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10/01/2007 - 11h39

Petistas não lideram nas cidades que governam em SP

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CAROLINA RANGEL
KRISHNA MONTEIRO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

A coligação PT/PC do B não conseguiu obter o maior número de votos para deputado estadual em 81,4% das cidades em que elegeu o prefeito em 2004. Essa é a conclusão do levantamento realizado pela Folha a partir dos resultados das últimas eleições para prefeito no Estado de São Paulo e da votação para a Assembléia Legislativa neste ano.

Em 2004, PSDB e PFL elegeram os prefeitos de 270 cidades. Em 2006, esses partidos obtiveram o maior número de votos para deputado estadual em 223 desses municípios. Em termos percentuais, portanto, tucanos e pefelistas tiveram melhor desempenho para deputado estadual em 82,6% das cidades em que conquistaram o cargo de prefeito.

Já a coligação PT/PC do B apresentou uma tendência distinta. Em 2004, por exemplo, PT e PC do B conquistaram 59 prefeituras. Neste ano, a coligação foi a mais votada para deputado estadual em 11 cidades. Ou seja, obteve um aproveitamento de 18,6%.

Entretanto, se considerarmos a característica do PT de concentrar sua votação nos maiores centros urbanos, os dados mudam para o partido. Dentre as 23 cidades em que elegeu o prefeito com uma votação igual ou superior a 10 mil votos, o PT foi o mais bem votado para deputado estadual em sete delas, com um aproveitamento de 30,4% --melhor que sua marca para todo o Estado, mas ainda assim bem distante do desempenho obtido pelo PSDB/PFL.

Em seus redutos tradicionais, o PT obteve desempenhos distintos. Foi o mais bem votado para deputado estadual em Santo André, Diadema e Guarulhos, mas perdeu para a coligação PSDB/PFL em Araraquara e Osasco.

Alinhamento na votação

Para Celso Roma, cientista político da USP, os dados demonstram uma tendência do eleitor coordenar seus votos de acordo com os candidatos majoritários (presidente e governador) por ele escolhidos. No caso específico do estudo feito pela Folha, haveria alinhamento entre os votos para deputado estadual e governador.

Roma afirma que "há uma congruência do desempenho dos partidos na eleição majoritária e na proporcional. De certa maneira, os eleitores coordenaram os dois votos que eles tinham na eleição estadual: um voto para governador e outro para deputado. Quando os eleitores coordenam seus votos, eles escolhem candidatos do mesmo partido".

O mesmo alinhamento seria observado nos resultados da eleição estadual de 2006 e da municipal de 2004. "Em cidades onde o prefeito é do PSDB e do PFL, o eleitorado votou em candidatos desses partidos para governador e para deputado estadual", afirma.

Para o cientista político, o PT também seria exemplo de alinhamento eleitoral, pois obteve a maior votação para deputado estadual em seus redutos tradicionais. Araraquara e Osasco seriam exceção à regra.

CAROLINA RANGEL e KRISHNA MONTEIRO participaram do 42º programa de treinamento da Folha, que foi patrocinado pela Philip Morris Brasil

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