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10/11/2006
-
15h45
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) sugeriu hoje que a cobrança da imprensa por celeridade nas investigações do dossiegate pode ter levado a Polícia Federal a quebrar o sigilo de dois telefones da Folha de S.Paulo.
Bastos disse que na tentativa de desvendar com agilidade a origem do dinheiro que seria usado na compra do documento, a PF acabou investigando vários telefones, mas, quando verificou que os números do jornal não tinham relação com o episódio, "descartou" os telefones da apuração.
"Trata-se de uma investigação em curso, feita sob grande pressão da sociedade e da imprensa, que cobrava pressa da PF. Vários telefones, que estavam registrados no número da pessoa detida, foram investigados. Tão logo a PF viu que [os números da Folha] não tinham ligação, os descartou", disse Bastos.
Ele disse estar convencido que não houve intenção da PF em investigar a Folha ou "atentar contra a liberdade de imprensa ou sigilo da fonte".
O ministro disse ter "o maior respeito pela imprensa" e convicção que a liberdade de expressão "tem um valor indeclinável, com o qual não se pode transigir".
Bastos comentou ainda que está disposto a encaminhar ao Senado as explicações que recebeu da Polícia Federal sobre a quebra do sigilo dos telefones do jornal. Ontem, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou requerimento de informação sobre eventuais irregularidades na quebra do sigilo telefônico.
O ministro também disse ter entrado em contato ontem com Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha --em nome do governo-- "para explicar a ele o que aconteceu".
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Bastos sugere que pressa pode ter levado PF a quebrar sigilo
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) sugeriu hoje que a cobrança da imprensa por celeridade nas investigações do dossiegate pode ter levado a Polícia Federal a quebrar o sigilo de dois telefones da Folha de S.Paulo.
Bastos disse que na tentativa de desvendar com agilidade a origem do dinheiro que seria usado na compra do documento, a PF acabou investigando vários telefones, mas, quando verificou que os números do jornal não tinham relação com o episódio, "descartou" os telefones da apuração.
"Trata-se de uma investigação em curso, feita sob grande pressão da sociedade e da imprensa, que cobrava pressa da PF. Vários telefones, que estavam registrados no número da pessoa detida, foram investigados. Tão logo a PF viu que [os números da Folha] não tinham ligação, os descartou", disse Bastos.
Ele disse estar convencido que não houve intenção da PF em investigar a Folha ou "atentar contra a liberdade de imprensa ou sigilo da fonte".
O ministro disse ter "o maior respeito pela imprensa" e convicção que a liberdade de expressão "tem um valor indeclinável, com o qual não se pode transigir".
Bastos comentou ainda que está disposto a encaminhar ao Senado as explicações que recebeu da Polícia Federal sobre a quebra do sigilo dos telefones do jornal. Ontem, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou requerimento de informação sobre eventuais irregularidades na quebra do sigilo telefônico.
O ministro também disse ter entrado em contato ontem com Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha --em nome do governo-- "para explicar a ele o que aconteceu".
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