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08/12/2006 - 19h05

Procurador diz que vai oferecer denúncia contra Juvenil na próxima semana

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O procurador da República Rodrigo Leite Prado afirmou nesta sexta-feira que pretende oferecer denúncia contra o deputado federal eleito Juvenil Alves (PT-MG) no final da próxima semana. Ele é suspeito de chefiar um esquema para blindar o patrimônio de empresas devedoras de tributos de ao menos R$ 1 bilhão.

Prado confirmou que recebeu o inquérito da Polícia Federal sobre o caso pedindo o indiciamento de Juvenil e de mais 29 pessoas, na noite de quinta-feira.

"Agora só tem duas alternativas, excluída a possibilidade de arquivamento do caso: ou peço mais diligências ou já ofereço a denúncia", disse. "Só não vou fazê-lo [oferecer a denúncia] se tiver uma diligência realmente imprescindível."

Juvenil foi libertado na noite desta quinta-feira, após a Justiça conceder um habeas corpus. Ele havia sido preso no dia 29 de novembro, sob a acusação de coagir testemunha. Essa foi a segunda detenção do petista. No dia 28 de novembro, ele tinha sido libertado, após cinco dias de prisão preventiva na sede da Polícia Federal.

Segundo Prado, a intenção é oferecer a denúncia antes que o deputado seja diplomado --o que lhe daria foro privilegiado. A cerimônia está marcada para o próximo dia 18.

Mas, se não conseguir cumprir esse prazo, e o processo subir para o STF, ele afirma que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, poderia "aproveitar a denúncia", de forma a acelerar o processo.

O procurador disse ainda que tem mais informação agora para "corroborar a tese" de que o petista está realmente envolvido com o esquema.

Juvenil ainda enfrenta processo na Justiça Eleitoral por suspeita de fazer caixa dois na sua campanha para deputado.

Operação Castelhana

Duas semanas atrás, a PF, a Receita e o Ministério Público Federal desencadearam a operação --chamada "Castelhana" pelas ramificações no Uruguai e na Espanha-- e prenderam Juvenil Alves e mais 14 pessoas, cumprindo 21 mandados de prisão expedidos pela Justiça.

O objetivo era prender pessoas e apreender documentos para inquérito sobre um esquema para blindar o patrimônio de empresas devedoras de tributos de ao menos R$ 1 bilhão.

Entre as apreensões, a PF encontrou documentos que levaram à suspeita de "caixa dois" na campanha de Juvenil para deputado federal.

O alvo principal da operação foi Juvenil, acusado de ser o "mentor e executor" do esquema que teria beneficiado ao menos 50 empresas. Juvenil nega as acusações.

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