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18/04/2007
-
18h33
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina, disse hoje que seu cliente não tinha conhecimento de que Virgílio Medina trabalhava pela liberação de máquinas caça-níqueis apreendidas no Rio de Janeiro. Irmão do ministro, o advogado Virgílio Medina foi preso na sexta-feira passada pela Polícia Federal durante a Operação Hurricane (furacão).
"Se é verdade que aquele processo de R$ 1 milhão é de relatoria dele, é grave e tem que ser analisado. Ele não sabia disso [do interesse do irmão]. Tomou conhecimento pela divulgação dos grampos. Nunca tratou desse assunto com o irmão", afirmou Castro.
No ano passado, o ministro concedeu liminar liberando 900 máquinas de caça-níqueis no Rio de Janeiro. Dois meses depois, a liminar foi cassada pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ellen Gracie, a pedido do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza --que investiga a máfia.
Para o advogado, as investigações não atingem o seu cliente porque ele não é citado nas escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal, o que comprovaria que Medina não teria envolvimento com o esquema.
"Não vi nenhuma gravação em que o irmão está dizendo que tem condições de conseguir alguma coisa com ele [ministro]."
Sobre o empréstimo que o ministro teria recebido do irmão de R$ 440 mil, Castro disse que o valor consta da declaração do Imposto de Renda de Medina e que foi uma transação "absolutamente regular".
O dinheiro, conforme o advogado, teria sido usado pelo ministro para comprar um apartamento. "Fazer uma ilação do empréstimo de 2004 com investigação de 2006 é irresponsabilidade absoluta."
Licença
Antonio Carlos afirmou não ter conhecimento se o ministro pretende se afastar do cargo enquanto as investigações estiverem em curso. "Há uma solidariedade do tribunal com ele. Se a decisão de se afastar se está em pauta, ele não me disse", afirmou.
Segundo o advogado, o ministro está "atônito" e "preocupado" com o seu irmão que está preso.
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da Folha Online, em Brasília
Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina, disse hoje que seu cliente não tinha conhecimento de que Virgílio Medina trabalhava pela liberação de máquinas caça-níqueis apreendidas no Rio de Janeiro. Irmão do ministro, o advogado Virgílio Medina foi preso na sexta-feira passada pela Polícia Federal durante a Operação Hurricane (furacão).
"Se é verdade que aquele processo de R$ 1 milhão é de relatoria dele, é grave e tem que ser analisado. Ele não sabia disso [do interesse do irmão]. Tomou conhecimento pela divulgação dos grampos. Nunca tratou desse assunto com o irmão", afirmou Castro.
No ano passado, o ministro concedeu liminar liberando 900 máquinas de caça-níqueis no Rio de Janeiro. Dois meses depois, a liminar foi cassada pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ellen Gracie, a pedido do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza --que investiga a máfia.
Para o advogado, as investigações não atingem o seu cliente porque ele não é citado nas escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal, o que comprovaria que Medina não teria envolvimento com o esquema.
"Não vi nenhuma gravação em que o irmão está dizendo que tem condições de conseguir alguma coisa com ele [ministro]."
Sobre o empréstimo que o ministro teria recebido do irmão de R$ 440 mil, Castro disse que o valor consta da declaração do Imposto de Renda de Medina e que foi uma transação "absolutamente regular".
O dinheiro, conforme o advogado, teria sido usado pelo ministro para comprar um apartamento. "Fazer uma ilação do empréstimo de 2004 com investigação de 2006 é irresponsabilidade absoluta."
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Antonio Carlos afirmou não ter conhecimento se o ministro pretende se afastar do cargo enquanto as investigações estiverem em curso. "Há uma solidariedade do tribunal com ele. Se a decisão de se afastar se está em pauta, ele não me disse", afirmou.
Segundo o advogado, o ministro está "atônito" e "preocupado" com o seu irmão que está preso.
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