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20/10/2006
-
16h52
da Folha Online
Já está com a CPI dos Sanguessugas o relatório preliminar elaborado pelo delegado da Polícia Federal de Mato Grosso, Diógenes Curado, sobre a tentativa de compra do dossiê contra o PSDB por petistas.
O relatório contém 12 depoimentos tomados até agora e o resultado da investigação das quebras de sigilo telefônico dos envolvidos.
A PF teve acesso, por decisão judicial, a mais de 700 cadastros telefônicos dos envolvidos. Após a análise desses cadastros, a polícia chegou a um novo nome, além dos sete ligados ao PT que já estão sendo investigados.
Para manter o sigilo da investigação, a PF se limitou a dizer que se trata de alguém muito conhecido.
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), passa este fim de semana analisando o relatório. Ele retorna neste sábado a Brasília. No momento, está em viagem oficial ao Uruguai.
Jungmann defende que seja dada uma satisfação ao eleitor brasileiro sobre o caso do dossiê antes das eleições. Além disso, lembrou que o prazo de funcionamento da comissão termina em dezembro. "Estamos correndo contra o tempo", afirmou.
Ele disse também que os documentos da PF servem para orientar o trabalho da CPI na coleta de provas, inclusive testemunhais (por meio de depoimentos).
O delegado Diógenes Curado afirmou ao deputado que a origem do dinheiro, que seria usado por petistas para comprar o documento contra tucanos, pode ser determinada antes do segundo turno.
A conclusão do inquérito, no entanto, ainda pode demorar. Curado apresentou, junto com o relatório parcial, um pedido de prorrogação da investigação por mais 30 dias.
Abel Pereira
Os governistas, por sua vez, insistem na convocação do empresário Abel Pereira, acusado de ter se beneficiado com o esquema de superfaturamento de ambulâncias durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana, acusa a CPI de estar sendo parcial nas investigações sobre o caso do dossiê.
"Ao deixar de convocar Abel Pereira, a comissão assumiu uma postura de defesa de uma das candidaturas, porque Abel Pereira é a parte do PSDB na máfia das ambulâncias. Eu pergunto: onde está Abel Pereira? Quem sabe qual do paradeiro de Abel Pereira? Ele tem muito a falar à CPI. Ele foi o operador financeiro do período em que 70% das ambulâncias superfaturadas foram entregues. Ele conhece uma rede de propinas enorme", afirmou o líder petista.
Abel Pereira vai prestar depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira. A situação dele se complicou após o depoimento de Ronildo Medeiros, integrante da máfia das ambulâncias, que disse ter pago a ele um percentual de cada ambulância vendida pelo esquema.
O requerimento de convocação de Abel Pereira pela CPI dos Sanguessugas não foi aprovado na última reunião administrativa, e a Comissão só deve se reunir novamente no dia 31 de outubro, após o segundo turno das eleições.
Com Agência Câmara
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CPI já está com relatório preliminar da PF sobre dossiê
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Já está com a CPI dos Sanguessugas o relatório preliminar elaborado pelo delegado da Polícia Federal de Mato Grosso, Diógenes Curado, sobre a tentativa de compra do dossiê contra o PSDB por petistas.
O relatório contém 12 depoimentos tomados até agora e o resultado da investigação das quebras de sigilo telefônico dos envolvidos.
A PF teve acesso, por decisão judicial, a mais de 700 cadastros telefônicos dos envolvidos. Após a análise desses cadastros, a polícia chegou a um novo nome, além dos sete ligados ao PT que já estão sendo investigados.
Para manter o sigilo da investigação, a PF se limitou a dizer que se trata de alguém muito conhecido.
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), passa este fim de semana analisando o relatório. Ele retorna neste sábado a Brasília. No momento, está em viagem oficial ao Uruguai.
Jungmann defende que seja dada uma satisfação ao eleitor brasileiro sobre o caso do dossiê antes das eleições. Além disso, lembrou que o prazo de funcionamento da comissão termina em dezembro. "Estamos correndo contra o tempo", afirmou.
Ele disse também que os documentos da PF servem para orientar o trabalho da CPI na coleta de provas, inclusive testemunhais (por meio de depoimentos).
O delegado Diógenes Curado afirmou ao deputado que a origem do dinheiro, que seria usado por petistas para comprar o documento contra tucanos, pode ser determinada antes do segundo turno.
A conclusão do inquérito, no entanto, ainda pode demorar. Curado apresentou, junto com o relatório parcial, um pedido de prorrogação da investigação por mais 30 dias.
Abel Pereira
Os governistas, por sua vez, insistem na convocação do empresário Abel Pereira, acusado de ter se beneficiado com o esquema de superfaturamento de ambulâncias durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana, acusa a CPI de estar sendo parcial nas investigações sobre o caso do dossiê.
"Ao deixar de convocar Abel Pereira, a comissão assumiu uma postura de defesa de uma das candidaturas, porque Abel Pereira é a parte do PSDB na máfia das ambulâncias. Eu pergunto: onde está Abel Pereira? Quem sabe qual do paradeiro de Abel Pereira? Ele tem muito a falar à CPI. Ele foi o operador financeiro do período em que 70% das ambulâncias superfaturadas foram entregues. Ele conhece uma rede de propinas enorme", afirmou o líder petista.
Abel Pereira vai prestar depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira. A situação dele se complicou após o depoimento de Ronildo Medeiros, integrante da máfia das ambulâncias, que disse ter pago a ele um percentual de cada ambulância vendida pelo esquema.
O requerimento de convocação de Abel Pereira pela CPI dos Sanguessugas não foi aprovado na última reunião administrativa, e a Comissão só deve se reunir novamente no dia 31 de outubro, após o segundo turno das eleições.
Com Agência Câmara
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