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22/11/2006
-
18h53
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), reagiu nesta quarta-feira às acusações de Expedito Veloso, ex-diretor de risco do Banco do Brasil, sobre o pagamento da empresa Planam de restos da sua campanha eleitoral em 2002. A Planam é a empresa da família Vedoin, acusada de chefiar o esquema da máfia dos sanguessugas.
Serra disse que Expedito é um "aloprado delinqüente que foi flagrado em um ato criminoso" --por isso agora quer acusar o PSDB de envolvimento com a Planam, empresa dos empresários Luiz Antonio e Darci Vedoin.
"A maior contribuição que eles podem dar ao Brasil neste momento é esclarecer a origem do dinheiro do dossiê. É óbvio que isso é uma mentira", enfatizou. Serra evitou comentar o conteúdo da denúncia feita por Expedito. O governador disse, apenas, que o interlocutor do ex-diretor do Banco do Brasil deve ser a Polícia Federal.
Restos de campanha
Em depoimento esta manhã à CPI dos Sanguessugas, Expedito disse que os Vedoin teriam pago restos da campanha eleitoral de Serra em 2002. Segundo Expedito, o dossiê antitucano reunia uma relação de cheques e transferências bancárias que teriam sido utilizadas para pagar os restos da campanha de Serra à Presidência na época.
"O dossiê tinha documentos que mostravam como a Planam pagou restos da campanha do Serra em 2002", disse. Segundo Expedito, o dossiê tinha 15 cheques no valor de R$ 600 mil e pelo menos 20 transferências bancárias no valor de R$ 900 mil --tudo para o financiamento das dívidas do tucano.
"Essas transferências foram feitas por empresas de propriedade dos Vedoin, uma em Ipatinga (MG) e outra em Governador Valadares (MG)", disse Expedito.
O ex-diretor do Banco do Brasil revelou, ainda, que o dossiê tinha um DVD com imagens de Serra ao lado de Vedoin numa cerimônia de entrega de ambulâncias que teria sido paga pela Planam.
"Marginal"
O vice-governador eleito de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), também reagiu às acusações e disse que Expedito é um "marginal que faz parte de um bando envolvido numa operação criminosa".
Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI, também acusou Expedito de tentar difamar a imagem do PSDB ao vincular Serra aos Vedoin.
"Ele está sendo criminoso, mentiroso, não petista. Eu não ligo a figura do PT à inverdade, mas à mentira. O Expedito está desqualificando o próprio partido", reagiu Sampaio.
Em setembro deste ano, Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos com R$ 1,7 milhão que seriam pagos a Vedoin para que o PT tivesse acesso ao dossiê com informações contra Serra.
Apesar de admitir participar das negociações para obter o material, Expedito e o ex-analista de risco e mídia do PT Jorge Lorenzetti negaram à CPI terem autorizado Gedimar e Valdebran a pagarem pelo dossiê.
Valdebran, por outro lado, apontou Lorenzetti como o responsável por levantar o dinheiro para a operação de compra do documento.
O ex-analista do PT, no entanto, disse que participou das negociações até Vedoin pedir formalmente o dinheiro. Depois disso, ele garante que determinou a Valdebran e Gedimar que não pagassem o empresário pelo dossiê.
O PT estaria somente disposto, segundo Lorenzetti, a oferecer "serviços jurídicos" aos Vedoin quando fossem tornar públicas as informações do dossiê --em entrevistas que teriam sido negociadas com as revistas Época e Istoé.
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da Folha Online, em Brasília
O governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), reagiu nesta quarta-feira às acusações de Expedito Veloso, ex-diretor de risco do Banco do Brasil, sobre o pagamento da empresa Planam de restos da sua campanha eleitoral em 2002. A Planam é a empresa da família Vedoin, acusada de chefiar o esquema da máfia dos sanguessugas.
Serra disse que Expedito é um "aloprado delinqüente que foi flagrado em um ato criminoso" --por isso agora quer acusar o PSDB de envolvimento com a Planam, empresa dos empresários Luiz Antonio e Darci Vedoin.
"A maior contribuição que eles podem dar ao Brasil neste momento é esclarecer a origem do dinheiro do dossiê. É óbvio que isso é uma mentira", enfatizou. Serra evitou comentar o conteúdo da denúncia feita por Expedito. O governador disse, apenas, que o interlocutor do ex-diretor do Banco do Brasil deve ser a Polícia Federal.
Restos de campanha
Em depoimento esta manhã à CPI dos Sanguessugas, Expedito disse que os Vedoin teriam pago restos da campanha eleitoral de Serra em 2002. Segundo Expedito, o dossiê antitucano reunia uma relação de cheques e transferências bancárias que teriam sido utilizadas para pagar os restos da campanha de Serra à Presidência na época.
"O dossiê tinha documentos que mostravam como a Planam pagou restos da campanha do Serra em 2002", disse. Segundo Expedito, o dossiê tinha 15 cheques no valor de R$ 600 mil e pelo menos 20 transferências bancárias no valor de R$ 900 mil --tudo para o financiamento das dívidas do tucano.
"Essas transferências foram feitas por empresas de propriedade dos Vedoin, uma em Ipatinga (MG) e outra em Governador Valadares (MG)", disse Expedito.
O ex-diretor do Banco do Brasil revelou, ainda, que o dossiê tinha um DVD com imagens de Serra ao lado de Vedoin numa cerimônia de entrega de ambulâncias que teria sido paga pela Planam.
"Marginal"
O vice-governador eleito de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), também reagiu às acusações e disse que Expedito é um "marginal que faz parte de um bando envolvido numa operação criminosa".
Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI, também acusou Expedito de tentar difamar a imagem do PSDB ao vincular Serra aos Vedoin.
"Ele está sendo criminoso, mentiroso, não petista. Eu não ligo a figura do PT à inverdade, mas à mentira. O Expedito está desqualificando o próprio partido", reagiu Sampaio.
Em setembro deste ano, Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos com R$ 1,7 milhão que seriam pagos a Vedoin para que o PT tivesse acesso ao dossiê com informações contra Serra.
Apesar de admitir participar das negociações para obter o material, Expedito e o ex-analista de risco e mídia do PT Jorge Lorenzetti negaram à CPI terem autorizado Gedimar e Valdebran a pagarem pelo dossiê.
Valdebran, por outro lado, apontou Lorenzetti como o responsável por levantar o dinheiro para a operação de compra do documento.
O ex-analista do PT, no entanto, disse que participou das negociações até Vedoin pedir formalmente o dinheiro. Depois disso, ele garante que determinou a Valdebran e Gedimar que não pagassem o empresário pelo dossiê.
O PT estaria somente disposto, segundo Lorenzetti, a oferecer "serviços jurídicos" aos Vedoin quando fossem tornar públicas as informações do dossiê --em entrevistas que teriam sido negociadas com as revistas Época e Istoé.
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