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06/03/2007 - 09h16

Aécio critica entraves econômicos, mas diz ter "boa vontade" com Lula

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Ao lançar ontem o "Poupança Jovem", programa que destinará R$ 3 mil a estudantes do ensino médio com bom comportamento social e escolar, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), criticou o "baixíssimo" crescimento econômico brasileiro, o que, segundo ele, limita o acesso da juventude ao mercado de trabalho.

Apesar da crítica, Aécio, que estará no encontro de hoje do presidente Lula com os governadores, disse que não estava naquele lançamento para criticar. Em seguida, disse que os governadores de oposição têm "boa vontade" com Lula.

O tucano disse esperar ouvir do presidente "ações concretas na área tributária, mas também uma palavra em relação às demandas que lhe foram oferecidas pelos governos estaduais", no sentido de reduzir a "absurda e equivocada concentração de receitas nas mãos da União".

Ele disse não acreditar no crescimento anual da economia em 5% sem que os Estados tenham mais receitas. "A presença de governadores de oposição [na reunião] é um gesto de boa vontade, de compreensão de que somos oposição, mas somos brasileiros. Precisamos ver o país crescendo."

Dizendo que sozinho o governo "não alcançará" os seus objetivos de melhorar os indicadores econômicos, Aécio listou algumas queixas estaduais:

Aumento de 29% para 46% (correspondente ao percentual da malha asfaltada sob responsabilidade dos Estados) do repasse dos recursos da Cide; garantir em lei o ressarcimento das perdas econômicas sofridas pela isenção de ICMS para produtos exportados; manutenção da receita do Pasep nos Estados para ser investido em saneamento; e não cobrar Pis-Cofins das empresas de saneamento.

"Raiz dos problemas"

Diante de uma platéia formada por políticos, diretoras de escolas e jovens da periferia da região metropolitana de Belo Horizonte, Aécio anunciou o "Poupança Jovem" como sendo um "passo efetivo de combate à raiz dos problemas" que atingem a juventude brasileira, em meio à "frágil interlocução do Estado brasileiro com os jovens, sobretudo os mais pobres".

O programa vai destinar R$ 1.000/ano, durante três anos, para uma conta-poupança dos estudantes do ensino médio que se habilitarem a participar do projeto. Ao fim desse período, o estudante recém-formado poderá sacar o dinheiro para abrir um negócio, por exemplo, com orientação do Estado.

A contrapartida é ter boas notas, participar de atividades de cidadania e não ter envolvimento com o crime. O programa começa atendendo 5.200 jovens. Em 2010, último ano do atual governo, a meta é atingir 50 mil estudantes de cidades com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), alta taxa de evasão escolar e alto índice de criminalidade.

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