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06/01/2007
-
09h41
ADRIANO CEOLIN
LETÍCIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), resolveu apostar na conquista do apoio dos governadores para superar Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pelo comando da Casa. A estratégia tem dado certo. Dos 27 governadores, 15 dizem preferir o comunista.
Chinaglia não adotou a mesma estratégia que Aldo. Conta com o apoio de apenas seis governadores. Cinco são do PT (Acre, Bahia, Pará, Piauí e Sergipe) e um é do PMDB (André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul). Outros seis estão indefinidos ou permanecem neutros. O apoio da maioria dos governadores a Aldo foi facilitado porque ele enfrenta um petista.
"Não tenho nada contra o Arlindo, mas a oposição não quer votar em um candidato do PT", disse o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). "A bancada do meu Estado também prefere o Aldo", emenda.
Apesar de ser importante, o apoio governadores nem sempre é decisivo. Alguns deles não têm controle sobre os votos das bancadas e, às vezes, preferem reproduzir a vontade dos deputados para evitar atritos. "Todo governador em início de mandato tem grande força sobre sua bancada. Agora, controlar os votos é muito difícil", reconheceu o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), um dos coordenadores da campanha de Aldo.
Ainda no fim de 2006, Aldo iniciou os contatos com os governadores, principalmente os reeleitos. Contou a favor do presidente da Câmara o fato de ele ter sido ministro da Articulação Política (2004-2005), cargo que o levou a manter contato regular com governadores. Aldo tem dito que só não pediu voto para os cinco governadores que pertencem ao PT.
Entre os tucanos, o mais entusiasta da candidatura do comunista é o governador Teotonio Vilela Filho, de Alagoas --onde Aldo nasceu. Foi Vilela quem marcou um jantar entre ele e o ex-presidente FHC, e que facilitou o acordo com os demais governadores tucanos. O assédio de Aldo aos peemedebistas também foi grande.
Nesta semana, os governadores Luiz Henrique, de Santa Catarina, e Roberto Requião, do Paraná, declararam apoio a ele. Na terça-feira à noite, o presidente da Câmara jantou com o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB).
Na semana que vem, está previsto um encontro com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL). "Ele vai formalizar o apoio ao Aldo. A gente decidiu isso junto com o Rodrigo Maia [líder pefelista na Câmara]", disse o deputado Osório Adriano (PFL-DF).
Outros alvos
Chinaglia priorizou o contato direto com os parlamentares. "Os deputados têm sido o meu alvo preferencial. Mas reconheço a importância que os governadores têm", disse. No caso do Mato Grosso do Sul, a tática de Chinaglia funcionou. O governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), declarou apoio ao candidato petista, a pedido da bancada.
"Nossos deputados, junto com os demais integrantes do PMDB do Centro-Oeste, têm respaldado o nome do Arlindo.
Só vou ser avalista", disse ele. Após uma semana de tensão nos bastidores, Aldo e Chinaglia voltaram ontem ao Planalto, desta vez juntos, para uma solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trocaram abraços, mas, apesar da cordialidade, mantiveram o discurso de que seguem na disputa pela Câmara.
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Aldo conta com apoio da maioria dos governadores para superar Chinaglia
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LETÍCIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), resolveu apostar na conquista do apoio dos governadores para superar Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pelo comando da Casa. A estratégia tem dado certo. Dos 27 governadores, 15 dizem preferir o comunista.
Chinaglia não adotou a mesma estratégia que Aldo. Conta com o apoio de apenas seis governadores. Cinco são do PT (Acre, Bahia, Pará, Piauí e Sergipe) e um é do PMDB (André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul). Outros seis estão indefinidos ou permanecem neutros. O apoio da maioria dos governadores a Aldo foi facilitado porque ele enfrenta um petista.
"Não tenho nada contra o Arlindo, mas a oposição não quer votar em um candidato do PT", disse o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). "A bancada do meu Estado também prefere o Aldo", emenda.
Apesar de ser importante, o apoio governadores nem sempre é decisivo. Alguns deles não têm controle sobre os votos das bancadas e, às vezes, preferem reproduzir a vontade dos deputados para evitar atritos. "Todo governador em início de mandato tem grande força sobre sua bancada. Agora, controlar os votos é muito difícil", reconheceu o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), um dos coordenadores da campanha de Aldo.
Ainda no fim de 2006, Aldo iniciou os contatos com os governadores, principalmente os reeleitos. Contou a favor do presidente da Câmara o fato de ele ter sido ministro da Articulação Política (2004-2005), cargo que o levou a manter contato regular com governadores. Aldo tem dito que só não pediu voto para os cinco governadores que pertencem ao PT.
Entre os tucanos, o mais entusiasta da candidatura do comunista é o governador Teotonio Vilela Filho, de Alagoas --onde Aldo nasceu. Foi Vilela quem marcou um jantar entre ele e o ex-presidente FHC, e que facilitou o acordo com os demais governadores tucanos. O assédio de Aldo aos peemedebistas também foi grande.
Nesta semana, os governadores Luiz Henrique, de Santa Catarina, e Roberto Requião, do Paraná, declararam apoio a ele. Na terça-feira à noite, o presidente da Câmara jantou com o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB).
Na semana que vem, está previsto um encontro com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL). "Ele vai formalizar o apoio ao Aldo. A gente decidiu isso junto com o Rodrigo Maia [líder pefelista na Câmara]", disse o deputado Osório Adriano (PFL-DF).
Outros alvos
Chinaglia priorizou o contato direto com os parlamentares. "Os deputados têm sido o meu alvo preferencial. Mas reconheço a importância que os governadores têm", disse. No caso do Mato Grosso do Sul, a tática de Chinaglia funcionou. O governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), declarou apoio ao candidato petista, a pedido da bancada.
"Nossos deputados, junto com os demais integrantes do PMDB do Centro-Oeste, têm respaldado o nome do Arlindo.
Só vou ser avalista", disse ele. Após uma semana de tensão nos bastidores, Aldo e Chinaglia voltaram ontem ao Planalto, desta vez juntos, para uma solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trocaram abraços, mas, apesar da cordialidade, mantiveram o discurso de que seguem na disputa pela Câmara.
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