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25/11/2006
-
08h04
ANDREZA MATAIS
FELIPE NEVES
da Folha Online, em Brasília e SP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa neste sábado da abertura da reunião do Diretório Nacional do PT. É a primeira vez que o diretório se reúne desde a reeleição de Lula, em outubro. O encontro acontece neste sábado e domingo, em São Paulo.
A presença de Lula mudou a pauta do encontro. A Folha Online apurou que temas polêmicos, como o afastamento definitivo do deputado Ricardo Berzoini (SP) da presidência do partido e uma presença menor dos paulistas no comando da legenda não serão discutidos para evitar constrangimentos ao presidente Lula.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, defendeu nesta sexta-feira que o PT deve passar por uma reforma política e organizativa. Ele, no entanto, não vê necessidade de o partido adiantar as eleições internas para renovar a direção da legenda.
"Para fazer a reforma política e organizativa do partido, na minha opinião não é necessário substituir o atual diretório", afirmou. "Uma discussão precipitada de nomes pode até prejudicar a necessária reforma política e organizativa do partido."
O único tema mais delicado que pode ser tratado deverá ser colocado em pauta pelo próprio Lula. O presidente deve informar ao partido a disposição de abrir espaço aos aliados no próximo mandato, o que implicaria na diminuição da presença do PT no governo.
Há petistas que apostam, até mesmo, que Lula irá informar ao partido que o PMDB terá mais espaço que o PT no seu segundo mandato e que não admitirá chiadeiras.
Lula tem afirmado que a maioria dos 83 deputados federais eleitos do PT em outubro foi beneficiada pelos seus votos. Não fosse a sua força política, o PT, que sofreu grande desgaste nos últimos quatro anos, teria murchado, dizem interlocutores do PT.
"Acho que o presidente dirá que o PT não espere ser hegemônico no seu segundo mandato. Que ele não foi um presidente que se elegeu sozinho. Teve o apoio de muitas forças que irão participar do seu novo governo", informou Carlos Wilson (PE), ex-presidente da Infraero e um dos petistas próximos a Lula.
Berzoni
O encontro do PT será o primeiro depois das eleições de outubro. A expectativa era que o encontro discutisse o destino de Berzoini.
Pressionado, o deputado se licenciou da presidência do partido, em outubro, depois de ter seu nome envolvido no escândalo do dossiegate. Desde então, vem sendo substituído por Marco Aurélio Garcia, vice-presidente do partido.
Ontem, Dulci elogiou a capacidade de articulação de Marco Aurélio Garcia --a quem chamou de "esplêndido quadro político".
No PT, a avaliação é que Berzoini só voltará ao cargo se for inocentado no episódio do dossiê. "Acho que não há clima para tratar deste assunto agora. A questão do dossiê não se esgotou ainda e enquanto a investigação estiver em curso, acho imprudente tratarmos disso. Vai que um desses aloprados vem a público dizer que ele [Berzoini] sabia de tudo. Será ruim para ele e o partido se tiver voltado. Vamos esperar até uma decisão final [da PF]", afirmou Wilson.
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Com presença de Lula, diretório do PT se reúne hoje e deve evitar polêmicas
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FELIPE NEVES
da Folha Online, em Brasília e SP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa neste sábado da abertura da reunião do Diretório Nacional do PT. É a primeira vez que o diretório se reúne desde a reeleição de Lula, em outubro. O encontro acontece neste sábado e domingo, em São Paulo.
A presença de Lula mudou a pauta do encontro. A Folha Online apurou que temas polêmicos, como o afastamento definitivo do deputado Ricardo Berzoini (SP) da presidência do partido e uma presença menor dos paulistas no comando da legenda não serão discutidos para evitar constrangimentos ao presidente Lula.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, defendeu nesta sexta-feira que o PT deve passar por uma reforma política e organizativa. Ele, no entanto, não vê necessidade de o partido adiantar as eleições internas para renovar a direção da legenda.
"Para fazer a reforma política e organizativa do partido, na minha opinião não é necessário substituir o atual diretório", afirmou. "Uma discussão precipitada de nomes pode até prejudicar a necessária reforma política e organizativa do partido."
O único tema mais delicado que pode ser tratado deverá ser colocado em pauta pelo próprio Lula. O presidente deve informar ao partido a disposição de abrir espaço aos aliados no próximo mandato, o que implicaria na diminuição da presença do PT no governo.
Há petistas que apostam, até mesmo, que Lula irá informar ao partido que o PMDB terá mais espaço que o PT no seu segundo mandato e que não admitirá chiadeiras.
Lula tem afirmado que a maioria dos 83 deputados federais eleitos do PT em outubro foi beneficiada pelos seus votos. Não fosse a sua força política, o PT, que sofreu grande desgaste nos últimos quatro anos, teria murchado, dizem interlocutores do PT.
"Acho que o presidente dirá que o PT não espere ser hegemônico no seu segundo mandato. Que ele não foi um presidente que se elegeu sozinho. Teve o apoio de muitas forças que irão participar do seu novo governo", informou Carlos Wilson (PE), ex-presidente da Infraero e um dos petistas próximos a Lula.
Berzoni
O encontro do PT será o primeiro depois das eleições de outubro. A expectativa era que o encontro discutisse o destino de Berzoini.
Pressionado, o deputado se licenciou da presidência do partido, em outubro, depois de ter seu nome envolvido no escândalo do dossiegate. Desde então, vem sendo substituído por Marco Aurélio Garcia, vice-presidente do partido.
Ontem, Dulci elogiou a capacidade de articulação de Marco Aurélio Garcia --a quem chamou de "esplêndido quadro político".
No PT, a avaliação é que Berzoini só voltará ao cargo se for inocentado no episódio do dossiê. "Acho que não há clima para tratar deste assunto agora. A questão do dossiê não se esgotou ainda e enquanto a investigação estiver em curso, acho imprudente tratarmos disso. Vai que um desses aloprados vem a público dizer que ele [Berzoini] sabia de tudo. Será ruim para ele e o partido se tiver voltado. Vamos esperar até uma decisão final [da PF]", afirmou Wilson.
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