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05/03/2007
-
17h48
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PFL da Bahia vem enfrentando uma debandada desde que perdeu as eleições para o governo do Estado e a prefeitura de Salvador. O principal reflexo do esvaziamento está na bancada da Câmara: cinco pefelistas deixaram a legenda nos últimos dois anos. Todos aliados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Do início da legislatura até agora, 3 dos 13 deputados eleitos pelo PFL da Bahia trocaram a sigla por partidos aliados ao governo Lula. Jusmari Oliveira, Tonha Magalhães e José Rocha migraram para o PR logo após a posse. A expectativa é que o número aumente. Comenta-se que o próximo a abandonar o barco será o deputado Cláudio Cajado (PFL-BA). O grupo inclui ainda os deputados José Carlos Araújo e Marcelo Guimarães --que foram para o PR e PMDB, respectivamente-- que deixaram o PFL antes mesmo das eleições.
Em comum, esses deputados têm o fato de serem ligados ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Todos juram que a troca de partido não significa rompimento com o senador, mas de busca de mais espaço político. "Não acredito nessa versão de que há um rompimento com ACM. Sou do grupo dele e sai para poder pegar um partido a mais para o grupo", disse o deputado José Carlos Araújo, o primeiro a fazer as malas do PFL.
Nos bastidores, a versão que mais se alimenta é que o grupo deixou o PFL orientado pelo próprio ACM para garantir espaço no governo federal. A opção da maioria pelo PR seria um sinal disso. A exemplo do PTB no primeiro governo Lula, o partido vem abrigando descontentes na oposição com a promessa de cargos, o que tem chamado a atenção das demais siglas. "Nós ainda teremos que fazer uma CPI para investigar isso", tem afirmado o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ).
O senador admite a debandada, mas rejeita a tese de que estaria estimulando o troca-troca. Por meio da assessoria, o senador disse que a saída de seus aliados do partido faz com que a bancada baiana perca força no partido e, portanto, não o agrada. Quanto mais parlamentares o PFL baiano perder, pior.
O deputado José Rocha disse que o problema é a falta de oportunidades que o PFL nacional oferece ao grupo. "O partido não está conseguindo conter seus filiados. Eu tenho quatro mandatos e nunca tive espaço no partido, nunca fui convidado para relatar um projeto, presidir uma comissão. São sempre os mesmos, sempre um grupinho e quem não pertence a ele se sente desprestigiado", afirmou.
Rocha é um dos que garante que não houve rompimento com ACM. "Não há nenhuma insatisfação com o senador. O PR é coligado na Bahia com o PFL", afirmou. A falta de oportunidade seria fruto da rivalidade do grupo do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente nacional do partido, com o de ACM.
Para o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), a explicação é simples. "O PFL baiano não tem poder nenhum, não tem a prefeitura nem o governo. A debandada é conseqüência natural da falta de poder do grupo", disse.
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da Folha Online, em Brasília
O PFL da Bahia vem enfrentando uma debandada desde que perdeu as eleições para o governo do Estado e a prefeitura de Salvador. O principal reflexo do esvaziamento está na bancada da Câmara: cinco pefelistas deixaram a legenda nos últimos dois anos. Todos aliados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Do início da legislatura até agora, 3 dos 13 deputados eleitos pelo PFL da Bahia trocaram a sigla por partidos aliados ao governo Lula. Jusmari Oliveira, Tonha Magalhães e José Rocha migraram para o PR logo após a posse. A expectativa é que o número aumente. Comenta-se que o próximo a abandonar o barco será o deputado Cláudio Cajado (PFL-BA). O grupo inclui ainda os deputados José Carlos Araújo e Marcelo Guimarães --que foram para o PR e PMDB, respectivamente-- que deixaram o PFL antes mesmo das eleições.
Em comum, esses deputados têm o fato de serem ligados ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Todos juram que a troca de partido não significa rompimento com o senador, mas de busca de mais espaço político. "Não acredito nessa versão de que há um rompimento com ACM. Sou do grupo dele e sai para poder pegar um partido a mais para o grupo", disse o deputado José Carlos Araújo, o primeiro a fazer as malas do PFL.
Nos bastidores, a versão que mais se alimenta é que o grupo deixou o PFL orientado pelo próprio ACM para garantir espaço no governo federal. A opção da maioria pelo PR seria um sinal disso. A exemplo do PTB no primeiro governo Lula, o partido vem abrigando descontentes na oposição com a promessa de cargos, o que tem chamado a atenção das demais siglas. "Nós ainda teremos que fazer uma CPI para investigar isso", tem afirmado o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ).
O senador admite a debandada, mas rejeita a tese de que estaria estimulando o troca-troca. Por meio da assessoria, o senador disse que a saída de seus aliados do partido faz com que a bancada baiana perca força no partido e, portanto, não o agrada. Quanto mais parlamentares o PFL baiano perder, pior.
O deputado José Rocha disse que o problema é a falta de oportunidades que o PFL nacional oferece ao grupo. "O partido não está conseguindo conter seus filiados. Eu tenho quatro mandatos e nunca tive espaço no partido, nunca fui convidado para relatar um projeto, presidir uma comissão. São sempre os mesmos, sempre um grupinho e quem não pertence a ele se sente desprestigiado", afirmou.
Rocha é um dos que garante que não houve rompimento com ACM. "Não há nenhuma insatisfação com o senador. O PR é coligado na Bahia com o PFL", afirmou. A falta de oportunidade seria fruto da rivalidade do grupo do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente nacional do partido, com o de ACM.
Para o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), a explicação é simples. "O PFL baiano não tem poder nenhum, não tem a prefeitura nem o governo. A debandada é conseqüência natural da falta de poder do grupo", disse.
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