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09/01/2007
-
16h24
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Aliados do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que disputa a reeleição, criticaram nesta terça-feira a interferência do Palácio do Planalto na sucessão da Casa Legislativa. O alvo das críticas é a liberação de emendas para parlamentares do PMDB apoiarem a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Os ministérios responsáveis pela liberação dos recursos estão nas mãos dos petistas Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Relações Institucionais). Eles teriam liberado R$ 2 milhões para o ex-líder do PMDB na Câmara e ex-deputado José Borba (PR), referente a restos a pagar, e mais R$ 15 milhões para o atual líder, deputado Wilson Santiago (PMDB-PB). Acusado de envolvimento do escândalo do mensalão, Borba renunciou ao mandato para escapar do processo de cassação.
"O papel do governo, do ministro Tarso Genro, tem que se limitar ao esforço para se ter uma candidatura única. A partir daí, ele estará ultrapassando das suas prerrogativas", condenou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). Ele também condenou a declaração do líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), que ontem disse que um dos dois candidatos --Aldo ou Chinaglia-- será ministro.
Para o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), o governo começou o ano com práticas antigas. "O governo está começando de novo errado. Essas práticas de interferência no poder Legislativo resultaram nos problemas que tivemos nos últimos quatro anos. Isso aqui não é cota de ministro", disse.
Maia avisou que o PFL está acompanhando diariamente a liberação das emendas. "Liberaram até dinheiro do ano anterior, o que é grave", disse, em referência a emendas de José Borba.
Aldo disse que a Câmara "não é do governo nem da oposição" e pregou a independência da Casa. "A Câmara é de todos os partidos. A disputa pela presidência não é fratricida nem fraterna, mas política", disse.
Na manhã de hoje, Tarso negou que o governo esteja liberando emendas para ajudar Chinaglia. Ele considerou as informações a este respeito como "parte da luta política". "Este não é o meu estilo de trabalho", afirmou.
Apoio
Aldo recebeu hoje o apoio de 32 parlamentares do PSB, PC do B, PFL, PMDB, PP à sua candidatura. Todos almoçaram com ele na residência oficial da Câmara.
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Aliados de Aldo criticam interferência de ministros petistas na eleição da Câmara
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da Folha Online, em Brasília
Aliados do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que disputa a reeleição, criticaram nesta terça-feira a interferência do Palácio do Planalto na sucessão da Casa Legislativa. O alvo das críticas é a liberação de emendas para parlamentares do PMDB apoiarem a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Os ministérios responsáveis pela liberação dos recursos estão nas mãos dos petistas Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Relações Institucionais). Eles teriam liberado R$ 2 milhões para o ex-líder do PMDB na Câmara e ex-deputado José Borba (PR), referente a restos a pagar, e mais R$ 15 milhões para o atual líder, deputado Wilson Santiago (PMDB-PB). Acusado de envolvimento do escândalo do mensalão, Borba renunciou ao mandato para escapar do processo de cassação.
"O papel do governo, do ministro Tarso Genro, tem que se limitar ao esforço para se ter uma candidatura única. A partir daí, ele estará ultrapassando das suas prerrogativas", condenou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). Ele também condenou a declaração do líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), que ontem disse que um dos dois candidatos --Aldo ou Chinaglia-- será ministro.
Para o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), o governo começou o ano com práticas antigas. "O governo está começando de novo errado. Essas práticas de interferência no poder Legislativo resultaram nos problemas que tivemos nos últimos quatro anos. Isso aqui não é cota de ministro", disse.
Maia avisou que o PFL está acompanhando diariamente a liberação das emendas. "Liberaram até dinheiro do ano anterior, o que é grave", disse, em referência a emendas de José Borba.
Aldo disse que a Câmara "não é do governo nem da oposição" e pregou a independência da Casa. "A Câmara é de todos os partidos. A disputa pela presidência não é fratricida nem fraterna, mas política", disse.
Na manhã de hoje, Tarso negou que o governo esteja liberando emendas para ajudar Chinaglia. Ele considerou as informações a este respeito como "parte da luta política". "Este não é o meu estilo de trabalho", afirmou.
Apoio
Aldo recebeu hoje o apoio de 32 parlamentares do PSB, PC do B, PFL, PMDB, PP à sua candidatura. Todos almoçaram com ele na residência oficial da Câmara.
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