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23/10/2006
-
18h10
da Folha Online
O advogado do empresário Luiz Antônio Vedoin, Eloi Refatti, disse nesta segunda-feira que não existe nenhum dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT).
Pela manhã, em depoimento à Polícia Federal, o empresário Abel Pereira afirmou que Vedoin --acusado de liderar a máfia dos sanguessugas-- o procurou para oferecer documentos que ligariam o então candidato ao governo de São Paulo ao escândalo.
"Não existe nada contra o [senador Aloizio] Mercadante. [Vedoin] não tentou vender nada contra ele. Senão já teria apresentado. Digo isso com toda a certeza", afirmou Refatti.
Segundo o advogado, como Vedoin tinha o benefício da delação premiada, seu cliente já disse tudo o que tinha para dizer sobre parlamentares. "Eles não são bobos de acusar ninguém sem indícios", acrescentou.
"A situação dele [Vedoin] já está bem complicada para fazer uma afirmação dessas", afirmou Refatti sobre as declarações do empresário paulista Abel Pereira e de seu advogado, Eduardo Siqueira Rodrigues.
No depoimento para o delegado Diógenes Curado --responsável pelo inquérito que apura a venda de um dossiê contra políticos tucanos para integrantes do PT--, Abel afirmou que não chegou a ler nem tomar conhecimento do conteúdo dos documentos oferecidos por Vedoin.
Segundo a PF, Abel disse no depoimento que seu contato com Vedoin parou aí e que ele não levou adiante a oferta feita pelo empresário sanguessuga.
A PF prendeu em 15 de setembro os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos num hotel de São Paulo com R$ 1,75 milhão. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê feito por Vedoin contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB).
O caso detonou mais um escândalo envolvendo integrantes do PT. Serra venceu a eleição em São Paulo, Mercadante ficou em segundo.
"Factóide"
Em nota divulgada à imprensa nesta tarde, Mercadante classificou o depoimento de Abel Pereira à PF como uma tentativa de criar um "factóide" para "desviar a atenção das investigações sobre o esquema sanguessuga", que ele acusa de ter iniciado durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mercadante afirmou que não teve emendas liberadas "que tenham sido destinadas ao esquema sanguessuga", dizendo ainda que a informação pode ser confirmada mediante consulta ao Orçamento da União e ao Ministério da Saúde.
Segundo o senador, "o esquema foi gestado e teve 70% das liberações de ambulâncias superfaturadas executadas no Ministério da Saúde do governo anterior, com o qual Abel Pereira tinha íntimas relações".
Histórico
Abel é acusado de receber propina da máfia dos sanguessugas. Ele é amigo do ex-ministro da Saúde em 2002 e atual prefeito de Piracicaba (SP) pelo PSDB, Barjas Negri.
Em depoimento à Justiça Federal, Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas que negociou com petistas o dossiê contra tucanos, afirmou que Abel tinha ligação com Barjas e atuava no Ministério da Saúde em 2002 para liberar verbas.
Em troca, o empresário receberia 6,5% por verba liberada. Ele nega. Conforme Vedoin, Abel conseguiu a liberação de R$ 3 milhões a R$ 3,5 milhões no ministério.
O empresário disse, por meio de sua assessoria jurídica, que 'não procede' a afirmação de Luiz Antonio Vedoin à Justiça Federal em Cuiabá de que teria liberado R$ 3 milhões em 2002 em verbas do Ministério da Saúde após receber propina, na gestão de Barjas Negri.
De acordo com o advogado Sérgio Pannunzio, Abel esteve apenas uma vez no Ministério da Saúde, em 2002, para intermediar a liberação de verbas para a construção de um hospital em Jaciara (MT).
O empresário disse que esteve no gabinete acompanhado pelo ex-prefeito da cidade Valdizete Nogueira (PPS).
Abel já havia dito, anteriormente, conhecer a família Vedoin e que já teve uma sociedade com Darci Vedoin em uma empresa de Jaciara.
Com Agência Brasil
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Advogado de Vedoin diz que não existe dossiê contra Mercadante
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O advogado do empresário Luiz Antônio Vedoin, Eloi Refatti, disse nesta segunda-feira que não existe nenhum dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT).
Pela manhã, em depoimento à Polícia Federal, o empresário Abel Pereira afirmou que Vedoin --acusado de liderar a máfia dos sanguessugas-- o procurou para oferecer documentos que ligariam o então candidato ao governo de São Paulo ao escândalo.
"Não existe nada contra o [senador Aloizio] Mercadante. [Vedoin] não tentou vender nada contra ele. Senão já teria apresentado. Digo isso com toda a certeza", afirmou Refatti.
Segundo o advogado, como Vedoin tinha o benefício da delação premiada, seu cliente já disse tudo o que tinha para dizer sobre parlamentares. "Eles não são bobos de acusar ninguém sem indícios", acrescentou.
"A situação dele [Vedoin] já está bem complicada para fazer uma afirmação dessas", afirmou Refatti sobre as declarações do empresário paulista Abel Pereira e de seu advogado, Eduardo Siqueira Rodrigues.
No depoimento para o delegado Diógenes Curado --responsável pelo inquérito que apura a venda de um dossiê contra políticos tucanos para integrantes do PT--, Abel afirmou que não chegou a ler nem tomar conhecimento do conteúdo dos documentos oferecidos por Vedoin.
Segundo a PF, Abel disse no depoimento que seu contato com Vedoin parou aí e que ele não levou adiante a oferta feita pelo empresário sanguessuga.
A PF prendeu em 15 de setembro os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos num hotel de São Paulo com R$ 1,75 milhão. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê feito por Vedoin contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB).
O caso detonou mais um escândalo envolvendo integrantes do PT. Serra venceu a eleição em São Paulo, Mercadante ficou em segundo.
"Factóide"
Em nota divulgada à imprensa nesta tarde, Mercadante classificou o depoimento de Abel Pereira à PF como uma tentativa de criar um "factóide" para "desviar a atenção das investigações sobre o esquema sanguessuga", que ele acusa de ter iniciado durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mercadante afirmou que não teve emendas liberadas "que tenham sido destinadas ao esquema sanguessuga", dizendo ainda que a informação pode ser confirmada mediante consulta ao Orçamento da União e ao Ministério da Saúde.
Segundo o senador, "o esquema foi gestado e teve 70% das liberações de ambulâncias superfaturadas executadas no Ministério da Saúde do governo anterior, com o qual Abel Pereira tinha íntimas relações".
Histórico
Abel é acusado de receber propina da máfia dos sanguessugas. Ele é amigo do ex-ministro da Saúde em 2002 e atual prefeito de Piracicaba (SP) pelo PSDB, Barjas Negri.
Em depoimento à Justiça Federal, Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas que negociou com petistas o dossiê contra tucanos, afirmou que Abel tinha ligação com Barjas e atuava no Ministério da Saúde em 2002 para liberar verbas.
Em troca, o empresário receberia 6,5% por verba liberada. Ele nega. Conforme Vedoin, Abel conseguiu a liberação de R$ 3 milhões a R$ 3,5 milhões no ministério.
O empresário disse, por meio de sua assessoria jurídica, que 'não procede' a afirmação de Luiz Antonio Vedoin à Justiça Federal em Cuiabá de que teria liberado R$ 3 milhões em 2002 em verbas do Ministério da Saúde após receber propina, na gestão de Barjas Negri.
De acordo com o advogado Sérgio Pannunzio, Abel esteve apenas uma vez no Ministério da Saúde, em 2002, para intermediar a liberação de verbas para a construção de um hospital em Jaciara (MT).
O empresário disse que esteve no gabinete acompanhado pelo ex-prefeito da cidade Valdizete Nogueira (PPS).
Abel já havia dito, anteriormente, conhecer a família Vedoin e que já teve uma sociedade com Darci Vedoin em uma empresa de Jaciara.
Com Agência Brasil
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