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15/05/2007
-
15h24
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O delegado Renato Sayão, da Polícia Federal, responsável pelo inquérito que investigou o acidente envolvendo o avião da Gol e o jato Legacy, em setembro do ano passado, revelou hoje à CPI do Apagão Aéreo que os pilotos se recusaram a prestar depoimento à PF. Segundo o delegado, a versão deles sobre o acidente foi contada apenas pelos advogados.
"Eles se recusaram a responder qualquer pergunta, portanto não existe no inquérito qualquer declaração dos pilotos do Legacy. Qualquer declaração foi através dos advogados que deram a versão dos fatos no lugar dos pilotos", disse.
Uma nova tentativa de ouvir dos próprios pilotos o que ocorreu no dia do acidente será feita pela CPI. Os deputados aprovaram requerimento para que eles prestem depoimento e não descartam ir para os Estados Unidos para ouví-los.
O delegado confirmou à CPI que os dois pilotos --os norte-americanos Joe Lepore e Jan Paladino-- foram os responsáveis pelo choque entre as aeronaves. Ele observou, no entanto, que o transponder não foi desligado propositadamente pelos pilotos, por isso eles foram indiciados por crime culposo e não doloso.
Segundo o delegado, desligar o equipamento anticolisão seria o mesmo que "cometer suicídio, o que não é razoável em uma situação como aquela".
Os pilotos norte-americanos teriam confirmado pelo menos três vezes para o Cindacta 4, em Manaus, assim que o jato aterrissou após o acidente, que o transponder estava desligado, mas depois tentaram mudar essa versão. "Na quarta vez em que foram perguntados, eles disseram que estava ligado. Mudaram a versão porque podem ter percebido que a resposta poderia causar-lhes algum problema", disse.
Com relação aos controladores de vôo que trabalhavam no dia do acidente, o delegado disse que seu relatório não os inocenta. Sayão explicou que não aprofundou as investigações sobre o trabalho dos controladores porque eles já respondem a Inquérito Policial Militar.
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Delegado da PF diz na CPI que pilotos do Legacy se recusaram a depor
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da Folha Online, em Brasília
O delegado Renato Sayão, da Polícia Federal, responsável pelo inquérito que investigou o acidente envolvendo o avião da Gol e o jato Legacy, em setembro do ano passado, revelou hoje à CPI do Apagão Aéreo que os pilotos se recusaram a prestar depoimento à PF. Segundo o delegado, a versão deles sobre o acidente foi contada apenas pelos advogados.
"Eles se recusaram a responder qualquer pergunta, portanto não existe no inquérito qualquer declaração dos pilotos do Legacy. Qualquer declaração foi através dos advogados que deram a versão dos fatos no lugar dos pilotos", disse.
Uma nova tentativa de ouvir dos próprios pilotos o que ocorreu no dia do acidente será feita pela CPI. Os deputados aprovaram requerimento para que eles prestem depoimento e não descartam ir para os Estados Unidos para ouví-los.
O delegado confirmou à CPI que os dois pilotos --os norte-americanos Joe Lepore e Jan Paladino-- foram os responsáveis pelo choque entre as aeronaves. Ele observou, no entanto, que o transponder não foi desligado propositadamente pelos pilotos, por isso eles foram indiciados por crime culposo e não doloso.
Segundo o delegado, desligar o equipamento anticolisão seria o mesmo que "cometer suicídio, o que não é razoável em uma situação como aquela".
Os pilotos norte-americanos teriam confirmado pelo menos três vezes para o Cindacta 4, em Manaus, assim que o jato aterrissou após o acidente, que o transponder estava desligado, mas depois tentaram mudar essa versão. "Na quarta vez em que foram perguntados, eles disseram que estava ligado. Mudaram a versão porque podem ter percebido que a resposta poderia causar-lhes algum problema", disse.
Com relação aos controladores de vôo que trabalhavam no dia do acidente, o delegado disse que seu relatório não os inocenta. Sayão explicou que não aprofundou as investigações sobre o trabalho dos controladores porque eles já respondem a Inquérito Policial Militar.
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