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07/12/2006
-
13h44
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo tem indicado que se o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), não disputar a reeleição para o comando da Casa dificilmente haverá consenso em torno de outro nome.
Os deputados Inocêncio Oliveira (PL-PE) e Ciro Nogueira (PP-PE) podem sair candidatos se Aldo não entrar na disputa. Essa decisão, entretanto, ainda não foi tomada. Os dois deputados podem tirar votos do candidato do governo, pois têm trânsito na Casa, principalmente entre o baixo clero.
Ciente disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou Inocêncio para uma conversa reservada na próxima terça-feira. Inocêncio esteve nesta semana no Palácio do Planalto, com outros parlamentares do PL para oferecer apoio ao segundo mandato do presidente. O convite para um novo encontro, segundo o deputado, surgiu nesta ocasião.
Tanto Inocêncio, quanto Ciro Nogueira --afilhado político do ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE)-- insistem que preferem apoiar Aldo a disputar a Presidência da Câmara. O PP e o PL já teriam se definido pelo comunista.
O deputado também teria a preferência do presidente Lula, mas PT e PMDB rejeitam a reeleição.
Chinaglia
O PT lançou no início da semana a candidatura do líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP). O PMDB deve anunciar seu candidato na próxima semana.
Para Inocêncio, a vitória da oposição ontem na disputa pela vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) "demonstrou que a Casa não aceita mais determinados candidatos".
Com oito mandatos consecutivos de deputado federal, Inocêncio recomenda que a decisão sobre quem será candidato da base à Presidência da Câmara leve em conta "os que têm mais trânsito na Casa".
"Na eleição da Mesa poderá acontecer de ter um nome apoiado por muitos partidos, mas ser eleito outro que tem mais trânsito na Casa", disse.
Para Inocêncio, "ninguém pode ser candidato sozinho", mas de um grupo de forças. Ele disse que já conseguiu o apoio de três partidos em torno do seu nome para a disputa pelo comando da Câmara, mas destacou que esta hipótese só será considerada se Aldo não disputar.
"Espero que todo mundo me procure para que eu seja candidato. Não vou dizer os três partidos que me apóiam senão vão em cima [deles]", disse.
Baixo clero
O deputado rejeita o rótulo de líder do "baixo clero", como são chamados os parlamentares com pouca expressão na Casa. Mas revelou sua tática para conseguir trânsito em todos os partidos.
"O deputado que chega aqui fica um pouco perdido em meio a uma estrutura enorme dessa. Você então dá carinho, consideração, apreço. É feito uma criança que pede um carrinho de brinquedo e você não pode dar, mas a agrada com um bombonzinho aqui e ali. Ela fica alegre, nunca mais esquece de você", afirmou. Inocêncio disse que está "há oito mandatos" distribuindo bombons pela Câmara.
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da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo tem indicado que se o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), não disputar a reeleição para o comando da Casa dificilmente haverá consenso em torno de outro nome.
Os deputados Inocêncio Oliveira (PL-PE) e Ciro Nogueira (PP-PE) podem sair candidatos se Aldo não entrar na disputa. Essa decisão, entretanto, ainda não foi tomada. Os dois deputados podem tirar votos do candidato do governo, pois têm trânsito na Casa, principalmente entre o baixo clero.
Ciente disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou Inocêncio para uma conversa reservada na próxima terça-feira. Inocêncio esteve nesta semana no Palácio do Planalto, com outros parlamentares do PL para oferecer apoio ao segundo mandato do presidente. O convite para um novo encontro, segundo o deputado, surgiu nesta ocasião.
Tanto Inocêncio, quanto Ciro Nogueira --afilhado político do ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE)-- insistem que preferem apoiar Aldo a disputar a Presidência da Câmara. O PP e o PL já teriam se definido pelo comunista.
O deputado também teria a preferência do presidente Lula, mas PT e PMDB rejeitam a reeleição.
Chinaglia
O PT lançou no início da semana a candidatura do líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP). O PMDB deve anunciar seu candidato na próxima semana.
Para Inocêncio, a vitória da oposição ontem na disputa pela vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) "demonstrou que a Casa não aceita mais determinados candidatos".
Com oito mandatos consecutivos de deputado federal, Inocêncio recomenda que a decisão sobre quem será candidato da base à Presidência da Câmara leve em conta "os que têm mais trânsito na Casa".
"Na eleição da Mesa poderá acontecer de ter um nome apoiado por muitos partidos, mas ser eleito outro que tem mais trânsito na Casa", disse.
Para Inocêncio, "ninguém pode ser candidato sozinho", mas de um grupo de forças. Ele disse que já conseguiu o apoio de três partidos em torno do seu nome para a disputa pelo comando da Câmara, mas destacou que esta hipótese só será considerada se Aldo não disputar.
"Espero que todo mundo me procure para que eu seja candidato. Não vou dizer os três partidos que me apóiam senão vão em cima [deles]", disse.
Baixo clero
O deputado rejeita o rótulo de líder do "baixo clero", como são chamados os parlamentares com pouca expressão na Casa. Mas revelou sua tática para conseguir trânsito em todos os partidos.
"O deputado que chega aqui fica um pouco perdido em meio a uma estrutura enorme dessa. Você então dá carinho, consideração, apreço. É feito uma criança que pede um carrinho de brinquedo e você não pode dar, mas a agrada com um bombonzinho aqui e ali. Ela fica alegre, nunca mais esquece de você", afirmou. Inocêncio disse que está "há oito mandatos" distribuindo bombons pela Câmara.
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