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21/03/2007
-
21h03
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Na primeira visita ao Palácio do Planalto desde que deixou a Presidência da República há 14 anos em meio ao processo de impeachment, o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) disse que teve a sensação de que "havia estado ontem" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O último encontro de Collor com o atual presidente foi na campanha à presidência de 1989, quando os dois eram adversários políticos.
A conversa com Lula nesta quarta-feira durou quase duas horas. Collor estava acompanhado da bancada do PTB no Senado, que reiterou apoio do partido ao governo Lula. O senador disse não guardar mágoas do presidente em relação ao passado.
"Nunca fui inimigo dele. Quem está na vida pública sabe diferenciar muito bem o que são passagens no calor e no fragor de uma campanha [eleitoral] e o que são passagens de um tempo normal que estamos vivenciando. Então ele sabe, como eu sei, e isso já colocamos. É como se fosse uma coisa que não tivesse sequer existido", afirmou.
Collor fez questão de chegar ao Palácio pela sua porta principal. Recebeu cumprimentos de alguns funcionários que trabalham na Presidência da República desde o período em que esteve no governo --entre 1989 e 1992. No gabinete presidencial, Lula perguntou ao ex-presidente qual era a posição de sua mesa de trabalho, que segundo Collor ficava no local onde o presidente hoje tem uma mesa redonda para audiências com grupos.
Apesar da evidente lembrança do passado, Collor disse que não discutiu com Lula a disputa de 1989 nem o seu processo de impeachment, que resultou na perda de seus direitos políticos. "Esse filme não passou na nossa conversa", afirmou.
O ex-presidente disse que ficou "emocionado" ao ingressar no Palácio, mas considerou o fato "normal". "Não é estranho, essa aqui é a Casa da República", afirmou.
Mesmo depois de apresentar sua versão sobre o impeachment no plenário do Senado, na semana passada, Collor minimizou o reencontro com a sua história. "Não se reescreve a história. O que fiz foi interpretá-la. Eu procurei dar a minha interpretação dos fatos", afirmou.
O novo ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, participou do encontro. Collor não descartou voltar ao Palácio na próxima sexta-feira, quando Walfrido será empossado no cargo.
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da Folha Online, em Brasília
Na primeira visita ao Palácio do Planalto desde que deixou a Presidência da República há 14 anos em meio ao processo de impeachment, o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) disse que teve a sensação de que "havia estado ontem" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O último encontro de Collor com o atual presidente foi na campanha à presidência de 1989, quando os dois eram adversários políticos.
Sérgio Lima/Folha Imagem |
Fernando Collor voltou ao Planalto e foi recebido pelo presidente Lula |
"Nunca fui inimigo dele. Quem está na vida pública sabe diferenciar muito bem o que são passagens no calor e no fragor de uma campanha [eleitoral] e o que são passagens de um tempo normal que estamos vivenciando. Então ele sabe, como eu sei, e isso já colocamos. É como se fosse uma coisa que não tivesse sequer existido", afirmou.
Collor fez questão de chegar ao Palácio pela sua porta principal. Recebeu cumprimentos de alguns funcionários que trabalham na Presidência da República desde o período em que esteve no governo --entre 1989 e 1992. No gabinete presidencial, Lula perguntou ao ex-presidente qual era a posição de sua mesa de trabalho, que segundo Collor ficava no local onde o presidente hoje tem uma mesa redonda para audiências com grupos.
Apesar da evidente lembrança do passado, Collor disse que não discutiu com Lula a disputa de 1989 nem o seu processo de impeachment, que resultou na perda de seus direitos políticos. "Esse filme não passou na nossa conversa", afirmou.
O ex-presidente disse que ficou "emocionado" ao ingressar no Palácio, mas considerou o fato "normal". "Não é estranho, essa aqui é a Casa da República", afirmou.
Mesmo depois de apresentar sua versão sobre o impeachment no plenário do Senado, na semana passada, Collor minimizou o reencontro com a sua história. "Não se reescreve a história. O que fiz foi interpretá-la. Eu procurei dar a minha interpretação dos fatos", afirmou.
O novo ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, participou do encontro. Collor não descartou voltar ao Palácio na próxima sexta-feira, quando Walfrido será empossado no cargo.
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