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09/02/2007
-
09h22
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
Apesar de o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), ter conseguido formar uma coalizão sem adversários, agregando PT, PC do B, PMDB e até PSDB, sua administração está sendo abalada por vozes de dentro de seu próprio partido, que reclamam da falta de participação no governo e do leque de aliados.
O presidente estadual do PSB-CE, Sérgio Novais, chegou a afirmar, em entrevistas a veículos locais nesta semana, que quer que seu partido apóie o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República, em 2010. A afirmação causa constrangimento a outro presidenciável do partido, o ex-ministro e hoje deputado federal Ciro Gomes, que é irmão de Cid.
Toda a insatisfação de parte do PSB começou com a nomeação, por Cid, de três tucanos no primeiro escalão de seu governo. Alguns petistas chegaram a reclamar também das indicações, que incluem políticos muito ligados ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas logo recuaram das críticas e hoje defendem as escolhas, alegando que, apesar de tudo, o PSDB não integra a base aliada oficialmente.
Na prática, porém, como foi possível ver nestes primeiros dias de atividades na Assembléia Legislativa do Ceará --com o apoio a projetos de interesse do governo--, o PSDB está, sim, com Cid Gomes.
Aliados sem espaço
Por outro lado, aliados que estiveram ao lado de Cid em campanha não tiveram tanto espaço no governo. Novais é um deles: pai do filho da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e um de seus maiores aliados, ele afirma que não foi chamado para indicar nenhum cargo ou sequer para opinar sobre a nova formação do governo.
Outro aliado de Luizianne, Francisco Pinheiro (PT), vice de Cid, esperava também ficar com alguma secretaria, mas ficou fora das indicações. A disputa entre aliados pode trazer conseqüências ainda antes de 2010, na composição da chapa que irá disputar a prefeitura de Fortaleza daqui a dois anos, quando Luizianne deverá disputar a reeleição.
Cid preferiu contemplar a ala mais conservadora do PT, indicando petistas ligados ao hoje deputado federal José Nobre Guimarães, com uma ou outra exceção, e pessoas de seu próprio convívio político, que o acompanham desde sua gestão na Prefeitura de Sobral (1997-2004), inclusive técnicos sem vínculos partidários. O governador ainda não se manifestou sobre o "fogo amigo" de Sérgio Novais.
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da Agência Folha, em Fortaleza
Apesar de o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), ter conseguido formar uma coalizão sem adversários, agregando PT, PC do B, PMDB e até PSDB, sua administração está sendo abalada por vozes de dentro de seu próprio partido, que reclamam da falta de participação no governo e do leque de aliados.
O presidente estadual do PSB-CE, Sérgio Novais, chegou a afirmar, em entrevistas a veículos locais nesta semana, que quer que seu partido apóie o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República, em 2010. A afirmação causa constrangimento a outro presidenciável do partido, o ex-ministro e hoje deputado federal Ciro Gomes, que é irmão de Cid.
Toda a insatisfação de parte do PSB começou com a nomeação, por Cid, de três tucanos no primeiro escalão de seu governo. Alguns petistas chegaram a reclamar também das indicações, que incluem políticos muito ligados ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas logo recuaram das críticas e hoje defendem as escolhas, alegando que, apesar de tudo, o PSDB não integra a base aliada oficialmente.
Na prática, porém, como foi possível ver nestes primeiros dias de atividades na Assembléia Legislativa do Ceará --com o apoio a projetos de interesse do governo--, o PSDB está, sim, com Cid Gomes.
Aliados sem espaço
Por outro lado, aliados que estiveram ao lado de Cid em campanha não tiveram tanto espaço no governo. Novais é um deles: pai do filho da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e um de seus maiores aliados, ele afirma que não foi chamado para indicar nenhum cargo ou sequer para opinar sobre a nova formação do governo.
Outro aliado de Luizianne, Francisco Pinheiro (PT), vice de Cid, esperava também ficar com alguma secretaria, mas ficou fora das indicações. A disputa entre aliados pode trazer conseqüências ainda antes de 2010, na composição da chapa que irá disputar a prefeitura de Fortaleza daqui a dois anos, quando Luizianne deverá disputar a reeleição.
Cid preferiu contemplar a ala mais conservadora do PT, indicando petistas ligados ao hoje deputado federal José Nobre Guimarães, com uma ou outra exceção, e pessoas de seu próprio convívio político, que o acompanham desde sua gestão na Prefeitura de Sobral (1997-2004), inclusive técnicos sem vínculos partidários. O governador ainda não se manifestou sobre o "fogo amigo" de Sérgio Novais.
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