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22/12/2006
-
20h28
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Apontado como um dos supostos indiciados pela PF (Polícia Federal) por crime eleitoral no relatório do inquérito que investigou o dossiegate, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse nesta sexta-feira esperar que o seu indiciamento não tenha sido pedido. O senador alega que não existe qualquer indício de que tenha participado das negociações para a compra do dossiê antitucano.
"Não foi publicado o relatório da Polícia Federal, eu não o conheço e não quero acreditar nessa possibilidade. Em três meses de investigações o meu nome não aparece. Eu não tenho nenhuma participação ou relação com esse episódio", afirmou.
Mercadante considerou contraditórias as informações divulgadas até agora pela PF, que pediu o indiciamento de sete pessoas envolvidas no dossiegate, mas manteve os nomes sob sigilo uma vez que o inquérito tramita em segredo de Justiça.
A Folha Online apurou que, além de Mercadante, teriam sido indiciados pela PF o ex-delegado Gedimar Passos, o ex-coordenador da campanha de Mercadante Hamilton Lacerda, o ex-petista Valdebran Padilha, além dos donos da casa de câmbio Vicatur, Sirley Chaves e Fernando Ribas.
Os três primeiros são acusados de lavagem de dinheiro e os dois últimos, de lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro. Também teria sido indiciado José Giácomo Baccarin, ex-tesoureiro da campanha de Mercadante.
O senador cobrou maior responsabilidade da PF na conclusão do inquérito. "A PF tinha que ter a atitude do delegado Paulo Lacerda [diretor-geral da PF] de que não conseguiram comprovar a origem do dinheiro e não poderiam responsabilizar quem quer que seja. Mas não foi o que fez o inquérito de Cuiabá", disse.
Mercadante disse que, se a PF realmente tiver pedido seu indiciamento, não poderá ser responsabilizado por um crime cometido por outras pessoas. "Eles não podem mencionar o meu nome nesse inquérito. A CPI responsabilizou pessoas, mas o meu nome sequer aparece na CPI e também não pode aparecer nesse inquérito", enfatizou.
Origem do dinheiro
No relatório final do inquérito, a PF não conseguiu desvendar a origem do R$ 1,7 milhão que seria utilizado para comprar o dossiê. O delegado da PF Diógenes Curado, responsável pelas investigações do dossiegate, reconhece dificuldades para identificar a origem uma vez que não existem registros de transações bancárias que poderiam facilitar o rastreamento.
A PF concluiu apenas que os US$ 248,8 mil também seriam usados na compra do dossiê saíram de Miami (EUA), seguiram para um banco na Alemanha, depois foram encaminhados ao banco Sofisa e, posteriormente, à casa de câmbio Vicatur.
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Apontado como um dos supostos indiciados pela PF (Polícia Federal) por crime eleitoral no relatório do inquérito que investigou o dossiegate, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse nesta sexta-feira esperar que o seu indiciamento não tenha sido pedido. O senador alega que não existe qualquer indício de que tenha participado das negociações para a compra do dossiê antitucano.
"Não foi publicado o relatório da Polícia Federal, eu não o conheço e não quero acreditar nessa possibilidade. Em três meses de investigações o meu nome não aparece. Eu não tenho nenhuma participação ou relação com esse episódio", afirmou.
Mercadante considerou contraditórias as informações divulgadas até agora pela PF, que pediu o indiciamento de sete pessoas envolvidas no dossiegate, mas manteve os nomes sob sigilo uma vez que o inquérito tramita em segredo de Justiça.
A Folha Online apurou que, além de Mercadante, teriam sido indiciados pela PF o ex-delegado Gedimar Passos, o ex-coordenador da campanha de Mercadante Hamilton Lacerda, o ex-petista Valdebran Padilha, além dos donos da casa de câmbio Vicatur, Sirley Chaves e Fernando Ribas.
Os três primeiros são acusados de lavagem de dinheiro e os dois últimos, de lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro. Também teria sido indiciado José Giácomo Baccarin, ex-tesoureiro da campanha de Mercadante.
O senador cobrou maior responsabilidade da PF na conclusão do inquérito. "A PF tinha que ter a atitude do delegado Paulo Lacerda [diretor-geral da PF] de que não conseguiram comprovar a origem do dinheiro e não poderiam responsabilizar quem quer que seja. Mas não foi o que fez o inquérito de Cuiabá", disse.
Mercadante disse que, se a PF realmente tiver pedido seu indiciamento, não poderá ser responsabilizado por um crime cometido por outras pessoas. "Eles não podem mencionar o meu nome nesse inquérito. A CPI responsabilizou pessoas, mas o meu nome sequer aparece na CPI e também não pode aparecer nesse inquérito", enfatizou.
Origem do dinheiro
No relatório final do inquérito, a PF não conseguiu desvendar a origem do R$ 1,7 milhão que seria utilizado para comprar o dossiê. O delegado da PF Diógenes Curado, responsável pelas investigações do dossiegate, reconhece dificuldades para identificar a origem uma vez que não existem registros de transações bancárias que poderiam facilitar o rastreamento.
A PF concluiu apenas que os US$ 248,8 mil também seriam usados na compra do dossiê saíram de Miami (EUA), seguiram para um banco na Alemanha, depois foram encaminhados ao banco Sofisa e, posteriormente, à casa de câmbio Vicatur.
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