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23/02/2007 - 11h16

Juvenil garante cargos na Câmara e deixa o PT

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Sob investigação da Polícia Federal, que o indiciou por crimes fiscais, e da Justiça Eleitoral, por suspeita de formação de caixa dois na última eleição, Juvenil Alves, o deputado federal mais votado pelo PT mineiro, deixou na última sexta-feira a sigla petista após garantir cargos nas comissões da Câmara.

A saída de Juvenil do PT foi negociada e vinha sendo articulada principalmente com os parlamentares do partido no Congresso, conforme apurou a Folha. Coube aos deputados federais do PT articularem com o deputado sua saída da sigla.

Mas não sem antes Juvenil garantir os assentos em duas comissões permanentes da Câmara. Indicado pelo PT, ele será titular da Comissão de Meio Ambiente e suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia.

O desfecho agradou ao PT, desgastado com o caso.

A saída de Juvenil do partido já era esperada desde antes de ele ser diplomado, em dezembro do ano passado.

Ele seria expulso ou se desligaria do PT, opção que o próprio deputado já admitia.

Mas Juvenil foi ganhando tempo. Dessa forma, ele saiu em uma situação melhor do que se tivesse se retirado antes do partido, conforme a avaliação do PT mineiro.

Essa situação melhor é justamente deixar a legenda tendo conseguido assentos nas comissões do Legislativo, o que não fará dele um mendigo por cadeiras em comissões, segundo as palavras de um petista.

Agora, restará a Juvenil se defender na Justiça e buscar novo abrigo partidário.

Ele já declarou ter convites formulados por outros partidos, mas prefere não revelar quais são.

A saída de Juvenil do PT foi recebida como um alívio no partido. O PT mineiro entende que foi poupado de mais problemas, como ter que fazer a investigação para expulsá-lo por, no mínimo, quebra de confiança. A sigla avalia que o deputado, que é advogado tributarista, omitiu que tinha problemas com a Receita Federal quando procurou o PT para obter a legenda e se lançar candidato.

Em novembro do ano passado, Juvenil foi preso pela PF, acusado de liderar um esquema de blindagem do patrimônio de empresas devedoras de tributos. Desde a prisão que o PT vinha ameaçando expulsá-lo.

Um dos fundadores do PT em 1980, Juvenil se afastou do partido e, já advogado tributarista bem-sucedido, reapareceu em 2004, quando pediu à legenda para se candidatar a deputado federal. Juvenil não foi localizado ontem pela reportagem. Ele nega os crimes atribuídos a ele.

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