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14/05/2007
-
10h18
FABIANA FUTEMA
Editora de Brasil da Folha Online
Servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de todo o país iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado contra o que eles chamam de "sucateamento" do órgão e a suposta pressão do Planalto pela aceleração da concessão das licenças ambientais. O presidente da Asibama-Nacional (Associação Nacional dos Servidores do Ibama), Jonas Corrêa, disse que a categoria está insatisfeita com a interferência do governo no órgão.
"O sentimento que há entre os servidores é de indignação, de traição. Nos sentimos traídos pelo governo", disse ele em referência à criação do Instituto Chico Mendes.
Para os grevistas, a reestruturação do Ibama, com a criação desse instituto, deu início à suposta tentativa do governo de pressionar o órgão a acelerar a concessão de licenças ambientais. "Os dirigentes anteriores do Ibama não sabiam dessa reestruturação. Tudo foi armado com o objetivo de atender os setores do governo que querem as concessões de licenças a qualquer custo, mesmo que isso prejudique o ambiente", afirmou Corrêa.
Segundo ele, o governo sinaliza querer agora discutir com os servidores a MP (medida provisória) 366, que reestruturou o Ibama. "Não podemos dialogar com a MP em vigor. Essa discussão precisaria ter ocorrido antes. Tudo foi planejado com o objetivo de desmantelar e enfraquecer o órgão."
Pelo cronograma da greve, aprovado nas assembléias realizadas na semana passada, as associações estaduais discutem a paralisação até quarta-feira. Neste dia, as assembléias estaduais encaminharão um representante para o comando nacional de greve.
Em todo o país, segundo o Asibama, o Ibama emprega 6.400 funcionários --a maioria está no Distrito Federal.
Procurado pela reportagem, o Ministério do Meio Ambiente ainda não comentou a paralisação iniciada hoje.
Outro lado
Em nota oficial, os presidentes substitutos do Ibama e do Instituto Chico Mendes, Bazileu Alves Margarido Neto e João Paulo Ribeiro Capobianco, respectivamente, disseram na sexta-feira passada que o "diálogo continua aberto" com a categoria.
"A edição da MP que cria o Instituto Chico Mendes é um importante instrumento para o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama)", diz a nota.
"É importante frisar que as presidências e direções destes institutos, apesar de terem se colocado à disposição dos servidores para dirimir suas dúvidas, não foram por eles demandados."
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Servidores do Ibama iniciam greve contra pressão por licenciamentos ambientais
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Servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de todo o país iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado contra o que eles chamam de "sucateamento" do órgão e a suposta pressão do Planalto pela aceleração da concessão das licenças ambientais. O presidente da Asibama-Nacional (Associação Nacional dos Servidores do Ibama), Jonas Corrêa, disse que a categoria está insatisfeita com a interferência do governo no órgão.
"O sentimento que há entre os servidores é de indignação, de traição. Nos sentimos traídos pelo governo", disse ele em referência à criação do Instituto Chico Mendes.
Para os grevistas, a reestruturação do Ibama, com a criação desse instituto, deu início à suposta tentativa do governo de pressionar o órgão a acelerar a concessão de licenças ambientais. "Os dirigentes anteriores do Ibama não sabiam dessa reestruturação. Tudo foi armado com o objetivo de atender os setores do governo que querem as concessões de licenças a qualquer custo, mesmo que isso prejudique o ambiente", afirmou Corrêa.
Segundo ele, o governo sinaliza querer agora discutir com os servidores a MP (medida provisória) 366, que reestruturou o Ibama. "Não podemos dialogar com a MP em vigor. Essa discussão precisaria ter ocorrido antes. Tudo foi planejado com o objetivo de desmantelar e enfraquecer o órgão."
Pelo cronograma da greve, aprovado nas assembléias realizadas na semana passada, as associações estaduais discutem a paralisação até quarta-feira. Neste dia, as assembléias estaduais encaminharão um representante para o comando nacional de greve.
Em todo o país, segundo o Asibama, o Ibama emprega 6.400 funcionários --a maioria está no Distrito Federal.
Procurado pela reportagem, o Ministério do Meio Ambiente ainda não comentou a paralisação iniciada hoje.
Outro lado
Em nota oficial, os presidentes substitutos do Ibama e do Instituto Chico Mendes, Bazileu Alves Margarido Neto e João Paulo Ribeiro Capobianco, respectivamente, disseram na sexta-feira passada que o "diálogo continua aberto" com a categoria.
"A edição da MP que cria o Instituto Chico Mendes é um importante instrumento para o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama)", diz a nota.
"É importante frisar que as presidências e direções destes institutos, apesar de terem se colocado à disposição dos servidores para dirimir suas dúvidas, não foram por eles demandados."
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