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30/10/2006
-
20h04
ANDREZA MATAIS
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o ministro Guido Mantega continua à frente da Fazenda até quando ele quiser. Lula deu uma entrevista na noite desta segunda-feira para o "Jornal da Band", da Bandeirantes.
Lula, entretanto, evitou comentar se Mantega continuará ministro em seu segundo mandato. O presidente afirmou que tem até 1º de janeiro para nomear seu ministério e criticou a "irresponsabilidade" de quem está soltando rumores sobre a reforma ministerial.
Na tentativa de conter os rumores sobre mudanças na equipe econômica, o Palácio do Planalto divulgou uma nota negando a saída do ministro Guido Mantega da Fazenda. "Diante de rumores sobre uma suposta substituição do atual ministro da Fazenda, o Presidente da República reafirma que só a ele cabe indicar ministros e que o ministro escolhido por ele para ocupar a pasta da Fazenda chama-se Guido Mantega", diz nota assinada pelo porta-voz André Singer.
Ao mesmo tempo, o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, sinalizou que a política econômica do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuará a mesma do primeiro.
Ao comentar a queda na bolsa e a alta do dólar, Garcia disse que tem muito "esperto" espalhando boatos para realizar movimento especulativo.
"Não há debate no governo sobre esta questão. O que há é uma decisão muito clara que o presidente anunciou na campanha de que o Brasil vai crescer. Ele ontem reiterou que vai crescer e com responsabilidade fiscal", afirmou.
Garcia preferiu não comentar a frase do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) de que "acabou a era Palocci", o que pode ter provocado o movimento especulativo registrado no mercado, e saiu em defesa do ex-ministro da Fazenda.
"Palocci teve papel extremamente importante neste governo. Ele foi, sob a direção do presidente da República, condutor de uma política de estabilização que evitou uma catástrofe que estava mais ou menos anunciada em 2002. É importante mencionar que esta política teve seu prazo e quem começou a modificá-la foi o próprio ministro Palocci", disse.
Hoje, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) defendeu a presença de Mantega na pasta.
"Eu acho, e aí é minha opinião pessoal e não do presidente, que o ministro Mantega é um elemento importante dessa segunda etapa, porque é responsável, não tem uma visão rupturista e conhece profundamente a economia. Tem uma forte ligação com o setor produtivo e tem uma ligação profunda também com o partido [PT]. Eu acho que o ministro Mantega seria um elemento importante no próximo governo", avaliou.
A mudança do titular do Ministério da Fazenda começou a ser cogitada antes mesmo da reeleição do presidente Lula. Entre os cotados aparecem os nomes de dois economistas petistas: Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte (MG), e José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o ministro Guido Mantega continua à frente da Fazenda até quando ele quiser. Lula deu uma entrevista na noite desta segunda-feira para o "Jornal da Band", da Bandeirantes.
Lula, entretanto, evitou comentar se Mantega continuará ministro em seu segundo mandato. O presidente afirmou que tem até 1º de janeiro para nomear seu ministério e criticou a "irresponsabilidade" de quem está soltando rumores sobre a reforma ministerial.
Na tentativa de conter os rumores sobre mudanças na equipe econômica, o Palácio do Planalto divulgou uma nota negando a saída do ministro Guido Mantega da Fazenda. "Diante de rumores sobre uma suposta substituição do atual ministro da Fazenda, o Presidente da República reafirma que só a ele cabe indicar ministros e que o ministro escolhido por ele para ocupar a pasta da Fazenda chama-se Guido Mantega", diz nota assinada pelo porta-voz André Singer.
Ao mesmo tempo, o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, sinalizou que a política econômica do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuará a mesma do primeiro.
Ao comentar a queda na bolsa e a alta do dólar, Garcia disse que tem muito "esperto" espalhando boatos para realizar movimento especulativo.
"Não há debate no governo sobre esta questão. O que há é uma decisão muito clara que o presidente anunciou na campanha de que o Brasil vai crescer. Ele ontem reiterou que vai crescer e com responsabilidade fiscal", afirmou.
Garcia preferiu não comentar a frase do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) de que "acabou a era Palocci", o que pode ter provocado o movimento especulativo registrado no mercado, e saiu em defesa do ex-ministro da Fazenda.
"Palocci teve papel extremamente importante neste governo. Ele foi, sob a direção do presidente da República, condutor de uma política de estabilização que evitou uma catástrofe que estava mais ou menos anunciada em 2002. É importante mencionar que esta política teve seu prazo e quem começou a modificá-la foi o próprio ministro Palocci", disse.
Hoje, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) defendeu a presença de Mantega na pasta.
"Eu acho, e aí é minha opinião pessoal e não do presidente, que o ministro Mantega é um elemento importante dessa segunda etapa, porque é responsável, não tem uma visão rupturista e conhece profundamente a economia. Tem uma forte ligação com o setor produtivo e tem uma ligação profunda também com o partido [PT]. Eu acho que o ministro Mantega seria um elemento importante no próximo governo", avaliou.
A mudança do titular do Ministério da Fazenda começou a ser cogitada antes mesmo da reeleição do presidente Lula. Entre os cotados aparecem os nomes de dois economistas petistas: Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte (MG), e José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras
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