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14/05/2007
-
20h08
CLAYTON FREITAS
da Folha Online
O presidente da Infraero --estatal que administra os aeroportos do país--, brigadeiro José Carlos Pereira, anunciou nesta segunda-feira, durante anúncio do início das obras na pista principal do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), que eventuais irregularidades cometidas por funcionários e ex-funcionários da empresa apuradas durante auditoria interna em curso na estatal serão encaminhadas para o TCU (Tribunal de Contas da União) e Ministério Público Federal.
Ele ressaltou, entretanto, que o objetivo principal da Infraero com a auditoria é o de corrigir eventuais erros de planejamento cometidos pelos funcionários da empresa. Pereira disse ainda que são vários os fatores que levaram à auditoria, mas os desdobramentos da crise aérea e seus possíveis impactos à Infraero terão especial atenção.
"Nós não estamos fazendo investigação policial não, nós estamos fazendo um levantamento ao longo do tempo para saber quais os problemas de planejamento que a Infraero teve para corrigir. É claro que se surgirem fatos [irregularidades] eu vou enviar ao Ministério Público. Eu vou corrigir o que for na esfera administrativa. Se houverem sanções, haverá encaminhamento ao TCU", disse o presidente da Infraero.
Pereira disse que a auditoria vai revelar quais fatos eram previsíveis ou não e quais eram as pessoas responsáveis por tomar providências para resolver os problemas existentes. "Queremos saber quais providências foram tomadas. Pode ser até que houve um fato que não se tinha condições de ser detectado", disse.
Entre outros objetos de investigação, a auditoria irá relevar o motivo pelo qual o contrato para reforma na pista principal de Congonhas não foi contemplado no conjunto de obras do aeroporto e teve de ser feito de forma emergencial.
Questionado a respeito do que teria deflagrado a apuração por parte da estatal, ele disse que são múltiplos e estão relacionados à crise do tráfego aéreo instalada após a queda de um Boing da Gol --que se chocou no ar com um Legacy no ano passado. "O fato é onde a Infraero foi afetada na crise aérea", disse o brigadeiro.
O presidente da estatal disse que o contrato, planilha de custos e projeto das obras na pista principal foram entregues nesta segunda-feira ao Ministério Público Federal e TCU. "Foi uma iniciativa minha, não há preocupação alguma", afirmou.
Apoio
O superintendente da Infraero Regional Sudeste, Edgard Brandão Filho, disse ser positiva a auditoria em curso na estatal. "É uma mostra que a Infraero pretende melhorar seus procedimentos", disse Brandão Filho.
Afirmando ter 37 anos de funcionalismo público e lidando a maior parte do tempo com procedimentos licitatórios e contratos para diversas obras de várias estatais e órgãos públicos, diz ter feito apenas um contrato emergencial ao longo de sua atuação. "Já passei e presenciei várias auditorias internas. Não é punitivo", afirmou Brandão Filho.
O superintendente da Infraero Regional Sudeste afirma desconhecer os novos procedimentos a serem adotados pela estatal. Ele ressalta, porém, ser importante acelerar a avaliação dos planos diretores para os aeroportos administrados pela empresa. Dos 67 aeroportos administrados pela Infraero, oito --entre eles o Congonhas, aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, Viracopos, em Campinas (98 km de São Paulo)-- estão na área da Regional Sudeste.
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O presidente da Infraero --estatal que administra os aeroportos do país--, brigadeiro José Carlos Pereira, anunciou nesta segunda-feira, durante anúncio do início das obras na pista principal do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), que eventuais irregularidades cometidas por funcionários e ex-funcionários da empresa apuradas durante auditoria interna em curso na estatal serão encaminhadas para o TCU (Tribunal de Contas da União) e Ministério Público Federal.
Ele ressaltou, entretanto, que o objetivo principal da Infraero com a auditoria é o de corrigir eventuais erros de planejamento cometidos pelos funcionários da empresa. Pereira disse ainda que são vários os fatores que levaram à auditoria, mas os desdobramentos da crise aérea e seus possíveis impactos à Infraero terão especial atenção.
"Nós não estamos fazendo investigação policial não, nós estamos fazendo um levantamento ao longo do tempo para saber quais os problemas de planejamento que a Infraero teve para corrigir. É claro que se surgirem fatos [irregularidades] eu vou enviar ao Ministério Público. Eu vou corrigir o que for na esfera administrativa. Se houverem sanções, haverá encaminhamento ao TCU", disse o presidente da Infraero.
Pereira disse que a auditoria vai revelar quais fatos eram previsíveis ou não e quais eram as pessoas responsáveis por tomar providências para resolver os problemas existentes. "Queremos saber quais providências foram tomadas. Pode ser até que houve um fato que não se tinha condições de ser detectado", disse.
Entre outros objetos de investigação, a auditoria irá relevar o motivo pelo qual o contrato para reforma na pista principal de Congonhas não foi contemplado no conjunto de obras do aeroporto e teve de ser feito de forma emergencial.
Questionado a respeito do que teria deflagrado a apuração por parte da estatal, ele disse que são múltiplos e estão relacionados à crise do tráfego aéreo instalada após a queda de um Boing da Gol --que se chocou no ar com um Legacy no ano passado. "O fato é onde a Infraero foi afetada na crise aérea", disse o brigadeiro.
O presidente da estatal disse que o contrato, planilha de custos e projeto das obras na pista principal foram entregues nesta segunda-feira ao Ministério Público Federal e TCU. "Foi uma iniciativa minha, não há preocupação alguma", afirmou.
Apoio
O superintendente da Infraero Regional Sudeste, Edgard Brandão Filho, disse ser positiva a auditoria em curso na estatal. "É uma mostra que a Infraero pretende melhorar seus procedimentos", disse Brandão Filho.
Afirmando ter 37 anos de funcionalismo público e lidando a maior parte do tempo com procedimentos licitatórios e contratos para diversas obras de várias estatais e órgãos públicos, diz ter feito apenas um contrato emergencial ao longo de sua atuação. "Já passei e presenciei várias auditorias internas. Não é punitivo", afirmou Brandão Filho.
O superintendente da Infraero Regional Sudeste afirma desconhecer os novos procedimentos a serem adotados pela estatal. Ele ressalta, porém, ser importante acelerar a avaliação dos planos diretores para os aeroportos administrados pela empresa. Dos 67 aeroportos administrados pela Infraero, oito --entre eles o Congonhas, aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, Viracopos, em Campinas (98 km de São Paulo)-- estão na área da Regional Sudeste.
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