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27/10/2006
-
21h30
CLARICE SPITZ
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília e no Rio
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) classificou de "deplorável" o episódio do falso testemunho de um suposto "laranja" do dossiegate. Para ele, houve "crime de comunicação caluniosa" e os responsáveis devem sofrer ação penal por terem feito a Polícia Federal perder tempo e dinheiro.
"É deplorável. Foi uma irresponsabilidade muito grande. Depois que jogam uma coisa dessas por aí, é difícil recuperar", disse Bastos na TV Globo, onde acompanha o último debate entre os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
No fim da tarde, a PF pediu a prisão temporária de Luiz Armando Silvestre Ramos por falso testemunho. Ele se apresentou como Aguinaldo Henrique Delino e disse que transportou parte do dinheiro que seria usado por integrantes do PT para comprar um dossiê contra tucanos.
No depoimento que prestou à PF ontem, Ramos disse que levou R$ 250 mil para Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT), apontado como quem levou o dinheiro para Gedimar Passos, que trabalhava no comitê nacional da campanha de Lula, comprar o dossiê.
Ramos disse à PF que sacou R$ 80 mil da sua conta no Bradesco de Pouso Alegre (MG), para a compra do dossiê. O restante do valor ele disse que seria levado por seu patrão que seria Luiz Armando Silvestre. A PF descobriu que ele era Ramos, o patrão.
Outros envolvidos
A PF também decidiu abrir inquérito para investigar se Rosely de Souza Pantaleão, ligada ao PSDB, cometeu crime de denunciação caluniosa ao apresentar informações inverídicas sobre o dossiegate.
Rosely apresentou a denúncia para a PF dizendo-se jornalista --o que depois foi desmentido por ela mesmo. Ela secretária-executiva do PSDB em Minas Gerais.
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Bastos classifica de "deplorável" falso testemunho sobre dossiegate
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília e no Rio
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) classificou de "deplorável" o episódio do falso testemunho de um suposto "laranja" do dossiegate. Para ele, houve "crime de comunicação caluniosa" e os responsáveis devem sofrer ação penal por terem feito a Polícia Federal perder tempo e dinheiro.
"É deplorável. Foi uma irresponsabilidade muito grande. Depois que jogam uma coisa dessas por aí, é difícil recuperar", disse Bastos na TV Globo, onde acompanha o último debate entre os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
No fim da tarde, a PF pediu a prisão temporária de Luiz Armando Silvestre Ramos por falso testemunho. Ele se apresentou como Aguinaldo Henrique Delino e disse que transportou parte do dinheiro que seria usado por integrantes do PT para comprar um dossiê contra tucanos.
No depoimento que prestou à PF ontem, Ramos disse que levou R$ 250 mil para Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT), apontado como quem levou o dinheiro para Gedimar Passos, que trabalhava no comitê nacional da campanha de Lula, comprar o dossiê.
Ramos disse à PF que sacou R$ 80 mil da sua conta no Bradesco de Pouso Alegre (MG), para a compra do dossiê. O restante do valor ele disse que seria levado por seu patrão que seria Luiz Armando Silvestre. A PF descobriu que ele era Ramos, o patrão.
Outros envolvidos
A PF também decidiu abrir inquérito para investigar se Rosely de Souza Pantaleão, ligada ao PSDB, cometeu crime de denunciação caluniosa ao apresentar informações inverídicas sobre o dossiegate.
Rosely apresentou a denúncia para a PF dizendo-se jornalista --o que depois foi desmentido por ela mesmo. Ela secretária-executiva do PSDB em Minas Gerais.
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