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22/02/2007
-
09h14
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Belém (PA)
O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Odilo Pedro Scherer, afirmou ontem em Belém (PA), no lançamento da Campanha da Fraternidade 2007, que as ações do governo são ineficientes ou ausentes na Amazônia. O tema da campanha deste ano é "Fraternidade e Amazônia" com o lema "vida e missão neste chão".
A ministra Marina Silva (Meio Ambiente), presente no lançamento da campanha ontem na ilha do Combu, a 40 minutos de barco da cidade de Belém, afirmou que "o trabalho [do governo] é inicial" na preservação da Amazônia, mas que o desmatamento caiu 52% nos últimos dois anos.
Segundo a ministra, os projetos do primeiro mandato vão continuar até o fim do segundo governo do presidente Lula.
"O tema foi escolhido porque a questão da Amazônia está em evidência e a campanha visa promover a fraternidade, que significa justiça social, solidariedade, respeito aos direitos humanos", afirmou Scherer.
"Na Amazônia há muitas situações em que a fraternidade é ferida", afirmou o secretário-geral da CNBB. Ele citou ameaças de morte a sindicalistas e o assassinato da freira Dorothy Stang há dois anos, no Pará.
"Nessas situações, pessoas idealistas e generosas, que fizeram da solidariedade social o seu programa de vida e atuação, são vítimas de ameaças e da perda de suas vidas, como acontece com sindicalistas, agentes sociais e missionários, a exemplo da irmã Dorothy Stang e tantos outros."
"Por outro lado, a questão da violência na Amazônia surge por causa da ausência ou ineficiência do Estado. O Estado chega depois que os problemas já estão instalados. Isso não é de hoje", afirmou o religioso.
Outro objetivo da CNBB é a expansão da Igreja Católica na região. Segundo o secretário-geral da entidade, esta campanha deve "reforçar a presença missionária na Amazônia".
Mensagem do papa
Na mensagem do papa Bento 16, lida pelo presidente da CNBB, d. Geraldo Majella, em vídeo gravado exibido no evento, também fica clara a intenção de a Igreja Católica avançar na Amazônia. Dom Geraldo não foi ao lançamento.
"Desejo fazer um pleito de gratidão a todos aqueles corajosos missionários que se consagraram e se consagram à custa inclusive da própria vida em levar a fé católica na cidade e aldeias da região", escreveu o papa Bento 16.
O lançamento da campanha foi na ilha de Combu. Um público de 150 pessoas foi levado em dois barcos até o local. A Companha Vale do Rio Doce patrocinou o evento, mas não informou o valor repassado à CNBB. A ajuda da empresa foi criticada por entidades católicas como a CPT (Comissão Pastoral da Terra), que disse haver incoerência na colaboração. A entidade aponta a Vale como uma empresa que ajuda a devastar a região.
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da Agência Folha, em Belém (PA)
O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Odilo Pedro Scherer, afirmou ontem em Belém (PA), no lançamento da Campanha da Fraternidade 2007, que as ações do governo são ineficientes ou ausentes na Amazônia. O tema da campanha deste ano é "Fraternidade e Amazônia" com o lema "vida e missão neste chão".
A ministra Marina Silva (Meio Ambiente), presente no lançamento da campanha ontem na ilha do Combu, a 40 minutos de barco da cidade de Belém, afirmou que "o trabalho [do governo] é inicial" na preservação da Amazônia, mas que o desmatamento caiu 52% nos últimos dois anos.
Segundo a ministra, os projetos do primeiro mandato vão continuar até o fim do segundo governo do presidente Lula.
"O tema foi escolhido porque a questão da Amazônia está em evidência e a campanha visa promover a fraternidade, que significa justiça social, solidariedade, respeito aos direitos humanos", afirmou Scherer.
"Na Amazônia há muitas situações em que a fraternidade é ferida", afirmou o secretário-geral da CNBB. Ele citou ameaças de morte a sindicalistas e o assassinato da freira Dorothy Stang há dois anos, no Pará.
"Nessas situações, pessoas idealistas e generosas, que fizeram da solidariedade social o seu programa de vida e atuação, são vítimas de ameaças e da perda de suas vidas, como acontece com sindicalistas, agentes sociais e missionários, a exemplo da irmã Dorothy Stang e tantos outros."
"Por outro lado, a questão da violência na Amazônia surge por causa da ausência ou ineficiência do Estado. O Estado chega depois que os problemas já estão instalados. Isso não é de hoje", afirmou o religioso.
Outro objetivo da CNBB é a expansão da Igreja Católica na região. Segundo o secretário-geral da entidade, esta campanha deve "reforçar a presença missionária na Amazônia".
Mensagem do papa
Na mensagem do papa Bento 16, lida pelo presidente da CNBB, d. Geraldo Majella, em vídeo gravado exibido no evento, também fica clara a intenção de a Igreja Católica avançar na Amazônia. Dom Geraldo não foi ao lançamento.
"Desejo fazer um pleito de gratidão a todos aqueles corajosos missionários que se consagraram e se consagram à custa inclusive da própria vida em levar a fé católica na cidade e aldeias da região", escreveu o papa Bento 16.
O lançamento da campanha foi na ilha de Combu. Um público de 150 pessoas foi levado em dois barcos até o local. A Companha Vale do Rio Doce patrocinou o evento, mas não informou o valor repassado à CNBB. A ajuda da empresa foi criticada por entidades católicas como a CPT (Comissão Pastoral da Terra), que disse haver incoerência na colaboração. A entidade aponta a Vale como uma empresa que ajuda a devastar a região.
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