenhum requerimento", disse o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
A direção da CPI vai solicitar formalmente ao Ministério Público do Mato Grosso, à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República todas as informações e documentos já reunidos sobre o episódio.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que a CPI só pode decidir sobre convocações depois de analisar todo o material já reunido nas investigações. "Deixar uma eventual convocação para depois da análise dos documentos é o correto na linha investigativa", disse.
O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defendeu a realização de reunião extraordinária para a votação dos requerimentos antes das eleições. Mas diante do argumento de que não haverá parlamentares suficientes na CPI, disse que vai defender a votação dos requerimentos na primeira reunião depois das eleições, marcada para o dia 4 de outubro.
Jungmann apresentou requerimentos para a convocação de Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva, presos na sexta-feira com o dinheiro que seria usado na compra do dossiê. O deputado também solicitou a convocação do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, e seu tio, Paulo Roberto Trevisan, apontados como responsáveis pela elaboração do dossiê.
Investigações
Segundo Biscaia, a CPI vai abrir duas frentes de investigações para apurar todos os fatos relacionados ao dossiê. A primeira frente vai investigar o teor do dossiê contra os candidatos José Serra e Geraldo Alckmin, que teria sido elaborado por Vedoin. A outra linha investigativa vai apurar se realmente houve a tentativa de compra do dossiê por membros do PT. "A linha de investigação será ampla para apurar essa criminosa ação com o Vedoin", disse Biscaia.
A cúpula da CPI se dividiu em relação à convocação dos ex-ministros da Saúde Barjas Negri e José Serra. O sub-relator Fernando Gabeira (PV-RJ) disse acreditar que o esquema de fraudes no orçamento para a compra superfaturada de ambulâncias teve início ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. "A tendência pós-eleitoral é a convocação de todos os ministros. Eu acredito que esse processo já existia desde 2001", afirmou Gabeira.
Já Sampaio disse que a CPI não deve "personificar" as investigações. "A convocação de qualquer ex-ministro ou dirigente partidário vai depender dos documentos que vamos receber", disse.
Para Jungmann, a convocação de todos os suspeitos de envolvimento nas fraudes é necessária. "Eu quero todas essas convocações. Espero inquirir todos e também promover acareações na primeira oportunidade", afirmou.
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