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14/05/2007
-
23h09
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Aparecida
O presidente do departamento de comunicação do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) e arcebispo de Mérida (Venezuela), monsenhor Baltazar Porras Cardozo, negou hoje que o papa tenha se referido à Venezuela quando criticou, durante discurso na abertura da 5ª Conferência Geral os governos latino-americanos adeptos de "ideologias superadas".
"O papa assinalou que um dos problemas da democracia existente na América Latina é exatamente o autoritarismo. Mas é uma visão geral sem nenhuma referência à situação venezuelana ou de outros países", disse.
Além do arcebispo de Mérida, participaram da coletiva o presidente do Celam e arcebispo de Santiago (Chile), d. Francisco Javier Errázurriz, e o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e arcebispo de Mariana (MG), d. Geraldo Lírio Rocha.
Ao presidente da CNBB coube defender o papa por ter declarado que o catolicismo não foi "imposto" aos índios quando da chegada dos europeus ao continente. Para d. Lírio, Bento 16 não se contrapôs a seu antecessor, João Paulo 2º, que chegou a pedir perdão a negros e índios pelos erros e excessos cometidos pela igreja no passado.
"O papa queria expressar que os povos indígenas assumiram a fé cristã e a reinterpretaram em uma perspectiva inculturada. Isso não quer dizer que o processo de evangelização que se fez no contexto da colonização não tenha tido seus problemas", disse.
Para d. Lírio, a visita do papa ao Brasil "ajudou o país a dar um passo adiante", e os pontos defendidos por Bento 16 em seus discursos "ultrapassam os interesses internos da Igreja Católica e atingem a comunidade internacional exatamente por que aspectos éticos foram sublinhados".
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Celam nega que papa tenha criticado Venezuela na abertura da conferência
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da Agência Folha, em Aparecida
O presidente do departamento de comunicação do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) e arcebispo de Mérida (Venezuela), monsenhor Baltazar Porras Cardozo, negou hoje que o papa tenha se referido à Venezuela quando criticou, durante discurso na abertura da 5ª Conferência Geral os governos latino-americanos adeptos de "ideologias superadas".
"O papa assinalou que um dos problemas da democracia existente na América Latina é exatamente o autoritarismo. Mas é uma visão geral sem nenhuma referência à situação venezuelana ou de outros países", disse.
Além do arcebispo de Mérida, participaram da coletiva o presidente do Celam e arcebispo de Santiago (Chile), d. Francisco Javier Errázurriz, e o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e arcebispo de Mariana (MG), d. Geraldo Lírio Rocha.
Ao presidente da CNBB coube defender o papa por ter declarado que o catolicismo não foi "imposto" aos índios quando da chegada dos europeus ao continente. Para d. Lírio, Bento 16 não se contrapôs a seu antecessor, João Paulo 2º, que chegou a pedir perdão a negros e índios pelos erros e excessos cometidos pela igreja no passado.
"O papa queria expressar que os povos indígenas assumiram a fé cristã e a reinterpretaram em uma perspectiva inculturada. Isso não quer dizer que o processo de evangelização que se fez no contexto da colonização não tenha tido seus problemas", disse.
Para d. Lírio, a visita do papa ao Brasil "ajudou o país a dar um passo adiante", e os pontos defendidos por Bento 16 em seus discursos "ultrapassam os interesses internos da Igreja Católica e atingem a comunidade internacional exatamente por que aspectos éticos foram sublinhados".
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