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18/12/2006 - 22h58

Lula comemora avaliação positiva recorde, mas não admite "salto alto"

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da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta segunda-feira o resultado das pesquisas Datafolha e CNI/Ibope que apontam que a avaliação positiva de seu governo atingiu o maior patamar desde 2003. O petista, no entanto, afirmou que isso só aumenta sua responsabilidade e que ele não vai calçar o "salto alto".

"Obviamente que isso, ao invés de me deixar de sapato alto, me coloca mais responsabilidade. Eu tenho que ter consciência de que tenho que trabalhar muito mais no segundo mandato e de que tenho que produzir muito mais", disse Lula, após participar da inauguração da Usina Termelétrica Cristiano Rocha, em Manaus (AM).

De acordo com a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta segunda-feira, 57% dos entrevistados avaliaram como ótimo ou bom o governo, contra 49% registrados em setembro. A avaliação de ruim ou péssimo caiu de 16% para 13% em dezembro. Os que consideram o governo regular também diminuíram de 33% para 28%.

Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada no domingo, Lula é apontado espontaneamente por 35% dos entrevistados como o melhor mandatário que o Brasil já teve. O percentual equivale a praticamente o dobro da preferência obtida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no final de 2002 (18%), quando o tucano encerrou seu segundo mandato.

"Eu acho que é gratificante quando você tem uma avaliação feita pelo povo, nas circunstâncias que foram feitas essas avaliações, em duas pesquisas. Eu fico satisfeito", acrescentou Lula.

O presidente disse estar "otimista" com relação à possibilidade de alcançar as três principais metas para o segundo período. "Eu dedicarei este mandato para isto: para o desenvolvimento, para a distribuição de renda e para a educação de qualidade."

Protestos

Lula evitou fazer comentários sobre os protestos da sociedade contra o reajuste de 91% nos salários dos parlamentares. Segundo ele, o Congresso é autônomo e "o presidente da República não pode nem tomar uma decisão."

"São três Poderes autônomos, ou seja, cada um arca com a responsabilidade das coisas que forem feitas", afirmou o petista em referência ao Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário.

Nesta segunda-feira, uma mulher esfaqueou o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), quando ele saía de seu escritório, em Salvador (BA). Em Brasília, um homem foi preso por se acorrentar em uma pilastra do Senado Federal para protestar contra o reajuste. Com narizes de palhaço, sete mulheres da Unemfa (União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas) fizeram um protesto na rampa do Congresso.

Apesar da isenção, Lula disse que pretende ajudar no que estiver ao seu alcance. "Eu estou analisando, estou vendo as matérias nos jornais, tenho recebido muitos telefonemas. E se a minha contribuição, de conversar com os presidentes das Casas, puder ajudar a encontrar a solução, eu irei ajudar."

Salário mínimo

Lula comentou ainda o reajuste do salário mínimo. Segundo ele, os R$ 375 propostos pelo relator do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), já representam "um aumento considerado razoável". O ministro Guido Mantega (Fazenda) defende que o valor correto seria R$ 367.

Para o presidente, o importante é que o valor saia de um consenso. "De qualquer forma, nós pretendemos fazer com que esse aumento seja resultado de um acordo entre os trabalhadores e o governo, porque assim nós vamos consolidando uma relação que há muito tempo não existia no Brasil", disse.

O petista admitiu que os valores discutidos ainda são baixos, mas se mostrou otimista com relação ao acordo. Para ele, os esforços de seu governo serão reconhecidos. "Obviamente que o mínimo sempre é pouco, mas eles [os trabalhadores] estão percebendo que no nosso governo, ano a ano, nós trabalhamos para recuperar um pouco o salário mínimo", afirmou.

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