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27/02/2007
-
08h44
CRISTIANO MACHADO
da Agência Folha, em Presidente Prudente
Fazendeiros decidiram intensificar ações na Justiça como estratégia para inibir invasões de fazenda, após a onda de invasões deflagrada na última semana no oeste e noroeste de São Paulo, com 14 propriedades tomadas em uma semana.
Liderado pela UDR (União Democrática Ruralista), o movimento está sendo chamado de "cerco jurídico ao crime no campo".
"Como vivemos num Estado de Direito, vamos insistir na Justiça como forma de coibir [as invasões]. Não daremos trégua ao criminoso", disse o presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, 46.
Segundo ele, a tática ruralista é baseada em dois pontos. No primeiro deles, além de insistir nos pedidos à Justiça de liminar de reintegração de posse, os fazendeiros devem solicitar ainda interdito proibitório das áreas (pedido para que a Justiça determine a proibição da invasão na área, sob pena de crime de desobediência à ordem judicial).
Já o segundo ponto é identificar e responsabilizar lideranças civil e criminalmente pelas invasões, para facilitar condenações por formação de quadrilha, furto qualificado e incêndio criminoso, crimes pelos quais alguns líderes sem-terra são condenados durante invasões.
O "cerco jurídico" foi discutido após as ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de José Rainha Jr. e sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), que em uma semana invadiram 14 fazendas no oeste e noroeste do Estado.
Até a tarde de ontem três áreas continuavam invadidas, duas no Pontal do Paranapanema (fazenda Guarani, em Presidente Bernardes, e Beira-Rio, em Teodoro Sampaio) e uma no noroeste do Estado (fazenda Floresta, em Araçatuba).
Fazendeiros do Pontal (alvo de dez das 14 últimas invasões em SP) disseram acreditar que as medidas jurídicas possam ser úteis para reduzir as invasões. "Nós estamos à mercê dos sem-terra, mas o mais preocupante é a omissão das autoridades em punir exemplarmente os criminosos", disse o produtor rural Almir Soriano.
"Essa omissão pode levar atitudes de desespero. Isso é muito perigoso", afirmou Antônio Roberto Prata, 77.
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Fazendeiros decidiram intensificar ações na Justiça como estratégia para inibir invasões de fazenda, após a onda de invasões deflagrada na última semana no oeste e noroeste de São Paulo, com 14 propriedades tomadas em uma semana.
Liderado pela UDR (União Democrática Ruralista), o movimento está sendo chamado de "cerco jurídico ao crime no campo".
"Como vivemos num Estado de Direito, vamos insistir na Justiça como forma de coibir [as invasões]. Não daremos trégua ao criminoso", disse o presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, 46.
Segundo ele, a tática ruralista é baseada em dois pontos. No primeiro deles, além de insistir nos pedidos à Justiça de liminar de reintegração de posse, os fazendeiros devem solicitar ainda interdito proibitório das áreas (pedido para que a Justiça determine a proibição da invasão na área, sob pena de crime de desobediência à ordem judicial).
Já o segundo ponto é identificar e responsabilizar lideranças civil e criminalmente pelas invasões, para facilitar condenações por formação de quadrilha, furto qualificado e incêndio criminoso, crimes pelos quais alguns líderes sem-terra são condenados durante invasões.
O "cerco jurídico" foi discutido após as ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de José Rainha Jr. e sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), que em uma semana invadiram 14 fazendas no oeste e noroeste do Estado.
Até a tarde de ontem três áreas continuavam invadidas, duas no Pontal do Paranapanema (fazenda Guarani, em Presidente Bernardes, e Beira-Rio, em Teodoro Sampaio) e uma no noroeste do Estado (fazenda Floresta, em Araçatuba).
Fazendeiros do Pontal (alvo de dez das 14 últimas invasões em SP) disseram acreditar que as medidas jurídicas possam ser úteis para reduzir as invasões. "Nós estamos à mercê dos sem-terra, mas o mais preocupante é a omissão das autoridades em punir exemplarmente os criminosos", disse o produtor rural Almir Soriano.
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