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22/02/2007 - 10h28

Rainha diz que invasões de terra vão continuar

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CRISTIANO MACHADO
colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente

Apesar de encaminhar um pedido formal de audiência com representantes do governo do Estado de São Paulo, o coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) José Rainha Jr.,46, disse ontem que as invasões vão continuar.

"Espero que ele [secretário da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey] venha dialogar com a gente. Se ele não quer negociar, a decisão é dele. Nós, por outro lado, vamos continuar insistindo no diálogo. E, como movimento social, continuaremos a luta", disse Rainha.

Desde domingo, 13 fazendas no oeste do Estado foram invadidas por sem-terra ligados a Rainha --proibido pela direção do movimento de agir em nome da sigla-- e agricultores de sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Rainha afirmou que "acha estranha" a afirmação do secretário da Justiça, responsável pela condução da reforma agrária em São Paulo, de que não vai negociar com os movimentos durante o período de invasões. Para Rainha, "a pressão popular é legítima".

O diretor-executivo do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), Gustavo Ungaro, afirmou à Folha que recebeu, por e-mail, o pedido de audiência feito por Rainha. "[O pedido] vai ser analisado", disse. Ungaro criticou as invasões.

O comando da Polícia Militar no oeste de São Paulo aguarda decisões da Justiça para que possa cumprir a reintegração de posse das 13 fazendas invadidas na região.

O presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, disse que advogados da entidade começaram ontem a reunir a documentação para ingressar com os pedidos.

MLST

Integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) invadiram entre a noite de segunda-feira e a madrugada de anteontem uma fazenda na região de Prata (653 km de Belo Horizonte).

De acordo com Ismael Costa, da coordenação nacional do movimento, aproximadamente 450 pessoas entraram na fazenda Barreiro.

"A área é improdutiva. Tem cerca de 800 alqueires e só há umas 30 vacas", disse ele. Costa relatou que, desde o início do ano, o MLST ocupou 12 fazendas no Estado.

A Polícia Militar informou que o clima era tranqüilo na fazenda na tarde de ontem. A reportagem não conseguiu localizar o proprietário da fazenda.

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