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25/12/2006
-
22h06
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
A Polícia Federal deve entregar nesta terça-feira ao juiz da 2ª Vara Federal de Cuiabá (MT), Jeferson Schneider, relatório sobre o inquérito que apura o suposto envolvimento do empresário de Piracicaba (SP) Abel Pereira com a máfia dos sanguessugas.
A investigação, porém, não está concluída e a PF deverá pedir ao juiz mais tempo para terminar o inquérito, aberto no fim de setembro, logo após o escândalo do dossiê contra tucanos. Como no inquérito do dossiê, Schneider fixou prazo para a apresentação do relatório final da investigação, informou a PF.
"Acredito que será [pedida] a dilação de prazo, com certeza", afirmou o superintendente na PF em Cuiabá, Daniel Lorenz, na última sexta-feira.
Darci Vedoin e seu filho Luiz Antonio, que comandavam a máfia dos sanguessugas, disseram à PF que Abel recebeu propina para liberar verbas no Ministério da Saúde em 2002 na gestão de Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba pelo PSDB.
Em depoimento na semana passada à PF, Darci afirmou que a acusação contra Abel fazia parte do dossiê contra tucanos.
Conforme os Vedoin, Abel afirmava que tinha trânsito com Barjas Negri para conseguir a liberação de verbas. O ex-ministro nega.
Parte do dinheiro da propina, segundo os Vedoin, foi depositada na conta da Datamicro Informática e a Império Representações Turísticas, de Governador Valadares e Ipatinga, em Minas Gerais.
As duas empresas movimentaram mais de R$ 200 milhões de agosto de 2001 a novembro de 2003, o que, segundo o Ministério Público Federal, indica crime de lavagem de dinheiro.
A Datamicro recebeu de Vedoin R$ 70 mil e a Império R$ 60 mil em dezembro de 2002. Os advogados de Abel afirmam que o empresário não tem ligações com as duas empresas e que nunca recebeu propina.
A CPI dos Sanguessugas pediu ao Ministério Público o indiciamento de Abel e isentou o ex-ministro Barjas Negri.
O delegado Diógenes Curado Filho, que também cuidou do inquérito sobre o dossiê, ainda não fez a análise dos sigilos bancários de Abel e das empresas indicadas por Vedoin como recebedoras de propina destinada ao empresário.
Até o início da semana passada, os dados sobre a movimentação bancária não tinham chegado à PF. Por essa razão, o delegado deve pedir mais prazo para concluir a investigação.
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Leia cobertura completa sobre a máfia dos sanguessugas
PF quer mais tempo para apurar ligação de Abel com sanguessugas
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da Agência Folha, em Campo Grande
A Polícia Federal deve entregar nesta terça-feira ao juiz da 2ª Vara Federal de Cuiabá (MT), Jeferson Schneider, relatório sobre o inquérito que apura o suposto envolvimento do empresário de Piracicaba (SP) Abel Pereira com a máfia dos sanguessugas.
A investigação, porém, não está concluída e a PF deverá pedir ao juiz mais tempo para terminar o inquérito, aberto no fim de setembro, logo após o escândalo do dossiê contra tucanos. Como no inquérito do dossiê, Schneider fixou prazo para a apresentação do relatório final da investigação, informou a PF.
"Acredito que será [pedida] a dilação de prazo, com certeza", afirmou o superintendente na PF em Cuiabá, Daniel Lorenz, na última sexta-feira.
Darci Vedoin e seu filho Luiz Antonio, que comandavam a máfia dos sanguessugas, disseram à PF que Abel recebeu propina para liberar verbas no Ministério da Saúde em 2002 na gestão de Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba pelo PSDB.
Em depoimento na semana passada à PF, Darci afirmou que a acusação contra Abel fazia parte do dossiê contra tucanos.
Conforme os Vedoin, Abel afirmava que tinha trânsito com Barjas Negri para conseguir a liberação de verbas. O ex-ministro nega.
Parte do dinheiro da propina, segundo os Vedoin, foi depositada na conta da Datamicro Informática e a Império Representações Turísticas, de Governador Valadares e Ipatinga, em Minas Gerais.
As duas empresas movimentaram mais de R$ 200 milhões de agosto de 2001 a novembro de 2003, o que, segundo o Ministério Público Federal, indica crime de lavagem de dinheiro.
A Datamicro recebeu de Vedoin R$ 70 mil e a Império R$ 60 mil em dezembro de 2002. Os advogados de Abel afirmam que o empresário não tem ligações com as duas empresas e que nunca recebeu propina.
A CPI dos Sanguessugas pediu ao Ministério Público o indiciamento de Abel e isentou o ex-ministro Barjas Negri.
O delegado Diógenes Curado Filho, que também cuidou do inquérito sobre o dossiê, ainda não fez a análise dos sigilos bancários de Abel e das empresas indicadas por Vedoin como recebedoras de propina destinada ao empresário.
Até o início da semana passada, os dados sobre a movimentação bancária não tinham chegado à PF. Por essa razão, o delegado deve pedir mais prazo para concluir a investigação.
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