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17/02/2007
-
09h29
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
Dois expoentes do PT em São Paulo, os deputados estaduais Enio Tatto, líder do partido na Assembléia, e Fausto Figueira, primeiro-secretário da Casa, travam uma autêntica luta fratricida nos tribunais em torno de uma vaga na legislatura que se inicia no dia 15 de março.
No final do ano passado, Tatto, reeleito com cerca de 90 mil votos, teve o registro de sua candidatura indeferido pela Justiça e recorreu contra a diplomação pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Figueira, primeiro-suplente da bancada petista, com quase 56 mil votos.
Tatto diz que agiu para preservar seu mandato, já que, no seu entender, o colega deveria ter aceitado ser diplomado na condição de primeiro-suplente e aguardado a decisão final sobre seu processo.
Mas Figueira, em decisão que surpreendeu o PT, não deixou por menos e também recorreu aos tribunais. Desde então, os petistas estão em litígio, opondo dois poderosos grupos do partido em São Paulo, ligados a ex-prefeita Marta Suplicy e ao ex-ministro José Dirceu.
Até agora, Figueira, próximo do ex-ministro, vem levando a melhor. "Não sei o motivo de ele ter me escolhido dentre os 20 eleitos do PT. Se ele não tem registro da candidatura, não existe como deputado", diz.
Na terça-feira, Tatto sofreu uma derrota no TRE, ao qual ele havia recorrido. Segundo o tribunal, ele não apresentou no prazo determinado pela lei a certidão de quitação de débitos eleitorais, relativos a multas aplicadas pela Justiça.
Tríade sob risco
Caso se confirme a derrota de Tatto, sua família, muito próxima de Marta Suplicy, sofrerá forte abalo, já que seu projeto político prevê um membro em cada esfera do Legislativo: Arselino Tatto é vereador em São Paulo, Jilmar é deputado federal e Enio seria seu representante na Assembléia.
"Reconheço que o clima na bancada está muito ruim, mas tenho que lutar pelo meu mandato. O Fausto, a quem eu respeito, na condição de suplente, poderá pegar uma vaga a qualquer hora. Mas eu, se perder, ficarei sem nada", diz Tatto.
Segundo o líder do partido na Casa, em casos praticamente idênticos ao seu, como o do deputado federal João Paulo Cunha (PT), e do estadual Adriano Diogo, a Procuradoria Eleitoral, que pediu a impugnação de sua candidatura, atendeu aos recursos dos réus. "As multas foram quitadas e a certidão, emitida", disse ele.
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Dois expoentes do PT em São Paulo, os deputados estaduais Enio Tatto, líder do partido na Assembléia, e Fausto Figueira, primeiro-secretário da Casa, travam uma autêntica luta fratricida nos tribunais em torno de uma vaga na legislatura que se inicia no dia 15 de março.
No final do ano passado, Tatto, reeleito com cerca de 90 mil votos, teve o registro de sua candidatura indeferido pela Justiça e recorreu contra a diplomação pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Figueira, primeiro-suplente da bancada petista, com quase 56 mil votos.
Tatto diz que agiu para preservar seu mandato, já que, no seu entender, o colega deveria ter aceitado ser diplomado na condição de primeiro-suplente e aguardado a decisão final sobre seu processo.
Mas Figueira, em decisão que surpreendeu o PT, não deixou por menos e também recorreu aos tribunais. Desde então, os petistas estão em litígio, opondo dois poderosos grupos do partido em São Paulo, ligados a ex-prefeita Marta Suplicy e ao ex-ministro José Dirceu.
Até agora, Figueira, próximo do ex-ministro, vem levando a melhor. "Não sei o motivo de ele ter me escolhido dentre os 20 eleitos do PT. Se ele não tem registro da candidatura, não existe como deputado", diz.
Na terça-feira, Tatto sofreu uma derrota no TRE, ao qual ele havia recorrido. Segundo o tribunal, ele não apresentou no prazo determinado pela lei a certidão de quitação de débitos eleitorais, relativos a multas aplicadas pela Justiça.
Tríade sob risco
Caso se confirme a derrota de Tatto, sua família, muito próxima de Marta Suplicy, sofrerá forte abalo, já que seu projeto político prevê um membro em cada esfera do Legislativo: Arselino Tatto é vereador em São Paulo, Jilmar é deputado federal e Enio seria seu representante na Assembléia.
"Reconheço que o clima na bancada está muito ruim, mas tenho que lutar pelo meu mandato. O Fausto, a quem eu respeito, na condição de suplente, poderá pegar uma vaga a qualquer hora. Mas eu, se perder, ficarei sem nada", diz Tatto.
Segundo o líder do partido na Casa, em casos praticamente idênticos ao seu, como o do deputado federal João Paulo Cunha (PT), e do estadual Adriano Diogo, a Procuradoria Eleitoral, que pediu a impugnação de sua candidatura, atendeu aos recursos dos réus. "As multas foram quitadas e a certidão, emitida", disse ele.
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