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14/05/2007
-
18h40
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governo federal desistiu de trabalhar contra a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado. Sem conseguir fechar acordo com a oposição para retardar a criação da CPI, os governistas cederam e preferiram buscar apoio para a votação das medidas provisórias que integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, reconheceu que estratégia governista de trabalhar contra a instalação da CPI acabou frustrada. "Não se trata de jogar a toalha. Mas se não há entendimento com a oposição, não vamos dar golpe ou criar situações para impedir a CPI. O governo vai atuar no sentido de fornecer as informações necessárias para que a CPI possa funcionar", disse.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) --que chegou a apoiar a instalação da CPI apenas na Câmara mesmo estando na oposição-- afirma agora que as investigações no Senado são necessárias. "Eu achava que a CPI da Câmara resolveria. Mas os deputados estão se queixando do rolo compressor [do governo]. O Senado, no cumprimento do seu dever, decidiu instalar a CPI aqui na Casa. Já tivemos duas CPIs convivendo ao mesmo tempo e nem por isso o mundo acabou", defendeu numa referência às CPIs da Nike e do Futebol.
Governo e oposição disputam nos bastidores a escolha do presidente e do relator da CPI. Jucá defende que as indicações sejam feitas por acordo, sem uma disputa aberta com a oposição. "Queremos uma CPI equilibrada, que tenha a contribuição de todos e possa ser propositiva. Não há motivo pra haver disputa com a oposição", disse Jucá.
A oposição, por sua vez, está disposta a brigar pela presidência ou relatoria da CPI do Apagão no Senado --já que na Câmara o PT e o PMDB (dois partidos da base aliada do governo) conquistaram os cargos de comando na CPI do Apagão.
"A comissão e relatoria ou você faz acordo, como é tradição no Senado, ou vai para o bate-chapa. É uma questão de opção do governo. A última vez que foi para o bate-chapa o resultado não foi dos melhores", ressaltou.
Indicações
O prazo para a indicação dos integrantes da CPI do Apagão no Senado termina amanhã. Até agora, somente os partidos de oposição encaminharam ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os nomes dos indicados.
Renan prometeu aos líderes partidários fazer as indicações para a CPI por conta própria se os partidos da base não encaminharem os nomes até amanhã. Depois da escolha dos integrantes, a comissão será oficialmente instalada com a escolha do presidente e do relator.
O DEM escolheu os senadores Demóstenes Torres (GO), José Agripino Maia (RN) e Antonio Carlos Magalhães (BA) para titulares da CPI. Já o PSDB escolheu os senadores Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA) também como membros titulares.
As duas legendas indicaram ainda os senadores Raimundo Colombo (DEM-SC), Romeu Tuma (DEM-SP), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) para suplentes da CPI.
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da Folha Online, em Brasília
O governo federal desistiu de trabalhar contra a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado. Sem conseguir fechar acordo com a oposição para retardar a criação da CPI, os governistas cederam e preferiram buscar apoio para a votação das medidas provisórias que integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, reconheceu que estratégia governista de trabalhar contra a instalação da CPI acabou frustrada. "Não se trata de jogar a toalha. Mas se não há entendimento com a oposição, não vamos dar golpe ou criar situações para impedir a CPI. O governo vai atuar no sentido de fornecer as informações necessárias para que a CPI possa funcionar", disse.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) --que chegou a apoiar a instalação da CPI apenas na Câmara mesmo estando na oposição-- afirma agora que as investigações no Senado são necessárias. "Eu achava que a CPI da Câmara resolveria. Mas os deputados estão se queixando do rolo compressor [do governo]. O Senado, no cumprimento do seu dever, decidiu instalar a CPI aqui na Casa. Já tivemos duas CPIs convivendo ao mesmo tempo e nem por isso o mundo acabou", defendeu numa referência às CPIs da Nike e do Futebol.
Governo e oposição disputam nos bastidores a escolha do presidente e do relator da CPI. Jucá defende que as indicações sejam feitas por acordo, sem uma disputa aberta com a oposição. "Queremos uma CPI equilibrada, que tenha a contribuição de todos e possa ser propositiva. Não há motivo pra haver disputa com a oposição", disse Jucá.
A oposição, por sua vez, está disposta a brigar pela presidência ou relatoria da CPI do Apagão no Senado --já que na Câmara o PT e o PMDB (dois partidos da base aliada do governo) conquistaram os cargos de comando na CPI do Apagão.
"A comissão e relatoria ou você faz acordo, como é tradição no Senado, ou vai para o bate-chapa. É uma questão de opção do governo. A última vez que foi para o bate-chapa o resultado não foi dos melhores", ressaltou.
Indicações
O prazo para a indicação dos integrantes da CPI do Apagão no Senado termina amanhã. Até agora, somente os partidos de oposição encaminharam ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os nomes dos indicados.
Renan prometeu aos líderes partidários fazer as indicações para a CPI por conta própria se os partidos da base não encaminharem os nomes até amanhã. Depois da escolha dos integrantes, a comissão será oficialmente instalada com a escolha do presidente e do relator.
O DEM escolheu os senadores Demóstenes Torres (GO), José Agripino Maia (RN) e Antonio Carlos Magalhães (BA) para titulares da CPI. Já o PSDB escolheu os senadores Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA) também como membros titulares.
As duas legendas indicaram ainda os senadores Raimundo Colombo (DEM-SC), Romeu Tuma (DEM-SP), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) para suplentes da CPI.
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