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14/12/2006
-
10h23
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Seis meses após ser instalada, a CPI dos Sanguessugas tenta aprovar hoje o seu relatório final. Governistas e oposicionistas trabalham para evitar um pedido de vistas (suspensão da votação) do relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), o que poderia transferir a votação para a semana que vem.
A principal polêmica refere-se à lista de pedidos de indiciamentos. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), quer ver fora do relatório o nome de Jorge Lorenzetti, ex-coordenador da equipe de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lorenzetti é de Santa Catarina e amigo da petista.
"Contra ele, não há materialidade", argumenta Ideli. Já o relator quer incluir no seu relatório a conclusão da Polícia Federal de que Lorenzetti foi o "articulador" da compra do dossiê que teria informações sobre a participação de políticos do PSDB na máfia das ambulâncias superfaturadas.
Ideli defendeu a inclusão dos nomes do ex-ministro da Saúde Barjas Negri (PSDB) e do empresário Abel Pereira, que é investigado pela PF sob a suspeita de ter recebido propina de Luiz Antonio Vedoin --líder da máfia das ambulâncias.
Sub-relator da CPI sobre o caso do dossiê, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) aposta no entendimento, mas reconheceu as divergências.
"Ainda há divergências quanto à atribuição de crime eleitoral", disse Gabeira. Para ele, as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo têm de ser responsabilizadas pelo dossiegate.
Ele argumenta que Gedimar Passos, um dos presos com parte do R$ 1,75 milhão que seria usado para a compra do dossiê, era contratado da equipe de campanha de Lula.
Gabeira lembra ainda que Hamilton Lacerda, apontado pela PF como homem que entregou o dinheiro Passos, atuava como um dos coordenadores da campanha de Mercadante.
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CPI tenta aprovar relatório; líder petista quer excluir nome de Lorenzetti
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Seis meses após ser instalada, a CPI dos Sanguessugas tenta aprovar hoje o seu relatório final. Governistas e oposicionistas trabalham para evitar um pedido de vistas (suspensão da votação) do relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), o que poderia transferir a votação para a semana que vem.
A principal polêmica refere-se à lista de pedidos de indiciamentos. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), quer ver fora do relatório o nome de Jorge Lorenzetti, ex-coordenador da equipe de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lorenzetti é de Santa Catarina e amigo da petista.
"Contra ele, não há materialidade", argumenta Ideli. Já o relator quer incluir no seu relatório a conclusão da Polícia Federal de que Lorenzetti foi o "articulador" da compra do dossiê que teria informações sobre a participação de políticos do PSDB na máfia das ambulâncias superfaturadas.
Ideli defendeu a inclusão dos nomes do ex-ministro da Saúde Barjas Negri (PSDB) e do empresário Abel Pereira, que é investigado pela PF sob a suspeita de ter recebido propina de Luiz Antonio Vedoin --líder da máfia das ambulâncias.
Sub-relator da CPI sobre o caso do dossiê, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) aposta no entendimento, mas reconheceu as divergências.
"Ainda há divergências quanto à atribuição de crime eleitoral", disse Gabeira. Para ele, as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo têm de ser responsabilizadas pelo dossiegate.
Ele argumenta que Gedimar Passos, um dos presos com parte do R$ 1,75 milhão que seria usado para a compra do dossiê, era contratado da equipe de campanha de Lula.
Gabeira lembra ainda que Hamilton Lacerda, apontado pela PF como homem que entregou o dinheiro Passos, atuava como um dos coordenadores da campanha de Mercadante.
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