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05/12/2006
-
22h17
CRISTIANO MACHADO
Colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Membros de dois movimentos sem-terra são acusados de saquear uma propriedade no Pontal do Paranapanema (oeste de SP). A denúncia foi feita à polícia pelo pecuarista Herclito Macedo, dono da fazenda Santa Tereza, em Euclides da Cunha Paulista (717 km a oeste de SP), invadida no domingo por aproximadamente cem membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra). Representantes dos grupos negaram.
Segundo o fazendeiro, os sem-terra entraram em seis casas de funcionários e levaram comida, utensílios domésticos e até armas --que, segundo o ruralista, são "devidamente legalizadas".
A polícia apura o caso. O delegado de Euclides da Cunha, Edmar Nagai, espera receber dos advogados de Macedo o relatório com os registros das armas.
Herclito Macedo afirmou que aguarda a saída dos sem-terra do local para avaliar os prejuízos. "Ainda não tenho condições de contabilizar nada. Meus advogados vão entrar com o pedido de reintegração [de posse]", afirmou.
Macedo disse que está negociando a venda da propriedade de 1,3 mil hectares, onde cria 1,6 mil cabeças de gado nelore, com o Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) para fins de reforma agrária. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Itesp informou que não dá detalhes sobre negociações.
O membro da direção estadual do MST Márcio Barreto, que atua no Pontal, disse que a acusação de saque "não tem cabimento".
"O MST nega veementemente essas acusações. Não é essa a prática do movimento, não tem cabimento isso. Se alguém levou [as armas] foram uns jagunços que estavam na área no momento em que as famílias fizeram a ocupação. Depois eles sumiram", afirmou.
Além da Santa Tereza, o MST promoveu desde domingo outras três invasões no Pontal. Na segunda-feira os alvos dos sem-terra foram a fazenda Guarani, em Presidente Bernardes (invadida pela quarta vez neste ano), e Santa Cruz, em Mirante do Paranapanema.
Já na manhã desta terça-feira, segundo a Polícia Militar, um grupo de 150 integrantes do MST invadiu a fazenda Floresta, também em Mirante.
Com essas novas ações, o número de invasões do ano no Pontal chega a 55 --dez delas ocorreram após o segundo turno das eleições, quando o movimento pôs fim ao pacto para não prejudicar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Sem-terra são acusados de saquear fazenda no Pontal
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Membros de dois movimentos sem-terra são acusados de saquear uma propriedade no Pontal do Paranapanema (oeste de SP). A denúncia foi feita à polícia pelo pecuarista Herclito Macedo, dono da fazenda Santa Tereza, em Euclides da Cunha Paulista (717 km a oeste de SP), invadida no domingo por aproximadamente cem membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra). Representantes dos grupos negaram.
Segundo o fazendeiro, os sem-terra entraram em seis casas de funcionários e levaram comida, utensílios domésticos e até armas --que, segundo o ruralista, são "devidamente legalizadas".
A polícia apura o caso. O delegado de Euclides da Cunha, Edmar Nagai, espera receber dos advogados de Macedo o relatório com os registros das armas.
Herclito Macedo afirmou que aguarda a saída dos sem-terra do local para avaliar os prejuízos. "Ainda não tenho condições de contabilizar nada. Meus advogados vão entrar com o pedido de reintegração [de posse]", afirmou.
Macedo disse que está negociando a venda da propriedade de 1,3 mil hectares, onde cria 1,6 mil cabeças de gado nelore, com o Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) para fins de reforma agrária. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Itesp informou que não dá detalhes sobre negociações.
O membro da direção estadual do MST Márcio Barreto, que atua no Pontal, disse que a acusação de saque "não tem cabimento".
"O MST nega veementemente essas acusações. Não é essa a prática do movimento, não tem cabimento isso. Se alguém levou [as armas] foram uns jagunços que estavam na área no momento em que as famílias fizeram a ocupação. Depois eles sumiram", afirmou.
Além da Santa Tereza, o MST promoveu desde domingo outras três invasões no Pontal. Na segunda-feira os alvos dos sem-terra foram a fazenda Guarani, em Presidente Bernardes (invadida pela quarta vez neste ano), e Santa Cruz, em Mirante do Paranapanema.
Já na manhã desta terça-feira, segundo a Polícia Militar, um grupo de 150 integrantes do MST invadiu a fazenda Floresta, também em Mirante.
Com essas novas ações, o número de invasões do ano no Pontal chega a 55 --dez delas ocorreram após o segundo turno das eleições, quando o movimento pôs fim ao pacto para não prejudicar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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