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04/05/2007
-
17h48
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O empresário Nagib Teixeira Sauid não era sócio do Barra Bingo, mas tinha interesse em comprar uma casa de jogo. A informação foi dada pelo advogado dele, Manuel de Jesus Soares, após o interrogatório na 6ª Vara Federal Criminal do Rio.
No depoimento, Sauid ficou calado alegando que a defesa precisa ter acesso aos áudios das gravações feitas pela Polícia Federal. "Ficou calado porque os áudios vieram com defeito", disse Soares.
Na denúncia do Ministério Público Federal do Rio, Sauid aparece como sócio do bingo. A casa pertence a Júlio é sobrinho do contraventor Ailton Guimarães, o Capitão Guimarães.
Segundo o advogado de defesa, Nagib não seria tesoureiro da máfia. "Ele é um empresário e vai esclarecer a sua situação dentro do contexto. Mas não é nada de tesoureiro. Ele trabalha na área de assessoria."
A juíza também ouviu hoje Luiz Paulo Dias de Mattos, delegado federal acusado de vazar informações que beneficiariam os bingos, além de Virgílio Medina. Virgílio é suspeito de fazer a ligação entre a máfia e seu irmão, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina.
Os depoimentos deverão ser concluídos na segunda-feira, quando a juíza deverá ouvir os depoimentos de João Oliveira de Farias e Marcelo Kalil Petrus. Eles permanecerão no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Benfica, até o final dos depoimentos. Depois, segundo a Justiça, devem ser transferidos para Campo Grande.
Todos eles foram numa megaoperação da Polícia Federal, que atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos no final de semana: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.
Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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Empresário acusado de elo com máfia tinha interesse em comprar bingo
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da Folha Online, no Rio
O empresário Nagib Teixeira Sauid não era sócio do Barra Bingo, mas tinha interesse em comprar uma casa de jogo. A informação foi dada pelo advogado dele, Manuel de Jesus Soares, após o interrogatório na 6ª Vara Federal Criminal do Rio.
No depoimento, Sauid ficou calado alegando que a defesa precisa ter acesso aos áudios das gravações feitas pela Polícia Federal. "Ficou calado porque os áudios vieram com defeito", disse Soares.
Na denúncia do Ministério Público Federal do Rio, Sauid aparece como sócio do bingo. A casa pertence a Júlio é sobrinho do contraventor Ailton Guimarães, o Capitão Guimarães.
Segundo o advogado de defesa, Nagib não seria tesoureiro da máfia. "Ele é um empresário e vai esclarecer a sua situação dentro do contexto. Mas não é nada de tesoureiro. Ele trabalha na área de assessoria."
A juíza também ouviu hoje Luiz Paulo Dias de Mattos, delegado federal acusado de vazar informações que beneficiariam os bingos, além de Virgílio Medina. Virgílio é suspeito de fazer a ligação entre a máfia e seu irmão, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina.
Os depoimentos deverão ser concluídos na segunda-feira, quando a juíza deverá ouvir os depoimentos de João Oliveira de Farias e Marcelo Kalil Petrus. Eles permanecerão no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Benfica, até o final dos depoimentos. Depois, segundo a Justiça, devem ser transferidos para Campo Grande.
Todos eles foram numa megaoperação da Polícia Federal, que atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos no final de semana: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.
Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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