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16/04/2007 - 19h26

PF ouve mais três acusados e retoma depoimentos nesta terça-feira

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A Polícia Federal ouviu hoje três dos oitos acusados que ainda não haviam sido interrogados por suposta participação em esquema de corrupção desvendado pela Operação Hurricane (furacão, em inglês), deflagrada na última sexta-feira. A operação levou 25 pessoas à prisão --desses, 17 foram ouvidos no final de semana. Os depoimentos dos cinco restantes serão retomados amanhã.

A fase de tomada de depoimentos não foi encerrada hoje para que os advogados tenham tempo de ter acesso aos autos. Dessa forma, a PF pretende conseguir uma maior colaboração dos acusados, que vem optando pelo silêncio sob a alegação de que não têm conhecimento do processo.

A PF não divulgou os nomes dos presos que prestaram depoimento nesta segunda-feira, bem como os que ainda não se pronunciaram. A ordem é evitar vazamento de informações uma vez que o processo corre em segredo de Justiça.

A Folha Online apurou que o vazamento do vídeo mostrando os agentes encontrando dinheiro na casa de um dos bicheiros causou mal-estar na PF.

Armas

No total, a PF apreendeu 25 armas nos endereços dos suspeitos de integrarem a organização criminosa: 18 pistolas semi-automáticas e sete revólveres. Não há informações sobre a quem pertencem as armas. Também foi apreendida muita munição, segundo um dos agentes ligados ao caso.

Entre os objetos apreendidos, a PF encontrou cerca de 130 anéis e 20 pulseiras na casa de um dos bicheiros. Os números ainda não foram fechados tamanha a quantidade de objetos.

Prisões

Os 25 presos estão divididos em sete celas. A PF procurou não colocar na mesma cela bicheiros e desembargadores para evitar que eles combinassem versões sobre as denúncias que prejudiquem as investigações.

A superintendente da PF, em Brasília, Walquíria Souza, rechaçou as críticas dos advogados dos presos, especialmente dos três magistrados e dos advogados, de que eles não estão recebendo o tratamento a que têm direito.

Ela explicou que existe um padrão na Superintendência da PF que é seguido por todos os presos, "independentemente de ser juiz, todo mundo é tratado igual".

Walquíria contou ainda que quando foi comunicada da vinda dos presos para Brasília teve que transferir 30 presos para abrir espaço na sede da PF e comprar colchões de última hora para receber os acusados.

"Todos foram tratados com dignidade, tiveram direito a café da manhã, puderam telefonar para parentes e receberam visita dos advogados às 10h", afirmou. "É impossível que os desembargadores tenham direito a uma única cela, Os advogados podem até requerer, mas é inviável fisicamente."

Segundo ela, os presos são ouvidos por meio de um vidro, não existe contato físico com advogados e familiares.

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