Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/04/2007 - 21h12

Dois acusados de ligação com máfia dos jogos se entregam no Rio

Publicidade

da Folha Online

Nagib Teixeira Sauid e João Oliveira de Farias, que estavam foragidos, se apresentaram hoje para a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal. Eles foram denunciados no inquérito que apura a organização criminosa especializada na venda de sentenças judiciais para favorecer o funcionamento de jogos ilegais --bingos e máquinas caça-níqueis, principalmente-- e que foi desarticulada pela Operação Hurricane (furacão).

Depois de se apresentarem para a juíza, eles foram presos pela Polícia Federal. Com isso, dos 24 denunciados na ação penal que tiveram a prisão preventiva decretada, apenas um continua foragido: Marcelo Kalil, filho do bicheiro Antônio Petrus Kalil, o Turcão.

Reportagem da Folha informa que Sauid e Farias tentaram sacar R$ 1,75 milhão após a PF ter intensificado as investigações sobre o caso.

Segundo a PF, Nagib é sócio de Júlio Guimarães Sobreira, sobrinho do bicheiro Capitão Guimarães. No caso de Farias, a PF apenas informa que ele é ligado a Guimarães.

O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) já havia identificado tentativas de saque de pessoas ligadas à quadrilha no valor de R$ 3,7 milhões, mas sem dar detalhes.

Transferência

A PF vai transferir de Brasília para o Rio de Janeiro 17 acusados de participar da organização criminosa que atuava na venda de sentenças judiciais.

Quatro dos acusados poderão prestar depoimento por escrito porque são funcionários públicos: Carlos Pereira da Silva (delegado federal), Susie Pinheiros Dias de Mattos (da Agência Nacional do Petróleo), Marcos Antônio dos Santos Bretas (policial civil) e Francisco Martins da Silva (agente da PF no Rio).

Os presos ficarão em instalações militares no Rio de Janeiro, sob custódia da Polícia Federal. Ontem, a PF chegou a avaliar a possibilidade de trazê-los de volta para dormir Brasília, mas a hipótese teria sido descartada.

O caso

Os denunciados foram detidos no último dia 13 durante a Operação Hurricane (furacão). A megaoperação da Polícia Federal atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos no final de semana: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

Os demais tiveram a prisão preventiva decretada. Entre eles está um grupo de suspeitos ligados à cúpula do Carnaval do Rio: o presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), Ailton Guimarães Jorge, chamado de capitão Guimarães; um sobrinho dele, identificado como Júlio Guimarães; o presidente do conselho da Liesa e presidente de honra da Beija-Flor de Nilópolis, Aniz Abraão David; além do bicheiro Antonio Petrus Kalil, o Turcão, de Niterói.

Leia mais
  • Coaf acha indícios de lavagem de dinheiro por cinco investigados
  • Polícia irá pedir quebra de sigilo de 20 suspeitos
  • Juíza do Rio acaba com sigilo em parte do processo de 21 presos pela PF
  • Ações fecham 21 bingos em SP e Minas e apreendem caça-níqueis em Goiás
  • Veja vídeo da PF da apreensão do dinheiro em megaoperação

    Especial
  • Veja fotos da apreensão feita pela PF na Operação Hurricane
  • Leia mais sobre a Operação Hurricane
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página