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24/04/2007
-
09h10
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em um texto com dureza incomum em relação ao governo, o PT condenou a aproximação com o PSDB e pediu "firme oposição" aos governadores tucanos José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Yeda Crusius (RS). Os dois primeiros são pré-candidatos à Presidência em 2010 e vêm buscando uma convivência pacífica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Tanto o PSDB quanto o PFL/DEM, embora muitas vezes com táticas diferentes, visam acumular forças para as eleições de 2008 e 2010. Inclusive por isto, o PT deve ter uma postura muito firme frente aos governadores de oposição, em particular os do PSDB", informa o documento aprovado pelo diretório nacional no sábado.
No texto, o PT reconhece que os partidos da coalizão não possuem um candidato natural à Presidência em 2010, o que alimentaria as expectativas de retorno da atual oposição ao poder. E acrescenta: "A inexistência de uma candidatura natural para as eleições em 2010 estimula a competição entre os diferentes partidos que compõem a coalizão".
Divulgado ontem, o texto diz que "o PT realiza uma firme oposição aos governadores conservadores e neoliberais, a começar pelos de Minas, Rio Grande do Sul e São Paulo". O trecho foi sugestão das alas "radicais" da sigla, que contou com apoio quase unânime. Em Minas, porém, os petistas mantêm relações amistosas com Aécio.
Na contramão do PT, Lula busca diálogo com os oposicionistas. Somente no último mês, o presidente se encontrou com Antonio Carlos Magalhães (DEM, ex-PFL), Serra e Tasso Jereissati (PSDB). "As relações institucionais que nosso governo mantém com os de oposição devem ser combinadas com uma oposição de alto impacto frente a esses governos."
O PT mostrou irritação com o atraso na composição do segundo escalão. Há cerca de mil nomes em uma planilha que será levada nas próximas semanas ao governo. "Ao PT interessa que a relação com os partidos da coalizão seja a mais institucional possível. Mas disso não deveria resultar a demora na composição do ministério."
Em entrevista divulgada ontem pelo PT, o presidente da sigla, Ricardo Berzoini pede "sensibilidade" ao governo. Ele teria ontem um encontro com Lula, que foi adiado por problemas de agenda, disse o Planalto.
No texto, o PT ainda diz que o governo "carece de metodologia de gestão da crise [aérea]".
Colaborou a Redação
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PT pede "firme oposição" a governadores tucanos
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em um texto com dureza incomum em relação ao governo, o PT condenou a aproximação com o PSDB e pediu "firme oposição" aos governadores tucanos José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Yeda Crusius (RS). Os dois primeiros são pré-candidatos à Presidência em 2010 e vêm buscando uma convivência pacífica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Tanto o PSDB quanto o PFL/DEM, embora muitas vezes com táticas diferentes, visam acumular forças para as eleições de 2008 e 2010. Inclusive por isto, o PT deve ter uma postura muito firme frente aos governadores de oposição, em particular os do PSDB", informa o documento aprovado pelo diretório nacional no sábado.
No texto, o PT reconhece que os partidos da coalizão não possuem um candidato natural à Presidência em 2010, o que alimentaria as expectativas de retorno da atual oposição ao poder. E acrescenta: "A inexistência de uma candidatura natural para as eleições em 2010 estimula a competição entre os diferentes partidos que compõem a coalizão".
Divulgado ontem, o texto diz que "o PT realiza uma firme oposição aos governadores conservadores e neoliberais, a começar pelos de Minas, Rio Grande do Sul e São Paulo". O trecho foi sugestão das alas "radicais" da sigla, que contou com apoio quase unânime. Em Minas, porém, os petistas mantêm relações amistosas com Aécio.
Na contramão do PT, Lula busca diálogo com os oposicionistas. Somente no último mês, o presidente se encontrou com Antonio Carlos Magalhães (DEM, ex-PFL), Serra e Tasso Jereissati (PSDB). "As relações institucionais que nosso governo mantém com os de oposição devem ser combinadas com uma oposição de alto impacto frente a esses governos."
O PT mostrou irritação com o atraso na composição do segundo escalão. Há cerca de mil nomes em uma planilha que será levada nas próximas semanas ao governo. "Ao PT interessa que a relação com os partidos da coalizão seja a mais institucional possível. Mas disso não deveria resultar a demora na composição do ministério."
Em entrevista divulgada ontem pelo PT, o presidente da sigla, Ricardo Berzoini pede "sensibilidade" ao governo. Ele teria ontem um encontro com Lula, que foi adiado por problemas de agenda, disse o Planalto.
No texto, o PT ainda diz que o governo "carece de metodologia de gestão da crise [aérea]".
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