Publicidade
Publicidade
04/05/2007
-
18h33
da Folha Online
Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado ministro afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina, disse que seu cliente jamais recebeu advogado ou diretor de banco na presença do irmão, o advogado Virgílio Medina. Os dois são investigados no inquérito que apura a suposta quadrilha que atuava na compra de sentenças para beneficiar a máfia do jogo.
"Se o Virgílio tratou com o advogado, tem que ser investigado. Mas não tem relação com o ministro", disse Almeida Castro.
Ele afirmou que o ministro recebe vários advogados e que isso é normal. "Se fez [recebeu advogados], cumpriu com suas obrigações, que é deixar que o advogado exerça suas funções. Não há que se falar em novo caso de venda de sentenças."
O "Jornal Hoje", da Globo, mostrou hoje uma conversa telefônica gravada com autorização judicial que mostra Virgílio negociando uma decisão judicial que favoreceria um banco.
Segundo a reportagem, o inquérito da Polícia Federal revela que, antes do julgamento, o ministro Medina se reunia com o irmão e os advogados da instituição financeira.
Pela conversa gravada, Virgílio combina com o advogado que defendia o banco uma viagem a Brasília para tratar do caso. No julgamento, o ministro Paulo Medina decidiu a favor do banco.
Na semana passada foi revelado um outro caso em que Medina teria antecipando seu voto e orientando a defesa a agir em processos que tramitavam no STJ. Após essa revelação dessas escutas, o ministro pediu afastamento do cargo, o que ocorreu na quarta-feira.
Medina está sendo investigado pela PF como suspeito de integrar suposta máfia que negociava sentenças judiciais em favor dos bingos. O STJ ainda aguarda cópia de todo o inquérito, inclusive as escutas telefônicas, para instalar uma sindicância interna.
A apuração do caso pelo STJ é administrativa e independe da investigação criminal que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) contra Medina.
Leia mais
Juiz acusado de negociar sentenças entra de férias
PF investiga mais de 40 ligações de procurador da República no Rio
TRF revê decisões de juiz Carreira Alvim e fecha fábrica de cigarros no Rio
Justiça retoma hoje depoimentos de acusados de elo com a máfia das sentenças
Livro revela bastidores dos processos contra Lalau e Rocha Mattos
Especial
Leia mais sobre venda de sentenças judiciais
Leia cobertura completa sobre a máfia das sentenças
Advogado de Medina nega "novo caso" e minimiza encontros do ministro
Publicidade
Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado ministro afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina, disse que seu cliente jamais recebeu advogado ou diretor de banco na presença do irmão, o advogado Virgílio Medina. Os dois são investigados no inquérito que apura a suposta quadrilha que atuava na compra de sentenças para beneficiar a máfia do jogo.
"Se o Virgílio tratou com o advogado, tem que ser investigado. Mas não tem relação com o ministro", disse Almeida Castro.
Ele afirmou que o ministro recebe vários advogados e que isso é normal. "Se fez [recebeu advogados], cumpriu com suas obrigações, que é deixar que o advogado exerça suas funções. Não há que se falar em novo caso de venda de sentenças."
O "Jornal Hoje", da Globo, mostrou hoje uma conversa telefônica gravada com autorização judicial que mostra Virgílio negociando uma decisão judicial que favoreceria um banco.
Segundo a reportagem, o inquérito da Polícia Federal revela que, antes do julgamento, o ministro Medina se reunia com o irmão e os advogados da instituição financeira.
Pela conversa gravada, Virgílio combina com o advogado que defendia o banco uma viagem a Brasília para tratar do caso. No julgamento, o ministro Paulo Medina decidiu a favor do banco.
Na semana passada foi revelado um outro caso em que Medina teria antecipando seu voto e orientando a defesa a agir em processos que tramitavam no STJ. Após essa revelação dessas escutas, o ministro pediu afastamento do cargo, o que ocorreu na quarta-feira.
Medina está sendo investigado pela PF como suspeito de integrar suposta máfia que negociava sentenças judiciais em favor dos bingos. O STJ ainda aguarda cópia de todo o inquérito, inclusive as escutas telefônicas, para instalar uma sindicância interna.
A apuração do caso pelo STJ é administrativa e independe da investigação criminal que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) contra Medina.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice