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04/05/2007 - 08h51

Juiza ouve hoje irmão do ministro Paulo Medina

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da Folha Online

A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, ouve nesta sexta-feira o penúltimo grupo de acusados de ligação com organização criminosa que atuava na venda de sentenças judiciais para beneficiar a máfia do jogo.

A previsão é que sejam ouvidos hoje os acusados: Virgílio de Oliveira Medina, Luiz Paulo Dias de Mattos e Nagib Teixeira Sauid. Eles são acusados de terem ligação com casas de bingo suspeitas de serem usadas para lavar dinheiro em favor da máfia das sentenças.

Virgílio é irmão de do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina, acusado de vender sentenças em favor da máfia do jogo. Para a PF, Virgílio pode ter intermediado a suposta compra de uma liminar dada por Paulo Medina por R$ 600 mil. Essa liminar liberou 900 máquinas caça-níqueis que foram apreendidas em Niterói (RJ).

Os depoimentos deverão ser concluídos na segunda-feira, quando a juíza deverá ouvir os depoimentos de João Oliveira de Farias e Marcelo Kalil Petrus. A audiência está marcada para as 11h.

Os acusados estavam presos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal de Brasília desde o dia 13. Eles foram transferidos dia 26 de abril para o Rio.

Eles permanecerão no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Benfica, até o final dos depoimentos. Depois, segundo a Justiça, devem ser transferidos para Campo Grande.

Depoimentos

Os depoimentos começaram na semana passada, quando a juíza ouviu o depoimento de seis dos 17 acusados: Ailton Guimarães Jorge (Capitão Guimarães), Aniz Abraão David, Antonio Petrus Kalil (Turcão), José Renato Granado Ferreira, Paulo Roberto Ferreira Lino, que negou qualquer relação com a máfia dos jogos, e Júlio César Guimarães Sobreira, que não respondeu a nenhuma pergunta, exceto seu nome, do advogado e endereço.

O advogado de Julio, Nélio Machado, disse que a estratégia faz parte da defesa, já que os dois ainda não conversaram a sós. Machado disse ainda que Júlio explicará oportunamente a origem do dinheiro apreendido no fundo falso de uma parede na sua casa. Durante a Operação Hurricane (furacão), que prendeu 25 pessoas no dia 13, a PF encontrou R$ 5 milhões em espécie e R$ 4 milhões (em cheque) com Júlio.

Na segunda-feira, foram ouvidos mais três acusados: Belmiro Martins Ferreira, Licínio Soares Bastos e Laurentino Freire dos Santos. Belmiro disse em depoimento que a sua empresa --Betec-- tem cerca de 1.000 máquinas de caça-níqueis. Bastos e Santos admitiram no depoimento que já tiveram algum tipo de relação com casas de bingo.

Na quarta-feira prestaram depoimentos os acusados José Luiz da Costa Rebello, Ana Cláudia Rodrigues do Espírito Santo e Jaime Garcia Dias. Acusado de ser o articulador de compra da sentenças judiciais em favor da máfia dos jogos, Dias permaneceu calado durante seu depoimento. Rebello e Ana Cláudia negaram participar do esquema de corrupção.

Ontem foram ouvidos Evandro da Fonseca, Silvério Nery Cabral Jr. e Sérgio Luzio Marques de Araújo.

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